Nesta análise apresentarei mais detalhes da versão de dispositivos móveis de My Time At Portia. O jogo, lançado originalmente para PC e consoles em 2019, chegou oficialmente aos tablets e celulares com uma versão que promete trazer a experiência completa do game às palmas das mãos dos jogadores. Dessa maneira, os desenvolvedores precisaram enfrentar diversas adversidades técnicas a fim de adaptar o extenso game de sobrevivência a dispositivos menos potentes.
Com uma premissa bastante similar a populares jogos de simulação, é fácil traçar paralelos com jogos como Stardew Valley e Story of Seasons. Por conta disso, os jogadores podem esperar realizar desde tarefas simplistas de fazenda a relacionamentos interpessoais com os outros habitantes da região e até exploração e combate contra monstros fantasiosos.
A análise de My Time At Portia foi realizada no Xiaomi Redmi Note 8 Pro graças ao código cedido pela Pixmain, a qual agradecemos a parceria e confiança. O jogo está disponível para Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch, PC (via Steam), iOS e Android.
Entendendo mais da vida em Portia
O jogo traz uma premissa inicial bastante simples e familiar: O jogador herdou uma propriedade em uma região pacata e precisa prosperar em seu novo lar. No caso, a propriedade herdada se trata de uma oficina e a missão principal do protagonista é garantir o título de melhor construtor do local. Para isso, somos introduzidos às mecânicas de construção e coleta de material, as quais servem como base para toda a experiência.
Um dos principais pontos positivos do game é a versatilidade de atividades presentes no jogo. Existe a interação com os outros moradores da região que, assim como em Stardew Valley, é possível criar relacionamentos com cada um dos habitantes, habilitando novas interações e benefícios com base em sua reputação.
Somado a isso, os jogadores também podem coletar recursos e estabelecer plantações para produção de alimentos, além de poder construir mobília e engenhocas para revendê-las aos habitantes por meio de quadros de missão. Ainda, o jogo conta com elementos de RPG com direito a combates e árvores de habilidade nas quais é possível aprimorar diversos atributos dos mais diferentes aspectos do personagem.
Explorando, batalhando e construindo
Como mencionado, My Time At Portia apresenta um amontoado de atividades para serem realizadas no decorrer da aventura. Conforme o jogador realiza missões e avança na narrativa, o jogo parece não parar de crescer. Novos itens são desbloqueados, novas localidades são liberadas e diversos novos personagens são introduzidos. Com isso, o game que já era bem estabelecido nas outras plataformas se revela perfeito para dispositivos móveis.
Contando com um sistema de auto salvamento e com a facilidade de registrar seu progresso durante a aventura, é bastante interessante poder explorar e progredir no mundo de Portia em pequenas doses ao longo do dia. E os sistemas apresentados pelo game são bastante complexos, exigindo que os jogadores mantenham controle de seus objetivos para alcançarem suas metas. E acabam passando horas no jogo num piscar de olhos.
Um grande exemplo é a construção de uma ponte, que é apresentada como uma missão principal do jogo. Para a construção dela, no entanto, é necessário reunir certos materiais em específico, como pedaços de madeira processados e canos de cobre. O grande porém é que para reunir estes materiais, os jogadores precisam utilizar diferentes estações de trabalho, além de coletar cada uma das matérias primas necessárias para o trabalho.
Um passo de cada vez
Para coletar o cobre, é necessário explorar as ruínas da cidade. Ali o jogo tem seu fluxo bastante variado por conta do cenário se passar em uma caverna e os jogadores contarem com uma mochila a jato. Nessa área, é necessário utilizar uma picareta para cavar buracos no cenário, algo semelhante à mineração de jogos como Minecraft, e coletar seus recursos da maneira que preferir explorando o ambiente.
Após toda essa volta, é necessário derreter e moldar os minérios de cobre por meio de uma fornalha, com a adição de madeira como combustível para o fogo. E falando na madeira, para coletar os troncos necessários para a ponte, por exemplo, os jogadores devem cortar árvores grandes com o uso de um machado mais resistente, que também precisa ser fabricado.
Enquanto estes objetivos parecem trabalhosos e cansativos, com certeza trarão uma motivação para os jogadores continuarem se aventurando por Portia. Vale ressaltar que isso é apenas uma das missões do game, que conta com diversas localidades e dezenas de horas de conteúdo.
Um port ambicioso
O jogo contou com diversas mudanças para chegar aos dispositivos móveis. Desde a óbvia adição dos controles de toque até algumas mudanças na interface que tornam a jogabilidade mais acessível para os comandos na tela, o jogo foi otimizado de maneira que os gráficos, como esperado, sofreram grandes perdas, mas os tempos de carregamento e performance foram muito bem empregados. O jogo roda de maneira fluida e com visuais que mantêm a essência da série, além de permitir aos jogadores selecionar se preferem performance ou gráficos.
Em minha análise, My Time At Portia é um jogo de simulação bastante completo e que recebeu uma versão portátil muito bem-vinda. O game exige um mínimo de 3GB de RAM em celulares Android, e deve apresentar maiores gargalos nos dispositivos que condizem apenas com as configurações mínimas. Mas em minha experiência num Xiaomi de 6GB de Ram, o jogo rodou bem até com a opção de priorizar gráficos.
Pessoalmente não tive muito contato com as versões de mesa do jogo, mas acredito que o port foi bastante fiel, principalmente por condensar todo o conteúdo dos consoles e permitir aos jogadores que curtam cada um de seus diversos aspectos ao seu tempo, seja em intervalos do trabalho, viagens ou até deitado na cama. O game com certeza trará horas de diversão aos jogadores que buscam experiências mais tranquilas e relaxantes nos celulares.
Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
My Time at Portia
Visual, ambientação e gráficos - 7.5
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8.6
Áudio e trilha-sonora - 7
7.9
Bom
My Time at Portia chegou aos dispositivos móveis e apresenta uma experiência bastante fiel ao game de consoles/PC! Condensando todo o conteúdo das outras versões, o jogo perde um pouco na parte gráfica, mas compensa pela praticidade na hora de jogar!