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Análise: Octopath Traveler 2 é um RPG majestoso para amantes do gênero

Oito heróis numa aventura que trará histórias incríveis

Já havíamos feito anteriormente a análise do primeiro jogo lançado em 2018 que era originalmente exclusivo do Nintendo Switch, mas agora vamos falar de Octopath Traveler 2 que está disponível também para PS4, PS5 e PC. Trazendo oito novos viajantes com suas próprias tramas, Octopath Traveler 2 tem a intenção de potencializar todas as qualidades do primeiro game. Porém, será que ele consegue se destacar tanto quanto o seu antecessor? Continue lendo para descobrir.

Essa análise de Octopath Traveler 2 foi feita graças a um código de PS5 cedido pela Square Enix. O jogo se encontra com legendas em inglês e áudio em japonês ou inglês.

Oito histórias para oito heróis

Familiar ao primeiro jogo, Octopath Traveler 2 traz oito histórias com seus protagonistas distintos. Diferente do anterior, eles têm maior interação entre si, seja durante as tramas individuais ou diálogos extras em localizações específicas. Desta vez o grupo de oito viajantes é formado por:

Hikari – Um guerreiro e samurai que fugiu de seu reino após uma revolução cometida pelo próprio irmão. Fugiu em busca de se aprimorar e conseguir aliados fortes para poder recuperar aquilo que é seu por direito.

Partitio – Um mercador que viveu o auge da era de prata e sentiu sobre seus pés a riqueza de sua família desabar com o final da valorização da prata. Com grandes habilidades, ele deixou sua cidade em busca de alcançar novos horizontes para aproveitar da melhor forma o seu dom natural para negócios.

Agnea – Uma dançarina que sonha em ser uma estrela, querendo honrar aquilo que sua mãe almejou.

Osvaldo – O erudito e mago que foi culpado pela morte de sua esposa e filha, sendo aprisionado numa prisão de segurança máxima em terras geladas.

Ochette – A caçadora que está em busca de capturar e exterminar as três feras lendárias que trarão destruição ao ecossistema.

Castti – Uma enfermeira e boticária que sabe utilizar plantas para produzir remédios, ela perdeu suas memórias e está em busca de ajudar as pessoas, enquanto descobre mais do seu passado.

Throné – Uma ladra que foi traída por seu companheiro de bando, tendo que enfrentar inúmeros perigos por conta disso e virando uma viajante solitária até encontrar a party.

Temenos – Um clérigo fora do convencional que acabou se envolvendo numa batalha contra criaturas sombrias.

Análise Octopath Traveler 2

Por mais que as histórias não apresentem conexões diretas, em certo momento os personagens se encontram e entram no grupo. Normalmente quando precisam de algum auxílio, como é o caso de Osvaldo que fugiu da prisão e estava à mercê na neve quando foi encontrado pelos outros. Dependendo de qual personagem você escolha para iniciar a jornada, ele é quem encontrará os demais, fazendo uma pequena modificação na história para melhorar o contexto.

No geral, vemos narrativas intrigantes e bem construídas que acabam nos cativando. Ainda mais que uma é bem distinta da outra, fazendo com que não tenhamos a impressão de estarmos vendo a mesma coisa repetidamente.

Análise Octopath Traveler 2

Um RPG que te entrega muita liberdade

Apesar de termos a um total de oito viajantes, em nossa party podemos ter um máximo de apenas quatro personagens. Consequentemente é necessário ficar visitando uma taverna para realizar a troca toda vez que quiser utilizar outro participante, mas isso não vem a ser um problema. Afinal, os mapas tem níveis bem divididos e aparece na tela a sugestão de qual o level mínimo você tem que ter para se aventurar ali, deste modo você pode upar rápido ou de maneira gradual à medida que segue a narrativa daqueles que não estavam no time.

O jogo não te prende num caminho linear, apenas mostra em qual local do mapa tem alguma história para acompanhar. Sendo assim, você pode primeiramente recrutar todos os viajantes e depois ir para o capítulo 2 de cada ou apenas fechar a party e seguir para o próximo capítulo deles. Tudo depende unicamente da sua vontade e não precisa acompanhar nenhum tipo de roteiro.

Essa liberdade é ótima, mas às vezes atrapalha um pouco. Por exemplo, você está numa área que o nível sugerido é 11 com personagens em média no 14 ou 16. Passa para a próxima área e se depara com o nível mínimo sugerido sendo o 18 e simplesmente não consegue vencer os inimigos que estão ali mesmo com uma diferença tão pequena. Às vezes o local que você quer chegar precisa passar por aquela região e, consequentemente, você acaba desistindo e resolve seguir com outra história por enquanto. Então mesmo o jogo sendo bastante livre, ainda apresenta certas limitações.

Inclusive, o jogo conta com um sistema de dia e noite que muda os inimigos que estão em cada área, os NPCs da cidade e também a maneira de interagir com eles, mas isso falarei mais tarde. Você pode acionar esse sistema de maneira rápida e bastante funcional, apenas apertando um botão para alternar o dia e noite.

