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Preview: Dream Cycle, o mundo dos sonho e magia nos aguarda

Criado pela mente por trás de Tomb Raider

Desenvolvido pela Cathuria Games e publicado por Raw Fury, Dream Cycle é um game que envolve exploração, magia e ação e foi criado por Toby Gard, a pessoa que trouxe Lara Croft para nossas vidas. Venha conferir nosso preview de Dream Cycle para descobrir como o game se encontra.

O preview de Dream Cycle foi possível graças a um código cedido pela distribuidora à qual agradecemos a parceria e oportunidade. O jogo está em Early access via Steam e no momento desse preview, Dream Cycle não possui dublagem e legendas em PT-BR.

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Morgan Carter, uma aprendiz arcana, começa acordando em uma espécie de biblioteca e em cima de um círculo de invocação. Sem muitas explicações, a personagem se levanta comentando que deveria ter dado certo. O que? Iremos descobrir ao longo da trama. Ao explorarmos o local, o cenário começa a mudar de um cômodo para outro, passando por indústrias e até mesmo uma construção. Inicialmente isso me causou bastante estranheza, mas não tardou para o game explicar o porquê. Não estamos no mundo real, e sim na Dreamlands, uma dimensão alternativa e que está amaldiçoada.

Após o prólogo que serve como um tutorial, encontramos uma estátua viva chamada Kaman Thah – um tipo de deus ou entidade desse mundo – e é então que começamos a entender a história da protagonista: em meio aos seus estudos, um parente distante surge do nada e ataca de surpresa, roubando sua essência e a deixando entre a vida e a morte. Por isso ela está presa no Dreamlands e precisa o rastrear para recuperar seus poderes e devolver a luz a esse reino.

Considerei a história o ponto mais forte do game. Não apenas é bem inovadora como consegue trazer, a cada avanço, mais detalhes e curiosidades sobre os personagens e o mundo caótico no qual nos encontramos.

Uma beleza mal executada

Utilizando a Engine Unreal 5, Dream Cycle consegue trazer belos visuais. Seu gráfico possui um leve toque cartunesco que me agradou bastante, mas que, no momento deste preview, está muito mal otimizado. Existem falhas de iluminações e em alguns pontos a tela chega a escurecer a ponto de ficarmos completamente cegos. Felizmente essas falhas não aconteceram nos combates, o que impediu uma frustração maior.

Além disso, algumas animações deixam a desejar. Um exemplo é o movimento de “escalada” da personagem que é praticamente inexistente. Apesar disso, Dream Cycle consegue agradar visualmente e nada impede que alguns desses detalhes possam ser aprimorados ou corrigidos em patchs futuros.

Sobre a mecânica de Dream Cycle – e bota Cycle nisso

Dream Cycle possui uma mecânica que agrada muito inicialmente, mas com o tempo se mostra extremamente repetitiva. Após o prólogo, podemos escolher missões para iniciarmos que são divididas em pequenos blocos em um mapa enorme. Cada missão tem um objetivo principal que vai de exploração a matar mini-boss e cada uma possui recompensas finais e outras escondidas pelo mapa que variam em raridade e qualidade baseado em sua dificuldade. Os mapas são procedurais, o que torna a exploração mais aleatória e interessante, porém com o tempo também cansativa e repetitiva. Digo isso porque utilizamos – e muito – uma magia de teletransporte curto para explorarmos os locais dos mapas e, devido ao seu “caos” procedural, é frustrante passar minutos (ou horas) pulando de um lado para outro e encontrando cantos sem saídas.

Seu combate, por outro lado, é bem divertido e diversificado. Podemos utilizar armas brancas, a distância ou magias para enfrentar nossos adversários. Esses possuem um esquema de pontos fracos que ficam expostos ao desviarmos nas horas certas e que ao aceitá-los, causamos um dano muito superior além de um efeito de quebra em suas ações. Dream Cycle também possui um leve toque de RPG, onde podemos ganhar níveis e liberar mais espaços para perks. Quando utilizo o termo leve, me refiro ao fato de, na prática, não termos nenhuma alteração na personagem em si, apenas liberamos mais espaços para equiparmos novas “runas” que precisam ser encontradas nas missões.

Em resumo, o game possui uma mecânica interessante e divertida, mas que acaba se tornando muito cansativa e repetitiva rapidamente o que pode frustrar bastante com o tempo.

A agradável trilha sonora de Dream Cycle

Outro ponto positivo de Dream Cycle está em sua trilha sonora, ela consegue se encaixar muito bem no cenário e no seu momento. Digo momento, pois a música muda de algo levemente sombrio e calmo para uma de ação empolgante ao entrarmos em combate. Seus efeitos sonoros também não deixam a desejar, com barulhos de tiros, magias e efeitos que convencem a ação realizada. O único ponto que posso considerar a ser melhorado são alguns efeitos que ficam “estourados” independente do volume. Senti mais isso em algumas magias e nos críticos que chegaram até mesmo a me dar um leve susto algumas vezes até eu me acostumar. Felizmente são detalhes fáceis de se resolver e que também não chegam a desagradar nossa experiência auditiva.

Dream Cycle pode agradar, se você não se cansar

Com certeza a parte mais interessante de Dream Cycle se encontra em sua história. A protagonista passa de uma personagem estranha a alguém com um objetivo real rapidamente. Seu visual precisa de um polimento aqui ou ali e de aprimoramento em algumas animações, mas que também não deixa de entregar algo bonito e agradável. Outro ponto positivo está em seu combate que mistura magias e armas e acaba se mostrando bastante divertido e diversificado. Infelizmente, sua exploração acaba se tornando rapidamente repetitiva e cansativa e isso, infelizmente, acredito ser difícil de ser resolvido no futuro, mas que pode não ser um problema para todos. Junto a tudo isso, temos uma trilha sonora bem agradável que ajuda na imersão nesse mundo caótico e distorcido que Dream Cycle nos traz.

Guilherme Segal

Apaixonado por games desde o Atari. Curte tanto PC que possui quase 800 jogos na Steam. Mas ainda acha que os games de hoje em dia não possuem o mesmo charme dos antigos, motivo pelo qual ainda joga Heroes of Might and Magic 2 até hoje.

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