Final Fantasy XV já é uma realidade após diversos atrasos (e até mudança no nome) e a grande pergunta é: Valeu a pena a espera de 10 anos? Até o momento, já joguei cerca de 15 horas do game e posso dizer que sim. Tentarei passar as primeiras impressões abaixo.
Caso você tenha o jogo em mãos e vá começar sua aventura por agora, peço que leia este artigo antes. Nele, demos orientações do mundo expandido de Final Fantasy XV. É altamente recomendável você assistir os episódios mencionados para entender melhor a história do mundo e dos personagens.
Como fã da série, fiquei um pouco receoso ao iniciar Final Fantasy XV, pois se trata de um action RPG que abandona totalmente a linha de luta por turnos. Porém, posso afirmar que a desconfiança passou logo na primeira hora. O jogo apresenta um combate rápido, fluido e razoavelmente simples. O fato de Noctis poder equipar até quatro armas ao mesmo tempo (dentre elas todas as categorias de arma do jogo e todas magias) dá uma grande variedade de estratégias de ataque. Adicionalmente, pode-se dar comandos específicos para que seus amigos executem habilidades, além de ser possível dar ataques sorrateiros que iniciam “Link Attacks”. Ou seja, você e mais um dos membros da equipe irão se unir para dar um ataque mais poderoso. E um aviso, ao usar a magia (que tem um efeito incrível no campo), cuidado! Ela atinge não somente o inimigo, mas seus aliados também.
Confira as 2 primeiras horas do jogo
Com relação à história, quem já viu os 5 capítulos de Brotherhood e o filme Kingslaive já tem uma ótima ideia do que vai acontecer. O Rei Regis Lucis Caelum é traído pela federação de Niflheim quando os mesmos propõem um falso acordo de paz (e podemos dizer que tudo vai de mau a pior com as negociações). Após saber da notícia, Noctis, que está sempre acompanhado por seus amigos e guardiões Gladiolus Amicitia, Ignis Scientia e Prompto Argentum, entra em choque e vai conferir por si próprio se a queda de sua cidade é verdade. O grupo, após ver a mesma em chamas, inicia uma busca pelos poucos sobreviventes da coroa e tenta iniciar um contra-ataque após adquirir novas forças (ainda estou na parte de adquirir essas forças). Todos os personagens principais são minimamente intrigantes e bem construídos.
A jornada se divide em basicamente dois momentos (como todo RPG normalmente se divide). A primeira é a continuação da história principal e apresentação de novos personagens e intrigas. Já a outra parte consiste na livre exploração do mapa para completar as diversas side quests disponíveis. Essas, por suas vezes, são divididas em duas etapas. A primeira é a possibilidade de caçar feras e aumentar seu nível de caçador para aceitar desafios ainda mais complexos. Já a segunda é formada por quests “fixas”. Como exemplos, posso citar: a Cindy, que sempre lhe dará uma quest para desenvolver seu carro, o Regalia; o dono do restaurante, que sempre lhe dará quests para adquirir algum novo item para uma nova receita; ou o dono do rancho de Chocobo, que lhe dará missões relacionadas a Chocobos. As quests em si não tem uma profundidade muito grande, mas a beleza do jogo e sua mecânica fluida ajudam na execução das mesmas.
Algo que se destaca no jogo é a “Brodagem” entre os quatro amigos. Final Fantasy XV é excelente em te colocar em um mundo que já tem história e te levar pelos seus acontecimentos. Contudo, nada é mais legal e divertido do que ver a interação dos Backstreet Boys de Noctis e sua turma. Em uma luta aleatória, por exemplo, Noctis realizou um ataque em conjunto com Prompto e logo em seguida ambos fizeram um High Five. Após, Prompto fala: “Isso é muito amor”.
E não somente isso, muitos dos diálogos consistem nos amigos implicando entre si ou então dando uma dura uns nos outros. Um exemplo de implicância é que Prompto se apaixona pela Cindy, e por consequência, se declara por diversas vezes falando como ela é maravilhosa e simpática. Seus amigos, naturalmente, zoam todos esses momentos.
Confiram nossa live que fizemos na segunda feira com direito a passeio de Chocobo
E quando vamos jogar um Final Fantasy sempre pensamos em duas coisas: Gráficos incríveis e uma trilha sonora espetacular. Final Fantasy XV atinge a graduação máxima em ambos quesitos. Quando se está passeando com o carro pelo mundo aberto, pode-se perceber quão bem feito é o jogo, com uma vasta fauna e flora. Alías, Final Fantasy XV fica lindo mesmo quando existe alguma cena específica que envolva inimigos maiores, estes que ganham um tratamento especial no jogo de câmeras.
E para acompanhar a beleza visual, temos a beleza sonora. A trilha é muito boa e ainda existe um complemento a ela, que é quando se está dirigindo. Sempre que à bordo do Regalia, você poderá optar por ouvir a trilha de CADA JOGO DE FINAL FANTASY JÁ FEITO! Sim, pode-se ouvir as músicas originais de mais de 10 Final Fantasy (confira aqui a lista completa).
Durante essas primeiras muitas horas de gameplay, posso afirmar que estou adorando o jogo. Tudo nele é positivo, mas nada chega perto do relacionamento desse grupo de K-pop amigos. Os pequenos momentos são o mais incríveis dessa jornada, como Ignis cozinhando, ou então Prompto tirando fotos (todas as imagens desse post foram tiradas por ele durante minha experiencia in-game). O jogo é indiscutivelmente bonito e possui uma bela trilha sonora. O combate é fluido e deixa pouco a desejar.
Como ressalva, posso falar que de vez em quando a câmera fica presa nos dungeons mais apertados. É chato quando isso acontece. Além disso, eu também gostaria poder ter algum tipo de controle sobre meus summons, já que eles só aparecem quando querem (ou quando você está apanhando muito). E até o momento, o controle do Regalia é extremamente linear (isso não é GTA). Espero que quando fazê-lo voar eu tenha uma liberdade maior para explorar o mundo.
Caso tenha gostado da análise e do jogo e queira comprar, clique aqui para PS4 ou aqui para Xbox One e seja feliz!