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Por que estou empolgado com o Nintendo Switch, o console de mesa que expande fronteiras.

No último dia 12 o mundo finalmente conheceu mais sobre o mais novo console de mesa da Nintendo, o Nintendo Switch, e muita coisa interessante foi revelada sobre o novo videogame da Big N. Sabemos agora que os controles, chamados de Joy-Cons, trazem bastante tecnologia interessante, que o lançamento é em menos de dois meses, que ele não terá trava de região, que o novo Zelda será um título de lançamento do console e muitas outras informações sobre o hardware que teremos em mãos muito em breve.

Ainda assim o Switch não escapa de ser uma incógnita em termos de mercado, assim como tudo que têm envolvido a Nintendo desde o lançamento do Gamecube, há 15 anos atrás. Há muita especulação sobre capacidade do console de vender e ainda não se tem uma ideia exata sobre se ele será um sucesso esmagador na linha do saudoso (mas não tão antigo) Nintendo Wii, se será um fracasso de vendas como o Wii U ou se será algo no meio. Uma matéria muito interessante sobre isso foi feita pelo Bernardo Cortez, indicando que apesar da apreensão vista no mercado de ações o público teria se empolgado com a apresentação do console, segundo uma ferramenta de análise das emoções das pessoas em posts no twitter.

Pelo que podemos ver até agora muito dessa dúvida sobre a capacidade do Switch de se sair bem está atrelada ao fato de que, apesar de a Nintendo apresentá-lo como um console de mesa, muitos o vêem como um portátil, criando uma possível duvida no consumidor sobre que tipo de sistema ele estará adquirindo e, portanto, que tipo de gasto estará atrelado ao console. A Nintendo no entanto têm sido bem clara: O Switch é um console de casa, um videogame de mesa e seus custos estarão de acordo com essa classificação. Preços de jogos, controles, acessórios e afins serão aqueles praticados pelo mercado para equipamentos de casa, como PS4 e Xbox One e suas capacidades portáteis são uma adição a isso. Se definimos então que o Switch é um “home-console” temos motivos para acreditar que ele será um sucesso, para ficarmos animados? Eu penso que sim! E agora começo a listar meus motivos e explicar minha análise da situação.

Expande as fronteiras de casa.

Quantas vezes você já desejou jogar aquele jogo no qual você estava viciado em uma viagem ou no seu dia a dia e teve que esperar chegar em casa, sem poder aproveitar momentos ociosos longe do lar para alimentar seu querido vício? Pois é isso que o Switch promete oferecer! Ele troca poder de fogo por inovação – uma vez que é quase certo que ele não terá a mesma potência do PS4 – e te dá uma possibilidade nova, que mesmo portáteis mais potentes como o Vita não eram capazes de oferecer. O Switch é um console de mesa sim. O dock ficará montado na sua sala e provavelmente lá será o lugar onde você mais o usará. Mas quando você tiver vontade de jogar Zelda ou Skyrim na sua hora de almoço do trabalho você poderá. Ou quando você quiser jogar umas partidas de Mario Kart, Fifa ou NBA 2K na hora do recreio com os amigos também vai ser possível. O Switch não é um portátil, ele é um console de mesa que expande suas fronteiras e possibilidades. O verdadeiro portátil da Nintendo seguirá sendo o Nintendo 3DS, pelo menos por enquanto.

O Switch não substituirá seu PS4 ou Xbox One. E isso é muito bom!

Um grande erro que vejo em muitas análises do Switch por aí é o seguinte: Compará-lo diretamente ao Ps4 e ao Xbox One. Com certeza absoluta em termos de poder gráfico o novo console da Nintendo não competirá com Sony ou Microsoft, que com o lançamento do Ps4 Pro e do vindouro Scorpio se distanciariam ainda mais do Switch. Só que o Switch não deve ser visto deste ponto de vista e vamos pensar mais uma vez em mercado, primeiro falando de jogadores hardcore espalhados pelo mundo (se fossemos pensar somente em termos de Brasil certamente a análise seria outra), os que consomem gráficos maravilhosos, tecnologia de ponta e jogos cada vez mais realistas e depois de jogadores mais casuais e/ou mesmo aqueles que não jogam nada hoje em dia.