Cada herói com suas próprias habilidades

Como se esperava de Octopath Traveler 2, cada personagem tem um gameplay bastante distinto em combate. Porém, não é apenas nisso que as diferenças se baseiam, pois todos possuem duas habilidades para interagir com NPCs, sendo uma utilizada durante o dia e a outra durante a noite. Vou exemplificar melhor, temos o Partitio que sua habilidade diurna é comprar itens dos NPCs, enquanto a sua habilidade noturna é contratar um NPC para acompanhá-lo como guarda costas.

Há habilidade para conseguir informação, enfrentar eles, roubá-los e várias outras. Às vezes uma ou outra habilidade teria o mesmo fim, como é o caso de Hikari que pode subornar alguém para conseguir informações, enquanto Osvaldo consegue analisar o NPC e descobrir alguma informação por meio disso. Apesar de serem diferentes, ambas possuem o mesmo fim. Enquanto um utiliza dinheiro, o outro tem uma porcentagem de chance para conseguir determinada informação.

As singularidades dos personagens vão ainda além, como Ochette que captura criaturas que enfrentamos no caminho para utilizá-las como aliados (pokémons), fazendo com que elas ataquem inimigos e, quando não tiver mais utilidade, virem comida.

Montar uma equipe que as habilidades combinem e tragam benefícios não repetidos é um bom caminho para se destacar em Octopath Traveler 2.

Análise Octopath Traveler 2

Sistema de batalhas de turno, mas muito viciante

E quem disse que batalhas por turno morreu e não dá para inovar? Desde o primeiro título já vimos uma mecânica bem distinta em Octopath Traveler. Agora em seu segundo jogo, esse sistema se aprofundou ainda mais.

Cada inimigo tem pontos fracos contra certas armas ou elementos, ter que descobrir e explorar essas fraquezas é o ponto chave da jogabilidade do game. Porém, ele vai muito além de simplesmente selecionar um ataque e alvo.

Como dito antes, cada viajante tem seu gameplay específico sendo assim você tem que saber aproveitar da melhor forma possível suas individualidades. Ochette, por exemplo, pode capturar os monstros antes mesmo de zerar a vida deles, por outro lado, Partitio é capaz de usar o dinheiro para chamar ajuda. Enquanto Agnea é tem a habilidade de trazer um NPC consigo durante a viagem para que ele possa protegê-la e também atacar em conjunto. Há outros que darão suporte como Castti que pode realizar mistura de ervas medicinais para os mais variados efeitos, enquanto Osvaldo com o seu poder de observação consegue identificar fraquezas do inimigo assim que a batalha inicia.

Falando em fraquezas, cada inimigo tem um número específico de escudos. Quando você atinge uma fraqueza, esses escudos se quebram e faz com que ele fique em stun, perdendo um turno e recebendo mais dano.

Cada personagem é capaz de maximizar o seu número de movimentos de acordo com os pontos acumulados de cada turno que passou. Dito isso, se o inimigo é fraco contra espada, você pode utilizar um ponto para ter um golpe extra com o Hikari e quebrar o escudo alheio de imediato. Dependendo da ação que execute, esse consumo de pontos também auxilia em maximizar o dano causado nos ataques, além de multiplicar o número de golpes.

Gráficos e áudio

Utilizando o estilo gráfico que já virou marca registrada na nova leva de RPGs desenvolvidos pela Square Enix, Octopath Traveler 2 apresenta gráficos em 2.5D em que apesar de serem pixel art em 2D, eles possuem uma profundidade que costumamos ver em jogos 3D. Além disso, seus efeitos e partículas das animações de golpes especiais fazem o jogo ficar ainda mais belo com a mudança de iluminação e sombreamento constante. É literalmente a mescla perfeita entre algo retrô e moderno, trazendo uma beleza bastante singular.

E o que falar do áudio que é simplesmente perfeito? Os efeitos sonoros, a dublagem, estilo de narração e também trilha sonora estão impecáveis. Além de serem imersivos, também trazem uma qualidade excepcional ao jogo. Sendo um dos fatores, juntamente do gameplay, que fazem com que Octopath Traveler 2 se destaque.

Conclusão da análise de Octopath Traveler 2

Seguindo os passos do primeiro título, Octopath Traveler 2 se destaca de inúmeras formas como um excelente RPG de turno. Seu gameplay é muito bem planejado e estruturado, enquanto a liberdade para viajar neste mundo incrível é outro ponto que merece destaque apesar de certo desbalanceamento de nível. Os gráficos e trilha sonora estão de parabéns, mas o real destaque vai para a sua narrativa que traz ótimos personagens em histórias bem distintas que remetem demais aos plots individuais das campanhas de RPG de mesa.

Para concluir essa análise, devo dizer que Octopath Traveler 2 é obrigatório para todos os fãs de RPG, principalmente os saudosistas.

Análise Octopath Traveler 2

A análise de Octopath Traveler 2 segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Octopath Traveler 2 consegue melhorar tudo que foi apresentado em seu antecessor

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 10

9.6

Maravilhoso

Octopath Traveler 2 é um RPG de turnos obrigatório para todo e qualquer fã deste estilo. Ele se destaca em sua narrativa, jogabilidade e belos gráficos, fazendo uma mescla perfeita entre o clássico e o atual, podendo ser considerado facilmente um retro moderno.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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