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Análise: Fatal Frame: Maiden of Black Water, cuidado com a Samara!

Agradará mais uns do que outros

Desenvolvido e publicado pela KOEI TECMO GAMES, Fatal Frame: Maiden of Black Water é um remaster da versão de Wii U, disponível para PC (via Steam), PlayStation 4 e 5, Nintendo Switch, Xbox One e Series X. Será que esse remaster ficou bom? Venha conferir nossa análise de Fatal Frame: Maiden of Black Water.

Essa análise de Fatal Frame: Maiden of Black Water foi feita graças a um código para Playstation 4 cedido pela produtora.

Três personagens interligados em uma história sinistra

Fatal Frame: Maiden of Black Water se passa, principalmente, na montanha Hikami onde ocorreu um crime terrível relacionado a um tipo de culto à muito tempo atrás e que hoje se tornou um local repleto de espíritos. Após o prólogo, começamos o game com a primeira dos 3 protagonistas: Yuri Kozukata, aprendiz de uma famosa médium que está aprendendo a usar suas habilidades para se tornar sucessora de sua mestra.

Yuri é contratada para encontrar um livro de fotos post-mortem para um escritor chamado Ren Hojo, que será nosso segundo protagonista. Acompanhada de sua mestra e equipada com a Câmera Obscura, um equipamento especial capaz de exorcizar espíritos, Yuri vai até uma casa abandonada em busca do objeto. Essa parte funciona como um tutorial e serve para nos apresentar os principais elementos do game.

Além desses dois personagens, também teremos como terceira e última personagem Miu Hinasaki, filha da Miku Hinasaki, protagonista do primeiro game da franquia. O jogo possui uma narrativa interessante que lembra bastante os clássicos de terror japonês. Combater espíritos não é uma tarefa simples visto que precisamos de estudo e estratégia contra alguns mais complexos. Sua história é o ponto mais forte do game e com certeza vai prender aos fãs do gênero, se conseguir superar os problemas listados mais à frente.

O cenário sombrio de Fatal Frame: Maiden of Black Water

Fatal Frame: Maiden of Black Water tem um visual bonito, mas bem datado para as novas gerações. Como se trata de um remaster e não um remake, isso já era esperado e não pode ser considerado um fator negativo. Apesar disso, o game possui cenários bonitos e assustadores, principalmente suas florestas japonesas com sua ambientação escura e uma neblina macabra.

Os personagens também não são nada mal e possuem detalhes bem bacanas, como o visual de suas roupas ao nos molharmos, porém, suas animações deixaram muito a desejar. Todas as ações são muito duras e lentas e até mesmo no sprint os nossos protagonistas parecem estar se movendo em câmera lenta. Suas feições passam pouquíssima emoção, o que torna todos os personagens frios e um pouco sem graça.

Como não tive a experiência de jogar sua versão original no Wii U, precisei conferir vídeos para poder comprar os dois visuais. Honestamente, existe sim uma melhoria, mas ela é bem sutil, sendo mais perceptível em sua iluminação ambiente.

Quem tem medo de alguns espíritos?

A jogabilidade de Fatal Frame: Maiden of Black Water possui uma mescla de exploração e ação. O primeiro se resume a andarmos pelas florestas, montanhas e casas abandonadas procurando objetos e espíritos. Utilizando de sua mediunidade, nossos protagonistas são capazes de ver os “ecos” desses espíritos que servem como um guia para alguns desses objetos e/ou objetivos.

Já sua ação envolve enfrentarmos espíritos malignos que surgirão tentando impedir nossos avanços. Para isso utilizamos uma máquina fotográfica especial que tem a capacidade de causar dano e atordoa-los. Por padrão, usamos o sensor do controle para controlarmos a câmera, simulando o uso de uma para mirarmos e angularmos sua posição. Ao entrarmos no modo câmera, precisamos localizar e focalizar os “pontos fracos” dos espíritos. Eles possuem até 5 e quanto mais conseguirmos enquadrar maior será o dano e o atordoamento causado pela foto.

Também podemos comprar itens e filmes diferentes no intervalo de cada capítulo com um recurso que ganhamos ao completar as missões e ao realizarmos objetivos secundários como achar itens ocultos e tirarmos fotos de espíritos passivos antes que sumam – ao melhor estilo Pokemon Snap. O combate é uma das partes mais interessantes do game, mas acaba se tornando repetitivo com o tempo.

Outro fator que me gerou bastante incômodo foram as animações e a movimentação dos personagens. Tudo é muito duro e lento e até mesmo no sprint os nossos protagonistas parecem estar se movendo em câmera lenta. Embora sua história seja cativante, a soma desses problemas fez com que o game ficasse rapidamente difícil de dar continuidade.

Sons de arrepiar a epiderme

Aqui temos um outro ponto forte de Fatal Frame, seu áudio. Sua trilha sonora traz consigo ruídos e sons que geram uma tensão considerável. Se tratando de um game sobre fantasmas e aparições, essa trilha convence e faz com que ele fique mais imersivo no tipo de terror que é proposto. Os efeitos sonoros também não ficam de fora, principalmente ao sermos perseguidos por alguma aparição, fica de arrepiar!

Em contrapartida, embora sua dublagem esteja presente em todos os diálogos e seja muito boa, ela está dessincronizada com a boca dos personagens. Entendo a dificuldade nessa sincronia pelo game ser, originalmente, em japonês. Porém não é uma movimentação diferente das palavras faladas e sim a voz que sai, em alguns casos, segundos após a boca dos personagens começar a se mexer e termina após ela já ter parado.

Como o game possui muitas cutscenes e uma história principal bem interessante, esse detalhe, particularmente, incomodou e me tirou da imersão da história em alguns momentos.

Conclusão de nossa análise de Fatal Frame: Maiden of Black Water

Fatal Frame: Maiden of Black Water é um game de terror mediano que não conseguiu me agradar por completo. Embora tenha uma história interessante, ele se torna rapidamente repetitivo, o que somado a suas animações duras e a falta de expressividade dos personagens faz com que percamos esse interesse em poucas horas. Até o seu combate, que seria uma das partes mais interessantes, se torna cansativo com o tempo. Apesar disso, seu cenário sombrio e seu áudio pode conseguir arrepiar aos mais sensíveis ao terror. O que é bom, afinal, esse é um dos objetivos do game.

Essa análise de Fatal Frame: Maiden of Black Water segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Fatal Frame: Maiden of Black Water

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 4
Diversão - 5
Áudio e trilha-sonora - 8

6

Razoável

Embora possua uma história interessante com um cenário assombrador, é um pouco difícil dar continuidade devido repetitividade e a dureza e falta de expressividade de seus personagens.

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Guilherme Segal

Apaixonado por games desde o Atari. Curte tanto PC que possui quase 800 jogos na Steam. Mas ainda acha que os games de hoje em dia não possuem o mesmo charme dos antigos, motivo pelo qual ainda joga Heroes of Might and Magic 2 até hoje.

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