Para jogadores de longa data, hardcore gamers como são conhecidos, o Switch será uma adição e não um substituo aos atuais consoles. Essas pessoas destinam uma porção significativa de sua renda para gastos com jogos e mesmo para essa categoria de pessoas (na qual estou e por isso penso assim) não é tão comum que alguém tenha um PS4 e um XOne. Já ter um PS4 e um Switch provavelmente será outra história, pois o Switch – como falei acima – vai expandir as fronteiras dos consoles de mesa, priorizando inovação sobre poder de fogo, algo oposto ao que oferecem os consoles atuais. Além disso, os Joy-Cons trarão possibilidades de jogatinas que não são oferecidas pelos consoles de hoje em dia e ele potencialmente será um sistema muito mais divertido para gameplays locais, festas com amigos ou noites mais tranquilas – lembram-se do quanto o Nintendo Wii era popular com os amigos? – enquanto o foco de PS4 e Xone está claramente no multipalyer online e mais hardcore, com poucos jogos voltados para quando você de fato recebe as pessoas ou as encontra em algum lugar. Por fim, há as franquias da Nintendo, uma vez que se o Switch de fato seguir recebendo grandes jogos exclusivos da BIg N como Zelda Breath of The Wild – um jogo que mesmo sem estar lançado capaz de vender muitos consoles por ai – ter um Switch pode se tornar a única maneira de jogá-los e assim como Uncharteds e The Last Of Us vendem PS4s por ai, certamente Zeldas, Marios, Metroids e afins possivelmente podem vender muitos Switchs.

Por outro lado, pense em jogadores casuais, aqueles que não necessariamente possuem um console em casa ou se possuem contam com um ou dois jogos mais queridos e divertidos. Pensa naquele primo que tinha um PS2 e só jogava Winning Eleven ou naquele seu amigo ou amiga que tem um PS4 e só joga NBA, Fifa ou jogos de corrida ou nas famílias que tinham um Nintendo Wii na sua sala e adoravam jogar Wii Sports. Essas pessoas por vezes jogam coisas muito leves como jogos de celular e games que não exigem tempo e/ou muita dedicação, simplesmente porque jogos não são seu hobby favorito da vida. Os aspectos local, social e conveniente do Switch podem muito bem atrair esse público para o console. Poder receber os amigos e jogar 1-2 Switch por 1 hora, de vez em quando, ou carregar consigo jogos como Fifa e NBA 2K por onde quer que vá são aspectos que podem ser muito atraentes. Os Joy-Cons mais uma vez serão um ponto chave para o sucesso do sistema, pois possibilitarão jogatinas muito mais dinâmicas e divertidas, que um controle tradicional simplesmente não é capaz de oferecer. Para essas pessoas os consoles atuais podem simplesmente não ser interessantes, mas por outro lado um Switch tem potencial para abocanhar essa fatia, dependendo da recepção do console e do marketing da Big N.

Os Joy-Cons prometem ser algo a mais.

Se tem algo que me deixou verdadeiramente animado com o Nintendo Switch, além da possibilidade de jogar o novo Zelda (não possuo um Wii U e nem pretendo) e futuramente os outros exclusivos da Nintendo, são os controles do console, os Joy-Cons. O HD Rumble, os sensores de movimento refinados, o fato de que o console vem com dois controles, o que imediatamente possibilita o multiplayer, o fato de que eles são pequenos mas em teoria são confortáveis – ao menos segundo o que tenho lido de pessoas que estiveram no hands-on promovido pela Big N – e que são fáceis de carregar para cima e para baixo, junto do Switch… Toda a portabilidade e inovação tecnológica que os Joy-Cons representam me deixam simplesmente muito empolgado. De todos os aspectos que já citei neste texto, os controles são o que me fazem realmente apostar no sucesso do console e, ao lado do novo Zelda, são o que me fará comprar um no dia 3 de Março. Não vejo a hora de poder jogar Arms, Mario Kart e seja lá o que mais a Nintendo estiver planejando para as novas funções de seus controles, seja com meus amigos em casa ou sozinho. Nunca tive com nenhum outro console o que tive com o Wii, ao menos em termos de multiplayer local e assim como o Wii Mote foi essencial para o sucesso dele os Joy-Cons serão a chave para o sucesso do Switch.

