Análise: As paredes estão se movendo em Spelunky 2

Lançado pela primeira vez em 2008, Spelunky foi uma febre que influenciou diversas pessoas a jogarem, rejogarem, realizarem speedrun e formar uma comunidade bastante sólida. Em 2013, um relançamento aconteceu para PC e posteriormente em outras plataformas. Agora, depois de longos 12 anos, finalmente Spelunky 2 foi lançando. E como sabemos, com grandes expectativas vem grandes responsabilidades.

Spelunky 2 carrega um forte legado

É inegável que o primeiro jogo criou com maestria um legado, pois o título utilizou perfeitamente a característica de roguelike, permitindo que a vida útil do game se estendesse de maneira absurda, onde muitos segredos só foram descobertos anos após seu primeiro lançamento. Dito isso, Spelunky 2 tem uma enorme responsabilidade em carregar este legado e a sua história é a representação perfeita disso.

Após uma prévia exploração, o explorador protagonista do primeiro game desapareceu junto de sua esposa. O bastão foi passado para Ana, filha do casal, que busca uma forma de encontrar seus pais. Todavia, essa missão não será fácil, uma vez que as ruínas se mostram ainda mais perigosa do que antes.

Ana não está sozinha em sua jornada, junto dela temos uma equipe de expedição que são os outros personagens jogáveis. São bastante singulares em suas aparências e personalidades carismáticas.

Quem perdoa é Deus, Spelunky 2 não tem piedade

Morri, morri, morri e morri! E isso não foi ruim, uma vez que esse jogo é realmente bom em seu gameplay. Ele é punitivo, impiedoso e não vai deixar os seus vacilos passarem batidos.

As vezes ser cauteloso e experiente ainda não é o suficiente para lidar com a situação, já que uma queda mal calculada ou uma armadilha escondida podem resultar na sua morte.

O ponto principal é que o cenário muda sempre, dando sentido a frase “as paredes estão se movendo”. Deste modo, uma única fase consegue esconder diversos segredos e trazer uma considerável variedade de desafios. Falando em fase, cada mapa é composto por quatro fases e o desafio principal é conseguir encontrar a saída de cada uma. Porém, dentro delas pode encontrar outros objetivos vindo de NPCs ou a busca por chaves do tesouro.

É extremamente válido lembrar que por se tratar de um roguelike, você começará do inicio daquele mundo do mesmo jeito que iniciou o jogo: pobre e sem upgrades.

Mesmo sendo clichê, o que é bom ficou ainda melhor

O maior medo de todos os fãs de Spelunky era se o segundo título seria capaz de atingir as expectativas. Felizmente a resposta é um belo sim. Podemos ver que ele carrega completamente a essência do primeiro jogo e que o tempo que demorou para seu lançamento valeu apena.

Muitas mecânicas foram reaproveitadas, é inegável isso. Entretanto, temos a ampliação da experiência que já conhecíamos com a inclusão de multiplayer, modos online, modernização dos gráficos e áudio, inclusão de inúmeros upgrades e, por fim e mais impactante, montarias!

A mecânica de montaria permite que você dome algum animal “montável” ao subir nele. De começo, o bicho começará a correr sozinho, mas logo ele ficará amigável e permitirá que você o controle. A vantagem disso é você aguentar mais pancada e cada montaria possuir seus ataques próprios. Diante de tantas dificuldades, esse é o melhor auxilio que poderíamos ter.

Os upgrades são comprados nas lojas de NPC que estão espalhadas nas fases, não são todas as fases que tem uma, fazendo com que você necessite de sorte para achar alguma delas. E, claro, o conteúdo também é baseado no fator sorte. Você pode encontrar saco de bombas, cordas, bússola, bumerangues, escudos e vários tipos de armas. Obviamente, tudo implementa a experiência de seu gameplay.

Os modos online dão ainda mais vida ao jogo

Como de praxe, o fator online sempre amplia a vida útil de um game. Spelunky 2 já não seria um jogo com vida curta e com modo online temos uma ampliação bem maior, pois além de explorar as tumbas sozinho, agora você poderá ir acompanhado de até quatro amigos.

Visando o fator “é fácil morrer”, os desenvolvedores permitiram que os jogadores mortos pudessem auxiliar o amigo, mas numa forma de fantasma e atacar os inimigos. Além disso, é importante citar que os seus aliados podem sim atrapalhar seu jogo, então o cuidado deve ser dobrado para não ficar no rage de uma explosão feita por algum deles ou de ser utilizado como escudo humano.

Além do multiplayer, há também o modo online de desafio diário igual do remake do primeiro jogo, onde coloca o jogador numa versão mais difícil das fases para ver até onde ele é capaz de chegar.

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