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Análise: King of Cards faz Shovel Knight ser um jogo inesquecível

O DLC fecha com chave de ouro um dos melhores jogos de plataforma que já joguei

Shovel Knight: King of Cards traz o conhecido (para quem jogou) personagem do jogo para o seu controle, com uma mecânica bem diferente do que vimos até agora mas com toda a qualidade e excelência apresentada no jogo principal e outras DLCs. King of Cards é o terceiro, e provavelmente o último, DLC para Shovel Knight. Confira nossa análise abaixo!

A expansão mais parecida com o original

Shovel Knight: King of Cards começa em um tempo anterior dos eventos do jogo original da mesma maneira que Spectre of Torment. Aqui temos a história do auto-proclamado Rei que, apesar de egoísta, tem um ótimo toque de humor o que deixa a história interessante, apesar de simples.

A aventura de King Knight é de longe a aventura mais parecida com o jogo original e por isso ela parece de fato uma expansão da história – e não um spin-off. Aqui temos o mesmo estilo de mapa, com visão superior, bem parecido com Super Mario Bros. 3 (o que é irado), onde você pode tomar o caminho que preferir. Você pode escolher o mais curto para a batalha de chefes da região ou aproveitar a exploração usando saídas alternativas dentro dos níveis para criar caminhos para fases secretas, cheias de itens preciosos ou novas armas e habilidades. Desafios e recompensas aparecem no seu caminho ou no caminho já percorrido para lhe impedir de progredir ou tentar mudar sua rota.

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Os estágios seguem o mesmo padrão do jogo original, mesmas texturas com diferentes posições e design para se adaptar ao novo estilo de gameplay de King of Cards. Apesar de tudo ser muito parecido as mudanças ajudam a dar um novo ar para a sua aventura. O que mais me incomodou no reaproveitamento foi em relação a algumas melodias e músicas durante minha jogatina. A trilha é, em minha opinião, o que coloca ritmo em um jogo e, como gosto muito do trabalho musical de Shovel Knight, gostaria de ver adições mais expressivas na nova DLC.

Movimentação e jogabilidade

O ataque básico do King Knight é uma ombrada, um dash parecido com a de Wario em Wario Land. Você pode (e deve) até mesmo usá-la em pleno ar para alcançar novos lugares, inimigos e plataformas. Se ele colidir com um inimigo ou com uma parede normal, ele salta para uma manobra de perfuração que atinge qualquer coisa sob seus pés, ferindo inimigos ou quebrando blocos. Se ele acertar algo com seu giro, ele continuará girando e você poderá dar outra ombrada/dash. Esses são apenas alguns exemplos do que pode ser feito e o resto vai da sua criatividade e sagacidade nas batalhas. Essa é uma nova mecânica que traz uma outra perspectiva para o jogo e torna ele fresco e obrigatório para fãs de Shovel Knight.

Jogadores experientes terão pouco problema em progredir se fizerem uso de todas as opções à sua disposição, mas o jogo pode se tornar brutal rapidamente para aqueles que, por exemplo, não comprarem melhorias. King of Cards pode se tornar tão fácil ou difícil quanto você deseja, através de opções orgânicas durante o jogo e caminhos escondidos.

Encontrar as três medalhas em cada nível adiciona um pouco de valor extra de repetição. Além disso, zerar o jogo desbloqueia os habituais níveis de desafio curtos para prolongar a vida do jogo. Independentemente disso, King of Cards é a maior campanha de Shovel Knight em minha experiência. Demorei quase 10 horas para zerá-lo – Shovel Knight original acabei em cerca de 6 horas.

Aqui gostaria de deixar bem claro que: Jogar King of Cards me fez ter a certeza de que Shovel Knight (por completo com suas DLCs) foi uma das melhores experiências de jogos plataforma retro que eu já joguei em muitos anos. Shovel Knight é um jogo obrigatório para todos que se identificam com jogos plataforma com a dificuldade na medida certa!

Joustus – o card game dentro do jogo

Joustus é um jogo de cartas colecionáveis ​​do mundo de Shovel Knight. Você pode comprar cartas ou encontrar cartas especiais em certos níveis. O jogo é sobre posicionamento de cartas em um tabuleiro, tentando afastar as cartas do oponente para coletar pedras preciosas e ganhar. A crítica fica toda em volta do tutorial de como jogar e se aperfeiçoar no card game. Não é difícil de entender no início, porém, ao passar do tempo você consegue novas cartas que mudam um pouco as estratégias disponíveis e suas mecânicas não são apresentadas de uma maneira clara ou intuitiva.

Sempre que você é derrotado, perde uma carta – o custo do aprendizado é caro e, ao que parece, somente as pessoas loucas por jogos de carta e que gostam de apostas irão se prender um pouco que seja em Joustus. Derrotar oponentes desbloqueia mais medalhas, mas não são cruciais para desbloquear a maioria dos power-ups. Então não se preocupe, Joustus é opcional e não irá atrapalhar sua jogatina.

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Shovel Knight: King of Cards

Visual, ambientação e gráficos - 9.5
Jogabilidade - 9.5
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8.5

9.1

Muito bom!

Shovel Knight: King of Cards é uma experiência de plataforma quase perfeita, isso graças a movimentação única do King Knight e a variedade de níveis presentes. Os pontos fracos ficam por conta do Joustus que poderia ter usado mais tutoriais e a repetição de musicas e texturas do primeiro jogo. Mesmo assim, King of Cards entrega um dos melhores design de jogos plataforma que eu já vi e, somado a todo o conteúdo de Treasure Trove, faz de Shovel Knight um jogo que será lembrado para todo o sempre!

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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