Análise: Assassin’s Creed Valhalla: Siege of Paris coloca Eivor numa nova e épica saga
Um viking em Paris aprontando altas confusões que até Deus duvida
Assassin’s Creed Valhalla é o capítulo atual da consagrada franquia da Ubisoft e que recebeu a sua segunda expansão que traz em média de mais 15 horas de gameplay ao mundo nórdico do jogo, incluindo novos tipos de missões, armaduras, habilidades e armas. Nesta análise iremos falar sobre Siege of Paris, a nova saga da história de Eivor e se vale realmente apenas conferir esta expansão.
Nossa análise foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela Ubisoft. Assassin’s Creed Valhalla: Siege of Paris estará disponível a partir do dia 12 de Agosto para Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC, via Epic Games Store e Ubisoft Store.
Siege of Paris traz inúmeras reviravoltas
Em um momento de calmaria, Eivor é visitado por uma viking chega em sua aldeia o convocando para a “Frância” como um pedido de auxílio ao seu líder, Siegfried, em novas conquistas daquelas terras que iriam acarretar em muita glória e tesouros. Contudo, isso era apenas um disfarce para o real motivo dos vikings que de Paris necessitarem de ajuda. Afinal, por trás disso há histórias de vingança e confrontos políticos.
Enquanto a primeira expansão “Wrath of the Druids” puxava mais para o lado místico daquela época, em “Siege of Paris” temos uma visão muito mais pé no chão abordando temas políticos e religiosos.
Eivor apenas aceita sua ida para Paris na intenção de impedir que as ameaças daquela região cheguem até a Inglaterra, por isso busca soluções democráticas para resolver os conflitos, enquanto Siegfried, por sua vez, tem uma visão mais agressiva e o desejo de resolver tudo na brutalidade.
Somos envolvidos por personagens novos e profundos como o rei Carlos III, também conhecido por “Carlos, o gordo”. Em diversos momentos temos que dialogar com ele em busca de firmar uma aliança e entender sobre os traumas que o cercam.
A história poderia ser menor, levando em consideração que independente de suas ações o combate é inevitável. Porém, não é um desperdício de tempo, pois cada missão democrática acaba resultando no desenvolvimento dos novos personagens e trazendo mais peso em suas decisões.
Um novo mapa para explorar
As terras francesas estão livres para serem exploradas. Infelizmente o mapa não é absurdamente grande comparado ao principal do game, mas o tamanho que possui já é o suficiente para termos boas horas de diversão, diversas missões e cercos para concluirmos.
Assassin’s Creed Valhalla: Siege of Paris traz consigo diversos contrastes de cenários, pois em alguns momentos estamos nas cidades francesas que se encontram numa situação lastimável principalmente com os primeiros indícios da peste devido a enorme quantidade de ratos (que são os piores inimigos neste jogo), bairros inundados e pessoas doentes. Em outros momentos, estamos em belos cenários repletos de verde, flores exuberantes e detentoras de diversas cores.
Não é uma França imersiva igual aquela que conhecemos em Assassin’s Creed Unity na qual já havia passado por tantas coisas, contudo, ainda é uma ótima visão daquela região por volta de 870 d.C. e, inclusive, a ambientação consegue entregar com excelência a cultura e religião do século IX.
Seja um rebelde
Como de praxe, a expansão traz consigo um novo tipo de missão que existe apenas nas terras francesas. Insatisfeitos com o reinado de Carlos, a cidade é repleta de rebeldes e com isso várias missões para cumprir e obter apoio dos mesmos.
Eivor pode cumprir essas missões, ganhar pontos e utilizá-los para conseguir aliados para auxiliar nas próximas missões e ainda dar upgrade neles para que fiquem mais úteis. Infelizmente esses aliados não podem ser utilizados nas missões de história ou em qualquer outro tipo que não envolva os rebeldes da Frância.
Além dos pontos, você também ganha experiência que aos poucos faz você subir de nível como um apoiador da causa, consequentemente isso liberará a possibilidade de trocar seus ganhos por armaduras e armas novas.
Algo que me desagradou nessas missões é o famoso caso de não poder selecionar mais uma missão por vez, fazendo com que sempre tenha que retornar para um dos pontos espalhados no mapa e concluir aquela que iniciou para pegar outra.
Siege of Paris brilha em seus desafios
Sendo sincero, a expansão Wrath of the Druids me trouxe uma maior sensação de “novidade” ao jogo, contudo, o desafio existente nela havia me frustrado. Afinal, os inimigos utilizavam magia e ilusões, muitas vezes o desafio parecia por injustiça de um lado do que algo realmente bem pensado.
Em Siege of Paris, temos diversos combates contra chefes. E praticamente todos são épicos, trazendo uma dificuldade moderada e que traz aquela sensação de estar enfrentando um oponente honroso num combate digno, apesar que tem uns inimigos que historicamente são nada honrosos.
E com novos inimigos, também temos novas armas. Isso inclui, finalmente, a adição de espadas de uma mão. A comunidade pediu e a Ubisoft atendeu ao trazê-las ao jogo. Inclusive, também adicionando uma espada lendária para os jogadores que realizarem as missões das câmaras dos Ocultos.
Além disso, outra coisa que me chamou a atenção é que as missões de assassinato tem inúmeras etapas, fazendo com que você possa simplesmente ir na “loucura” ou planejar da melhor forma possível como vai executar o seu alvo. Isso me lembrou vagamente de Assassin’s Creed Unity, onde tínhamos mais de uma forma de invadir o local em que o alvo estava e poder aproveitar alguma das oportunidades de assassinato.
Conclusão: Afinal, Assassin’s Creed Valhalla: Siege of Paris é bom mesmo?
Da mesma forma que a expansão anterior, Siege of Paris traz consigo bastante conteúdo novo ao game. Além disso, temos uma história inédita de Eivor e que não obriga todos os fãs a comprarem ela para entenderem o próximo jogo, diferente do que ocorreu com Assassin’s Creed Odyssey.
Talvez a sensação de novidade não seja a maior para você, contudo, é uma expansão que vale a pena. Principalmente por sua narrativa. Infelizmente, sua performance pega nos arcos finais, uma vez que durante o grande combate de Paris, o jogo começa a ter quedas absurdas de FPS, provavelmente por causa da quantidade de explosões, NPCs em ação e fogo para todo lado.
Tirando esses momentos, não tive nada a reclamar. Inclusive, indico Assassin’s Creed Valhalla: Siege of Paris para todos que tem o jogo base.
Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.