Evil Genius 2 é a continuação do primeiro jogo lançado em 2004 onde você assumirá o papel de um gênio do mal, montará sua base e dominará o mundo. Confira abaixo nossa análise do jogo!
Evil Genius 2 estará disponível para PC via Steam a partir do dia 30 de Março. Realizamos esta análise com uma cópia do jogo cedida pela produtora.
Começando Evil Genius 2
A história do jogo começa deveras simples. Você escolherá seu gênio do mal e com ele ou ela irá dominar o mundo. Antes de iniciar o game, você poderá optar entre ter um tutorial ou não.
Ao aceitá-lo, todas as frases e cenas serão idênticas independente dos personagens. Após ser guiado a montar o esqueleto principal da base e ter os personagens básicos, aí sim a missão de cada um dos gênios iniciará.
Infelizmente, e talvez essa seja a maior crítica que tenho a Evil Genius 2, é que as diferenças entre personagens não valem tanto a pena. Cada personagem terá duas habilidades principais onde a primeira é de “motivar” seus minions a trabalharem, enquanto a segunda é única.
Além de ter uma similaridade nas habilidades, a dominação mundial irá variar entre um ato de guerra, político, econômico ou até tecnológico. Mas na realidade o que muda são as frases e a atuação dos personagens. Mecanicamente nada muda. Apenas a quantidade e tipo de recurso investido que muda.
Felizmente para ajudar na imersão do jogo, temos uma excelente dublagem em inglês que traz cada personagem e suas características a vida. A atuação é ótima e cheia de humor, assim como muitas das animações dos personagens. E a trilha sonora no estilo James Bond compõe muito bem!
Montando sua base e treinando seus minions
Pelo gameplay ser o grande destaque de Evil Genius 2, vou separar em duas partes. Nesse momento vou falar das opções de como montar e gerenciar sua base.
Como todo bom gerenciador de base, Evil Genius 2 lhe apresenta inúmeras ferramentas para poder controlar e expandir seu covil do mal. No geral você poderá escolher uma entre três ilhas onde cada uma terá seu design único para montar a base e isso lhe proporcionará vantagens e desvantagens.
O início de toda base é bastante “arroz com feijão”. Deverá construir um cofre para poder armazenar o ouro que ele produz (sim, não faz sentido) e o ouro que você rouba no mundo, criar instalações para seus minions comerem e dormirem, uma rede elétrica e ir evoluindo.
No geral você terá quatro tipos de minions que poderá treinar e terão utilizações especiais como seguranças, cientistas, engenheiros e mais. Os minions comuns servirão para o trabalho braçal de abrir caminhos na base, construir os itens e de serem sacrificados em diversas missões.
Para adicionar ainda mais opções, temos aqui uma grande árvore de habilidades onde poderemos fazer mil melhorias para seu covil do mal, seus minions, armadilhas e muito mais. Basicamente todo upgrade e nova opção de construção e melhoria virá dessa árvore de habilidade ao ser desenvolvida por seus cientistas.
Para fechar o tópico de gerenciamento de seu covil, temos o seu gênio do mal. Como já falei anteriormente, eu acho que eles foram subutilizados e você não terá uma motivação real para testar todos eles. Além disso, toda movimentação dentro de seu covil tem que ser feita de forma manual. É um microgerenciamento que cansa.
Isso depois de um tempo acaba sendo chato e você acaba optando por deixá-lo em um canto. Curiosamente é possível pegar comparsas que também possuem habilidades e ficam fazendo uma rota em todo seu covil ajudando contra invasores. Ficou difícil entender porque não implementaram essa mecânica para os personagens principais do jogo.
Dominando o mundo e enfrentando seus inimigos
Já a segunda parte do gameplay de Evil Genius 2 envolve o mundo exterior. Como você irá querer dominar o mundo, você deverá enviar seus minions para diversas regiões no planeta. Com isso você passará a ter influência neles e poderá fazer tanto esquemas para arrecadar dinheiro como cumprir missões e avançar com a história.
Esses esquemas farão com que sua notoriedade aumente e que caso o número limite de vigilância seja ultrapassado, sua base operacional ficará parada por um tempo.
Não somente suas bases externas terão vigilância como seu covil também terá vigilância das outras agências de tempos em tempos. Para evitar que os inimigos entrem em seu covil, você terá à disposição uma operação de fachada com jogatina, dança e bebidas.
Caso o inimigo entre em sua base, você terá mil armadilhas além de um sistema de vigilância para acabar com a motivação dos invasores. O que eu achei muito estranho é que após eles serem vistos nada será feito caso você não ordene eles serem presos, mortos ou distraídos.
Muitas vezes a opção mais interessante será a de capturá-los para extrair seus segredos e abrir oportunidades no mapa mundo.
Evil Genius 2 vale a pena?
Bem, Evil Genius 2 é sim um bom jogo de gerenciamento de base e de dominação mundial. Ele apresenta gráficos ricos em detalhes, muitas animações engraçadas, uma excelente dublagem e um gameplay que funciona muito bem e é rico em detalhes.
Por outro lado, algumas decisões tomadas foram um tanto estranhas como a necessidade de microgerenciamento em diversas vezes. Algumas ações e momentos encaixam muito melhor se pudesse criar uma rotina para situações e personagens chave.
Por fim, o que acabou me decepcionando, foi a pouca variedade na experiência final entre os personagens. Embora o jogo seja muito bom e bem feito, eu honestamente não vejo tanta motivação para tentar todos os gênios do mal.
Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Evil Genius 2
Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 6.5
Áudio e trilha-sonora - 9
7.9
Bom
Evil Genius 2 é um bom e competente jogo de gerenciamento de recursos e bases com a temática de dominação mundial. Infelizmente algumas decisões tomadas de game design poderiam ser melhores. O jogoo não é ruim, muito pelo contrário, mas perdeu a chance de se destacar neste gênero.