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Análise: Subnautica: Below Zero traz novas perspectivas à franquia

Prepare-se para congelar nessa aventura oceânica

Servindo como uma continuação direta ao Subnautica original, Below Zero propõe colocar os jogadores em um polo do planeta 4546B. Com a premissa de explorar a vida glacial do planeta onde se passa o jogo de 2018, a desenvolvedora Unknown Worlds Entertainment se arriscou em condensar um menor número de biomas, mas adicionando um foco maior em narrativa.

Com isso, a sequência promete explicar diversos mistérios da série, assim como apresentar uma nova vida selvagem e aprimorar alguns detalhes de seu predecessor. Vale ressaltar que assim como o Subnautica original, esse game encontrava-se em acesso antecipado há mais de dois anos, e combinado com a experiência dos desenvolvedores no game, tem tudo para entregar uma obra ainda mais polida que o aclamado primeiro jogo.

Realizamos esta análise no Nintendo Switch graças ao código cedido pela desenvolvedora, a qual agradecemos a parceria e confiança. O jogo está disponível para PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series, Nintendo Switch e PC (via Steam).

O que é Subnautica: Below Zero?

Originalmente planejado como uma expansão para o primeiro Subnautica, o game conta com um escopo mais concentrado em biomas antárticos, adicionando frio à lista de medições com as quais os jogadores devem se preocupar, e introduzindo novos seres vivos à familiar ambientação. Nele, somos colocados na pele de Robin, que aterrissa em um vale repleto de neve e deve investigar a localização em busca de sua irmã desaparecida, Amy. No entanto, além das perigosas fauna e flora, os jogadores devem lidar com outros personagens que cruzam o caminho da protagonista.

Para os fãs da série, a ambientação e a maneira que o jogo funciona é praticamente idêntica a seu antecessor. É necessário montar uma base, coletar recursos e alimentos para sobreviver e desbloquear novas ferramentas. Com isso, os jogadores têm acesso a novas localidades e que instigam ainda mais a procura por respostas. Como esperado, a ambientação provoca uma completa sinestesia nos jogadores, com seres de aparência dignas de ficção científica, nuances na trilha sonora para tornar os cenários mais misteriosos e assustadores e construções alienígenas que tornam tudo ainda mais fantástico.

Sobrevivendo em ambientes nada favoráveis

Como nos principais jogo de sobrevivência, os jogadores precisam explorar os cenários, coletar recursos e caçar para se manterem vivos. E com a bagagem que Below Zero possui, diversos desses elementos já foram balanceados para proporcionar uma experiência desafiadora mas justa aos jogadores. Os jogadores iniciam a aventura com nada mais que um scanner para obter informações do ambiente, mas logo ao chegar no oceano é fácil localizar os materiais que possibilitam as outras ferramentas que são utilizadas na aventura.

Além de gerenciar comida, água e oxigênio, esta iteração adicionou um medidor de frio que impossibilita os jogadores de ficar fora d’água por longos períodos. E considerando que a exploração terrestre é muito mais presente no mesmo, será necessário administrar bem seus recursos para evitar prejuízos. Apesar de não contar com um mapa tão grande e variado como no primeiro jogo, a experiência é melhor distribuída e apresenta uma narrativa bastante coesa que anima os jogadores durante a aventura. Mas mesmo contendo um escopo menor, os jogadores ainda devem esperar uma campanha extensa e que demandará dedicação para progredir na narrativa.

A construção de bases também está presente nessa iteração e permite adicionar diversas decorações aos locais, incluindo pôsteres e até uma jukebox ao seu refúgio, possibilitando uma customização que deve entreter diversos jogadores. Ainda, existem diversos modelos diferentes de veículos que podem ser fabricados a fim de facilitar a exploração dos cenários.

Subnautica Below Zero

Desvendando os mistérios do oceano

Na versão de Nintendo Switch foram notados alguns gargalos na taxa de quadros, assim como alguns problemas no carregamento de texturas, porém a experiência se manteve bastante fiel na maior parte do tempo. Apesar de contar com gráficos mais modestos, não era difícil localizar objetivos e recursos interessantes, assim como se assustar com monstros gigantes que vagam pelos cânions no oceano.

Subnautica: Below Zero foi planejado como uma expansão ao popular jogo de sobrevivência, mas se tornou um jogo completo e que agradará os fãs do gênero, entregando gráficos bonitos, jogabilidade polida e muito conteúdo que deve proporcionar horas de diversão. Inclusive, o mesmo é bastante consistente no híbrido da Nintendo, se consolidando como um dos melhores jogos do estilo disponíveis para o console. Ainda, a localização de todos os textos em português do Brasil é algo que torna o game ainda mais acessível aos jogadores brasileiros, permitindo-os imergir na narrativa sem maiores dificuldades.

Subnautica Below Zero

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Subnautica: Below Zero

Visual, ambientação e gráficos - 7.5
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 9

8.3

Ótimo

Originalmente planejado como uma expansão para o jogo original, Subnautica: Below Zero condensa uma experiência muito bem-vinda que expande o universo da franquia, combinando uma narrativa mais densa com a conhecida jogabilidade da série!

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Nicolas Togashi

Graduado em desenvolvimento de jogos e aficionado por essa mídia, perde mais tempo jogando do que efetivamente utilizando a graduação para alguma coisa. Ama RPGs, e se esforça para ser um bom aliado nos jogos online.

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