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Preview: Trajes Fatais (Suits of Fate), o arcade de luta brasileiro

“Durante uma festa a fantasia, uma misteriosa divindade concede poderes aos convidados de acordo com os trajes que estão usando. Agora, eles precisam demonstrar esses poderes através de um torneio cósmico, caso queiram se libertar da prisão mágica.” É assim que a desenvolvedora brasileira do jogo, a Onanim Studio, define Trajes Fatais ou “Suits of Fate”, jogo de luta 2D no estilo dos clássicos do arcade como The King of Fighters.

Ambientado no Brasil, o jogo utiliza bem a temática brasileira nos seus personagens como o lampião Lourenço Sombra que com uma dublagem bem divertida utiliza termos como “peixeira” ao se referir a sua faca quando ataca, além disso a trilha sonora utiliza ritmos nacionais que ressaltam ainda mais a cultura do nosso país.

JOGABILIDADE

Com comandos simples, o jogo é fácil de aprender os seus comandos já que basicamente você aperta um botão e escolhe uma das setas do direcional e isso que vai alterar como será o seu ataque, nada do saudoso “C pra trás + C pra frente” mas isso não impede que você faça combos nos seus ataques durante o jogo. Uma das coisas que senti falta no jogo foi uma lista de comandos, mesmo tendo comandos simples e ainda estar em fase alfa, seria bom que estivesse disponível no menu do jogo. O jogo é dividido em 2 rounds mas para vencer você precisa derrotar o oponente com um golpe especial, se você não fizer desse jeito um terceiro round irá iniciar e o seu adversário terá a quantidade de HP equivalente a sua barra de especial que é chamada de “gana”no jogo.

Falando em menu, essa é uma parte em que o jogo ainda peca bastante. A parte do design está longe do ideal tanto na tela de escolha do modo quanto no menu de pausa, mas por ser um alfa isso era esperado. O fato de na tela de escolha do personagem o player 1 não conseguir escolher o seu oponente no modo contra inteligência artificial, ou treino, já que o jogo automaticamente reconhece o teclado como segundo jogador independente do modo do jogo que você escolha, não faz sentido nenhum.

Quando você entra no jogo ele está setado para utilizar primariamente o teclado para jogar porém há a opção de usar o controle e é aí que começam as dificuldades do jogo. O controle de PS4 por algum bug não funcionava corretamente e era impossível tomar qualquer ação com ele, ao trocar por um de Xbox tudo correu normalmente. Ao entrar no menu temos as opções de combate local, contra inteligência artificial ou modo treino. Contra a IA o jogo funcionou bem, consegui testar todos os personagens porém algo que que me desanimou um pouco foi o fato de a IA andar somente para o canto direito da tela e apenas defender por isso não consegui testar a defesa como um usuário. Já na parte do modo treino não consegui terminar nenhuma partida já que no fim do 1º round o jogo travava e precisei forçar o fechamento do mesmo.

CONCLUSÃO

Honestamente ainda há muito a se fazer para o lançamento do jogo mas ele com certeza merece uma chance. A nostalgia do arcade que o jogo traz misturada com a ambientação nacional dos personagens, dublagem e música e, ainda mais sendo produzidos por desenvolvedores brasileiros, são pontos que realmente precisam ser levados em conta durante a gameplay do jogo que mesmo com todos os problemas é bem divertida.

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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