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Análise: The Dark Crystal: Age of Resistance Tactics

Combate sólido não salva o jogo

Antes de falar do jogo The Dark Crystal: Age of Resistance Tactics, tenho que falar de The Dark Crystal e de The Dark Crystal: Age of Resistance. Mas Leo, não é a mesma coisa? Sim e não, vou explicar.

Em 1982 (eu nem havia nascido ainda) foi lançado o filme The Dark Crystal. Esse filme se transformou em um clássico cult na época por seu mundo fantástico e pela utilização de personagens mecatrônicos. Agora em 2019 a Netflix comprou os direitos desse filme e lançou uma série chamada The Dark Crystal: Age of Resistance. Essa série se passa antes dos fatos ocorrido no filme de 1982.

E agora temos o jogo The Dark Crystal: Age of Resistance Tactics lançado para PS4, Xbox One, Nintendo Switch e PC. Será que o estilo tático faz jus a franquia? Vamos ver agora!

Uma história um tanto confusa

Sendo muito sincero a história é confusa e como eu não sou fã da série fiquei muito perdido. É importante dizer que o jogo segue exatamente a mesma história de The Dark Crystal: Age of Resistance.

No quesito história, ela acaba sendo bem clichê. Uma espécie de sacerdote utiliza o poder do Cristal para se fortalecer e algumas pessoas do reino descobrem seus planos. Então ao longo da aventura você irá pegar seu grupo e tentará combatê-lo. Mas não é somente isso, ao longo da aventura muitas vezes os personagens irão duvidar se você está ou não dizendo a verdade.

Afinal, muitas vezes as pessoas se recusam a acreditar em certas verdades. E pelo jogo ter uma apresentação fraca (falarei sobre abaixo) você não acaba se envolvendo muito com os personagens. Algo que também não auxilia nem um pouco no envolvimento é a forma em que o jogo tem sua história contada.

Apresentação fraca no geral

Se há algo que prezo muito em um jogo, em especial de RPG, é que a história seja composta por bons personagens e tenha um modo de contar e interação envolvente. Infelizmente não é isso o que acontece em The Dark Crystal: Age of Resistance Tactics.

Em um modo geral, tudo é contado de forma muito rápida em caixas de diálogos, mas sem ter qualquer tipo de apelo. A animação dos personagens é dura e não tentaram fazer ser convincente ou envolvente. Por fim, o hub do jogo é um grande mapa onde pontos (missões) vão aparecendo e você deve clicar para fazer as missões.

Existem algumas missões interessantes que dão continuidade para a história, mas existem muitas outras aleatórias, como uma em que brigava com as pessoas, pois não queriam tomar banho…. Ou então tentar entender um pouco melhor de um ritual e para isso deve-se entrar em uma livraria e arrumar confusão.

Acredito que se você seja fã do seriado vai se sentir em casa, mas infelizmente essa história não me pegou e a apresentação não ajudou em nada.

RPG tático de primeira linha

Mas calma meus amigos, nem só de críticas vive o The Dark Crystal: Age of Resistance Tactics. Por ser um RPG no estilo tatics, ele faz isso com primazia.

No geral existem 3 classes e cada classe tem diversas subclasses que são liberadas com o nível do seu personagem. No geral elas são de curto alcance, médio alcance e os magos (que começam somente como healers). Cada uma dessas classes tem diversas habilidades que você deve escolher quais levará para a batalha. Não somente isso, mas ao escolher uma subclasse, você poderá montar o personagem do jeito que você quer. Isso dará muitas dezenas de opções.

Outra coisa interessante é que é possível fazer com que os personagens se complementem na luta. Além do lógico exemplo de poder recuperar vida ou então curar status e fazer um escudo, é possível fazer uma espécie de combo. Por exemplo, um personagem pode marcar um inimigo e ai outro personagem seu pode usar uma habilidade super forte em um inimigo marcado. Ao longo do jogo você verá diversas habilidades que se complementam.

Mais um grande destaque vai para o game design das fases. Além de utilizar intuitivamente os analógicos para controlar perfeitamente a câmera e de ter o clássico botão de desfazer a última ação, o jogo conta com fases interativas. Um exemplo simples no início do jogo é que uma das habilidades que libera é o de poder empurrar um inimigo. Com isso, é possível jogá-lo em um poço de ácido ou então aonde tenha plantas carnívoras. Adicionalmente você ganhará ou perderá bônus dependendo da altura que estiver atacando ou sendo atacado.

De forma resumida, a parte que tange o combate em si, as fases e combinações é praticamente impecável.

Performance, equipamentos e sem PT BR

Uma triste notícia que trago é que o jogo infelizmente não conta com legendas em português, o que poderá afastar alguns jogadores.

Com relação a performance, nós jogamos no Nintendo Switch e particularmente eu vi algumas quedas de frame, mas nada que atrapalhasse. Até porque em um RPG tático, a queda de frames não irá influir na jogabilidade. Porém, a queda existe e tem que ser notada.

E para fechar The Dark Crystal: Age of Resistance Tactics, tenho que falar dos equipamentos. Assim como um RPG, ele tem os equipamentos, mas são um tanto simples. Uma arma para atacar, uma armadura para se defender e pode colocar um acessório. Aqui eles fizeram o básico do básico, sem enfeitar.

The Dark Crystal: Age of Resistance Tactics não empolga

Visual, ambientação e gráficos - 4
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 6
Áudio e trilha-sonora - 6.5
História, Personagens e Storytelling - 4

5.6

Compre somente se gostar da série

Imagino que The Dark Crystal: Age of Resistance Tactics seja um deleite para os fãs da série do Netflix, porém, para um pessoa que procura um jogo com boa história, ele não irá encontrar aqui. Além de ser clichê, o método escolhido para contar a história é desinteressante. Por outro lado, caso queria jogar um jogo de RPG tático, saibe que The Dark Crystal: Age of Resistance Tactics acerta em cheio na parte do combate.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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