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Análise: Shadow Warrior 3 segue a mesma fórmula sem riscos

Shadow Warrior 3 chega 6 anos após o seu antecessor, que incrementava a fórmula da série com ainda mais humor e combates altamente frenéticos. A gente teve a chance de jogar o jogo antecipadamente não só para ver se ele está no mesmo nível dos jogos anteriores, mas também para checar a performance dele. Afinal, a franquia é extremamente frenética, e é sempre recomendável jogar a altas taxas de frames. Confira abaixo a nossa análise completa de Shadow Warrior 3:

Uma sequência com um novo desafio

Em Shadow Warrior 3, o guerreiro corporativo Lo Wang e Orochi Zilla, seu antigo empregador, embarcam em uma missão improvável para recapturar um dragão ancestral que eles libertaram sem querer de sua prisão eterna. Armado com um conjunto de lâminas, pistolas, metralhadores e muito mais, Lo Wang precisa atravessar partes inexploradas do mundo da forma mais acrobática possível para encontrar o monstro e conter o apocalipse mais uma vez. O enredo é bem direto, e mantém o nível de insanidade não só dos outros jogos da série, mas da própria Devolver Digital.

Cutscenes que não se mesclam bem com o gameplay

Para situar o jogador nesse mundo louco, a Flying Wild Hog, desenvolvedora do jogo, colocou diversas cutscenes, que vão se intercalando com trechos de gameplay. É aqui que eu começo as minhas críticas ao jogo. Como eu já mencionei nessa análise, Shadow Warrior 3 é o tipo de jogo que exige altas taxas de frames, já que o seu combate é naturalmente rápido, misturando o melee da katana do personagem com diferentes armas de fogo. O problema, é que as cutscenes do jogo, pelo menos antes do seu lançamento estão todas a 30 FPS, e cortam sempre a fluidez da experiência. Uma das piores coisas é ter que lidar com quedas de FPS, mas pior ainda é ter cenas e gameplay a taxas de frames diferentes, o que quebra completamente o ritmo do jogo.

Esse problema seria menos perceptível se o jogo tivesse menos cutscenes, mas todas as ligações entre diferentes acontecimentos e mapas do jogo são conectados por elas, então essa perda de fluidez acontece a todo momento. O que salva, pelo menos, é que o jogo é recheado de humor em todos os diálogos, o que acabou tirando a minha frustração com relação a falta de ritmo.

Um gameplay frenético

Shadow Warrior 3 faz parte daquela lista de jogos em primeira pessoa que fazem com que o jogador fique vidrado na tela eliminando dezenas de adversários freneticamente. Assim como outros jogos da própria Devolver e títulos anteriores da série, o jogo exige habilidade e movimentação a todo momento, fazendo com que o jogador tenha que trocar armas a toda hora, usar muito a katana do protagonista e correr, pular e se esquivar pelo mapa. A quantidade de inimigos na tela é sempre insana, e é praticamente impossível sobreviver parado em Shadow Warrior 3. É aqui que o jogo brilha, já que o combate extremamente rápido e desafiador diverte bastante, mesmo que com algumas ressalvas.

Uma performance que poderia ser melhorada

Os testes que eu fiz durante o gameplay do jogo foram todos realizados em um notebook Lenovo Y540, que conta com uma RTX 2060 e um processador I7 9750H. É possível atingir boas taxas de frames no geral no modo gráfico alto mesmo nessa máquina mais modesta, mas também não são raros os momentos em que muita coisa acontece ao mesmo tempo e a performance vai lá para o chão.

É compreensível que o jogo esteja com um variação de frames muito grande dependendo do mapa e da quantidade de inimigos na tela nesse momento pré-lançamento, mas eu diria que a Devolver e a Flying Wild Hog ainda precisam fazer otimizações para melhorar a performance do jogo. Vale destacar que essa análise foi feita sem as tecnologias DLSS e FSR, que estarão presentes na versão final do jogo, mas estavam desabilitadas nessa build pré-lançamento. Então, esperem melhorias consideráveis no rendimento.

A lista de habilidades

O jogo oferece também habilidades e melhorias tanto para as armas quanto para o personagem, mas nada que seja muito complexo. Há pequenos orbes de energia espalhados pelos mapas que servem para desbloquear skills para todas as armas, aumentando a quantidade de munição e e oferencedo bônus passivos. Essas melhorias ajudam bastante no gameplay, principalmente mais para o final do jogo, mas eu confesso que não me senti compelido a buscar orbes pelo mapa para melhorar o protagonista principalmente pela falta de profundidade desse sistema. Ele acrescenta sim no gameplay e deixa os combates ainda mais frenéticos e diversificados, mas ele também não é nada que encha muitos os olhos.

Direção de arte

Falando agora sobre a direção de arte, Shadow Warrior 3 tem gráficos satisfatórios para um jogo que foca no desempenho, mas a sensação que se tem ao percorrer os mapas é que a equipe de desenvolvimento poderia ter lapidado tantos o mundo quanto os inimigos com mais capricho. O jogo não chega a ser feio, mas para um título lançado em 2022, a barra está subindo rapidamente e o jogo tem muita cara de começo da última geração. O ponto forte, ironicamente, fica para as animações das cutscenes que, apesar de estarem a 30 FPS, são muito bem feitas e se mesclam bem com os diálogos cheios de humor do jogo.

Conclusão – Análise: Shadow Warrior 3

Para concluir essa análise, Shadow Warrior 3 é um misto de emoções, com pontos fortes como o seu gameplay divertido e intenso, e fracos como a falta de ritmo entre gameplay e cutscenes, mas no geral o saldo acaba sendo positivo. O jogo oferece batalhas desafiadoras e divertidas, além de um humor escrachado que vai agradar aos fãs dos jogos mais loucos da Devolver Digital. Se você gostou dos últimos jogos da franquia, você provavelmente vai gostar de Shadow Warrior 3 mesmo com os pequenos problemas. Resta agora esperar os patches da Flying Wild Hog com o DLSS e FSR e uma otimização melhor do jogo para termos uma experiência mais agradável.

A análise de Elden Ring segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Shadow Warrior 3

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 7
Narrativa - 7.5

7.3

Bom

Shadow Warrior 3 segue a mesma fórmula dos seus predecessores e consegue divertir apesar dos seus problemas.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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