Análise: Inmost mistura mistério e emoção na dose certa!

Inmost é um jogo de plataforma com puzzles desenvolvido pela Hidden Layer Games, e distribuído pela Chucklefish. Seu lançamento original ocorreu em 2019 exclusivamente para assinantes do Apple Arcade. E após um ano, o mesmo chegou ao Nintendo Switch e PC. Com duração média de 3 a 5 horas (de acordo com os desenvolvedores), o game possui uma temática misteriosa e densa.

O que é Inmost?

Inmost segue uma proposta bastante vaga para introduzir seus personagens, jogabilidade e até a ambientação do jogo. Não são apresentados tutoriais, não é apresentada introdução alguma para os personagens, o jogo segue seu próprio passo. E isso não é algo negativo, visto que os jogadores são instigados a explorar os ambientes a fim de descobrir todo o panorama, e como os três personagens distintos estão interligados.

Ao total, acompanhamos três personagens diferentes, e cada um possui uma jogabilidade única. Temos uma garotinha e seu coelho de pelúcia, que buscam descobrir os segredos da casa onde vivem; um cavaleiro que enfrenta monstros a fim de agraciar uma entidade obscura; e um homem de meia idade que precisa atravessar os mais perigosos cenários a fim de alcançar o topo de um castelo.

A luz no meio da escuridão

Como informado anteriormente, o jogo conta com três estilos de jogabilidade diferentes. Durante as seções da garotinha, é necessário se acostumar com uma movimentação mais lenta, porém diálogos carismáticos provenientes da imaginação da menina com o seu coelho de pelúcia. Já nas partes do cavaleiro, é adicionada uma grande dose de ação ao jogo, com um combate intenso, repleto de inimigos e no qual os jogadores precisarão desviar dos ataques inimigos e revidar com uma espadada certeira.

Quando controlamos o homem comum, que corresponde a maior parte do jogo, é que temos uma variação maior de movimentação. Com um cenário bastante grande e totalmente interligado, é necessário atravessar salas repletas de perigos e desafios. E ao melhor do estilo Metroidvania, os jogadores precisam coletar ferramentas que habilitam diferentes áreas do mapa a fim de progredir.

É muito divertido explorar os cenários, e o jogo faz questão que retornemos a áreas passadas para enfim desbloquear a história completa. Ficam dispersas pelo cenário principal um total de 85 pedras de luz, que podem ser apresentadas a um personagem misterioso que traz mais detalhes de um conto do castelo misterioso onde se passa o game.

Vagando sem direção

Inmost possui gráficos ao estilo pixelado, porém com efeitos de iluminação que tornam a experiência muito imersiva. Todos os ambientes são bastante vivos, e mesmo jogando em uma tela grande (se comparado à versão original, que rodava em dispositivos portáteis) é possível se impressionar com a atenção aos detalhes.

A sonorização do jogo também é produzida de maneira muito imersiva, com elementos de som 3D que expandem a narrativa do jogo e deixam os jogadores ansiosos pelo que está por vir. Não é por nada que os próprios desenvolvedores sugerem que a experiência seja aproveitada em apenas uma noite, preferencialmente chuvosa e com fones de ouvido.

Foram diversos os momentos nos quais fiquei na ponta da cadeira, ansioso para sair de locais assustadores ou fugir de inimigos que não conseguiria derrotar. E o melhor é que mesmo que o jogador falhe, o jogo salva checkpoints constantemente e não é nada frustrante falhar em um pulo ou ser derrotado pelos monstros.

Inmost vale a pena?

Inmost é uma experiência bastante única, que traz diversos assuntos pesados no decorrer de sua narrativa. Por conta do mesmo possuir variações de jogabilidade que ocorrem de maneira bastante inesperada, o jogador fica bastante imerso em tudo que está acontecendo na tela.

Existem momentos mais cômicos e descontraídos, outros mais tensos e dramáticos. O mais curioso é que essa gama de sentimentos é apresentada em um pequeno pacote de quatro horas, por meio de um jogo mobile.

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