Balan Wonderworld é uma das novas apostas da Square Enix, onde temos como diretor a mente brilhante por trás de Sonic the Hedgehog e o clássico compositor Ryo Yamazaki. Com essa união, algo poderia dar errado? Você poderá saber se continuar lendo nossa análise que só foi possível graças a um código de Playstation 5 cedido pela produtora.
Balan Wonderworld te coloca no maravilhoso mundo do teatro
Em Balan Wonderworld, temos como escolher entre dois personagens: Leo Craig e Emma Cole. Cada um tem seus dramas, como Leo que tem vergonha de seu amor por dançar, enquanto Emma se sente muito incomodada com o que as serviçais de sua mansão falam dela e, por isso, foge de lá.
Os dois acabam parando num mesmo teatro, mas não é qualquer teatro. Nesse lugar, temos o misterioso Balan a espera deles. E, sem mais delongas, os dois são mandados para um mundo fantasioso capaz de conectar a dupla aos corações de outras pessoas. Qual o motivo? Desse modo eles conseguem salvar essas pessoas e ao mesmo tempo restaurar o próprio coração.
Cada mundo/fase é baseado num cenário bem distinto que tem influência na “pessoa da vez”. Devido a isso temos cenários variados como fazenda, mar, floresta e etc…
A história não é contada de maneira tradicional, não há longas narrativas. Apenas cenas mostrando algo acontecendo e fazendo com que o jogador tenha que interpretar e ir descobrindo como tudo se encaixa.
Balan pode ser Wonderworld, porém, sua jogabilidade não é maravilhosa
Temos aqui um jogo de plataforma 3D onde vemos diversas plataformas e alguns desafios. O que vem pela mente? Altas coisas para fazer! Contudo, nisso temos o primeiro confronto de expectativa vs realidade.
Todos os botões de ação se resumem em “pular”, apenas o R1 e L1 (nos consoles da Sony) tem uma utilidade diferente que é para trocar a fantasia. Enquanto isso… X, bola, quadrado, triangulo, L2, R2… Tudo só serve para saltar.
Falando em fantasia, isso é o que diversifica a jogabilidade de Balan Wonderworld, já que em cada mapa temos algumas fantasias disponíveis e elas nos dão habilidades únicas. Inclusive, cada uma possui apenas uma habilidade e será útil para superar desafios ou liberar passagens secretas.
A roupa de lobo, faz um tornado sair junto de nosso salto, a roupa de coelho faz nossos pulos irem um pouco além, de golfinho permite saltar dentro d’água e assim vai… Alguns cenários tem caminhos só farão sentido bem depois, quando você tiver a fantasia necessária para percorrer aquele caminho.
Alguns diferenciais
Além da jogabilidade de plataforma 3D, o game também apresenta dois outros tipos. O primeiro são minigames onde tomamos controle do misterioso Balan para confrontar desafios. Aqui temos que apertar algum botão de ação no momento exato em que a sombra de Balan sincroniza com ele. O timing não é punitivo, você tem tempo de sobra e conseguindo acertar tudo é agraciado com “cristais” e um colecionável.
Fora das fases, temos um mundo que conecta todas elas. Aqui, o protagonista pode administrar esse mundo fazendo com que mais coisas surjam nele. Porém, para isso é necessário conseguir uns bichinhos que lembram pássaros e coelhos. Em resumo… Você é um capitalista empreendedor e eles são seus funcionários.
As criaturinhas vão ficar trabalhando para ampliar as estruturas do local e você utilizará os seus cristais para alimentá-los. Eles são liberados em ovos que encontra durante as fases. Também pode conseguir um novo quando algum deles come demais e bota um ovo e dele nasce um novo “pokémon”.
O espetáculo tem que continuar
O visual de Balan Wonderworld é incrível. Você se impressiona do começo ao fim e é divertido vermos personagens secundários dançando no decorrer das fases, reforçando a ideia de tudo isso se trata de um grande musical. Além disso, os chefes do jogo são super criativos e mostram bem os desejos distorcidos das pessoas. A construção das fases é algo peculiar, uma vez que são curtas e reforçam o fator replay toda vez que for necessário retornar pra pegar algum dos colecionáveis.
O maior pecado de Balan está em sua trilha sonora. Ela é divertidinha, mas longe de ser marcante e isso acaba mostrando um desaproveito em relação a temática que é de uma peça teatral. Mais necessariamente… Um musical! Músicas boas e marcantes deveriam existir no game.
Após derrotar um chefe, somos colocados a uma cena de dança onde o protagonista e o personagem corrompido (que agora está recuperado) dançam como se fosse realmente um musical. De começo, isso é bacana, porém, logo as músicas começam a se repetir junto dos passos de dança. Isso tira a singularidade do acontecimento, uma vez que deveria ser uma dança/música distinta para cada em busca de reforçar seus sentimentos.
Conclusão
O primeiro ponto que devo citar é que Balan Wonderworld não é um jogo ruim, mas vemos claramente um potencial desperdiçado por completo. O jogo teria tudo para ser fantástico, mas ter apenas um tipo de ação no jogo todo já tira parte do seu brilho, juntando isso com as próprias características teatrais que não são bem exploradas.
Esse é um jogo bacana para o seu filho ou sobrinho jogar, ele vai se divertir. Porém, se você busca algo que jogue e se sinta “investi um bom tempo e valeu apena”, talvez Balan Wonderworld não seja esse game. Ele não é ruim, mas no momento atual temos uma biblioteca de títulos do mesmo gênero que se saem melhor.
Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Balan Wonderworld vai te mostrar maravilhas visuais e só
Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 3
Diversão - 6
Áudio e trilha-sonora - 6
Narrativa - 6
5.8
Fraco
Não é um jogo ruim, mas também não vem a ser de fato bom. É algo que dá para jogar, contudo, poderia usar esse tempo para jogar outro game que faz o mesmo, mas de uma forma melhor.