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Análise: Mobile Suit Gundam Seed Battle Destiny Remastered

Kira Yamato, Freedom Ikimasu!

Originalmente lançado para o PlayStation Vita, Mobile Suit Gundam Seed Battle Destiny foi um dos muitos jogos da franquia Gundam que nunca chegaram ao mercado ocidental. Apesar de pouco conhecido fora do Japão, o título se destaca por ser um dos últimos a adotar o formato consagrado nos jogos de PSP, no qual os jogadores revivem a história do anime por meio de missões em terra e no espaço.

Anos depois, Mobile Suit Gundam Seed Battle Destiny Remastered surge para quebrar essa barreira, mas com uma mudança de plataformas: o título foi lançado exclusivamente para Nintendo Switch e PC. A seguir, analisamos em detalhe esta nova versão de um jogo que finalmente se torna acessível ao público global.

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Modo história e free mission

Mobile Suit Gundam Seed Battle Destiny Remastered estrutura sua experiência em dois modos principais: Modo História e Missão Livre.

O Modo História recria as batalhas centrais do universo de Gundam Seed, abrangendo a série original, sua sequência Destiny e diversos spinoffs da mesma linha cronológica. Nele, o jogador define o rumo de seu personagem ao escolher uma facção (Aliança Terrestre, ZAFT ou, posteriormente, Archangel) e sua origem como Natural ou Coordinator. A personalização é aprofundada com a seleção de habilidades passivas de combate e uma técnica especial, como a capacidade de desacelerar o tempo ou executar um ataque de grande impacto. Para completar, o jogador cria um piloto parceiro que o acompanha nas missões.

O modo Missão Livre, por sua vez, permite revisitar as missões da campanha em níveis de dificuldade mais elevados ou criar cenários de combate personalizados, escolhendo os oponentes que deseja enfrentar. É importante notar que o título não possui um modo multijogador online, focando-se inteiramente na experiência para um jogador..

Seja o melhor piloto

A jogabilidade de Mobile Suit Gundam Seed Battle Destiny Remastered foca-se em missões com objetivos variados, que incluem desde a eliminação de esquadrões inimigos e a defesa de naves aliadas até a proteção de bases estratégicas ou a simples sobrevivência contra ofensivas. O principal fator que diferencia as missões e ajusta sua dificuldade é a composição e o armamento dos Mobile Suits adversários.

Os controles são funcionais, mapeando as ações de combate de forma intuitiva: disparos com a arma principal (A), ataques corpo a corpo (X), uso de armamento secundário (Y) e acionamento dos propulsores (B). O sistema é complementado por comandos como mira (R), alternância de armas (ZR), ataques mais poderosos (L) e a ativação da habilidade especial (X + A). Além disso, é possível emitir ordens táticas ao piloto parceiro usando os botões direcionais.

No geral, as mecânicas de combate são sólidas, embora alguns Mobile Suits icônicos, como o Strike Freedom, deixem a impressão de um potencial subaproveitado. Contudo, a experiência é prejudicada por algumas falhas técnicas persistentes. A câmera, por exemplo, frequentemente perde o foco em alvos travados que estão em um plano vertical superior. Certos armamentos também se mostram ineficazes, com projéteis que erram o alvo com frequência. Por fim, os propulsores iniciais têm potência e capacidade limitadas, o que torna a navegação no espaço lenta, exigindo pausas constantes para recarga e prolongando o tempo para alcançar objetivos.

Gráfico e áudio

Considerando sua origem no PlayStation Vita, os gráficos de Mobile Suit Gundam Seed Battle Destiny Remastered é funcional, mas datada. A remasterização consiste em um aumento de resolução e uma otimização no desempenho, mantendo intacto o motor gráfico do jogo original. Como resultado, os cenários são notavelmente simples e não se comparam aos padrões visuais modernos. No entanto, o destaque se encontra na modelagem dos Mobile Suits: apesar das limitações técnicas, os robôs são bem construídos e fiéis aos seus designs originais.

Em relação ao áudio, por outro lado, ele se destaca como um pontos altos do título. Diferente de muitas adaptações de anime que utilizam trilhas genéricas, o jogo acerta ao incorporar as composições musicais da série original, reforçando a nostalgia e a imersão. A fidelidade é complementada pela dublagem nos momentos importantes da história e pela inclusão de diálogos icônicos durante as missões, conectando a experiência diretamente ao material de origem.

Conclusão da análise de Mobile Suit Gundam Seed Battle Destiny Remastered

Mobile Suit Gundam Seed Battle Destiny Remastered é um resgate fiel de uma temática iniciada no PSP, que cumpre sua promessa de transportar os jogadores para as batalhas icônicas do universo Seed. Seus méritos se encontram na fidelidade ao material original, evidente na abrangente campanha, nas opções de personalização e, principalmente, no excelente design de áudio, que reforça a nostalgia com a trilha sonora e as vozes do anime.

Contudo, essa fidelidade ao passado também expõe suas limitações. A jogabilidade, embora sólida em sua base, é prejudicada por falhas técnicas, como uma câmera imprecisa e mecânicas datadas. Visualmente, a remasterização faz pouco para esconder suas origens no PlayStation Vita, enquanto a ausência de um modo online limita significativamente sua longevidade.

Portanto, este não é um título que busca inovar. Trata-se de um produto direcionado, recomendado quase que exclusivamente aos fãs veteranos de Gundam que buscam uma autêntica experiência de combate para um jogador. Para esse público, o jogo entrega exatamente o que propõe: uma jornada competente e nostálgica, sem maiores ambições.

Essa análise de Mobile Suit Gundam Seed Battle Destiny Remastered segue nossas diretrizes internas. Confira aqui nosso processo de avaliação.

O jogo ideal para fãs de Gundam Seed

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 8
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 9
Modos - 8

8

Ótimo

Mobile Suit Gundam Seed Battle Destiny Remastered entrega uma experiência fiel e funcional para fãs da série, apesar de limitações técnicas e ausência de modo online.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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