O Switch lança com um preço competitivo, acessórios à parte.

Mais uma vez vou chamar a atenção para o fato de que o Switch é um console de mesa e pratica preços para seus jogos e periférico tendo em vista esta posição no mercado. Logo, estou sim animado com o preço de lançamento do sistema! Por 300 dólares (algo em torno de 1000 reais na cotação atual) você receberá na caixa: O console e o dock, dois Joy-Cons, duas pulseiras para os Joy-Cons, um grip (sem carregador) para transformar os joy-cons em um controle mais tradicional, além dos cabos e carregadores. O Ps4 quando lançado custava 400 dólares. O Xone, 500 (com kinect). E nenhum deles te oferecia dois controles, nem portabilidade, nem tanta inovação quanto o Switch. O que o Switch promete entregar, pelo preço que cobra, me parece bastante justo. É claro que, quando se compra um console você sempre acaba gastando mais com outras coisas e isso é o que se chama hidden cost por aí. Faremos uma matéria para analisar mais a fundo o hidden cost do Switch muito em breve, pois as opiniões também variam nesse ponto aqui dentro do site, no entanto, pensando apenas no conteúdo da caixa, fiquei feliz com o preço e com o que vi até agora. Um console de 300 dolares, que te permite multiplayer sem gasto adicional e oferece inovações como a troca entre modos (mesa, portátil, tabletop) e os Joy-Cons é algo a ser valorizado.

Outros aspectos que valem a pena citar

O Switch contará com uma tela multi-toque. Por algum motivo ainda misterioso para todos a Nintendo ainda não explorou esse aspecto do console nas suas demonstrações e comunicados à imprensa. Especula-se que essa adição tenha sido tardia ao console, pensando em desenvolver jogos que apelassem para uma audiência mais casual (falo da galera que joga muito pelo celular) ou que simplesmente ela não seja o foco do marketing do console pela intenção de não reforçar a ideia de que o Switch é na verdade um portátil ou um tablet, o que a Nintendo já deixou muito claro que ele não é. De qualquer forma é possível que jogos e recursos interessantes apareçam por conta desta funcionalidade e fico animado com elas.

Além disso, algo que não comentei muito mas que certamente é um aspecto positivo do console é que finalmente a Nintendo parece estar dando ouvido aos jogadores e se rendendo aos novos tempos. O console não terá trava de região, o que possibilitará comprarmos jogos de qualquer parte do mundo e jogarmos nas nossas casas. Além do mais os jogos adquiridos agora estarão vinculados às nossas contas, assim como acontece em todos os outros consoles e com a Steam, o que significa que agora você não perderá todo seu dinheiro investido se por acaso seu videogame der algum problema e que possivelmente será possível logar no Switch dos amigos e jogar seus jogos com eles, assim como também já acontece com os outros consoles.

Estou ansioso para o dia 3 de Março, não vejo a hora de colocar minhas mãos em um Nintendo Switch e desejo que muitos jogos incríveis sejam lançados para o console e agora você já sabe por que acho que você tem muitos motivos para também estar animado em relação a ele. Mas e a sua opinião? O que achou de tudo isso que eu disse? Concorda, discorda? Teve vontade de me dar um abraço ao ler essa matéria ou de quebrar um Switch na minha cabeça de tanta asneira que falei? Comenta ai suas opiniões pra gente saber o que vocês estão esperando do Switch!

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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