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Análise: Babylon’s Fall é para você?

E assim a babilônia caiu.

Nossa análise da vez será sobre um jogo que me chamou atenção desde o seu anúncio, pois seria um novo trabalho em parceria da Square Enix com a Platinum Games, porém, Babylon’s Fall tornou-se um incógnita até o seu lançamento. Afinal, ninguém conseguia definir se seria um jogo bom ou não. Agora que o game foi finalmente lançado, poderemos descobrir se ele tem tudo para ser uma nova franquia da Square. Continuem lendo a nossa análise e descubram tudo sobre Babylon’s Fall.

Essa análise foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela Square Enix.

Bem-vindo a Babilônia

Em um universo repleto de fantasia que mescla essas características com uma tecnologia própria, podemos construir um personagem para nos representar. Entretanto, sua narrativa não favorece o jogador, já que seu personagem está sendo enviado para a misteriosa torre da babilônia, sem entender o que aconteceu e nem mesmo saber qual é o seu passado. Antes que pudesse processar tudo, colocam em suas costas um dispositivo estranho chamado de Gideon Coffin que apesar de trazer uma dor descomunal neste primeiro momento, é o que permitirá sua sobrevivência nesta torre, pois esse objeto permite o usuário carregar armas consigo além de ter outras utilidades com os seus tentáculos sobrenaturais.

Agora, o protagonista tem a missão de explorar essa torre e sobreviver aos seus perigos. No decorrer da jornada fará amizade com outras pessoas que estão na mesma condição que ele e enfrentará inimigos inimagináveis.

Apesar da base da história ser interessante, infelizmente não é aprofundada. Quiseram usar características já conhecidas em Monster Hunter, onde o personagem “criado” pelo jogador é o centro da história e os outros o auxiliam em sua narrativa. Contudo, não funcionou bem. Os personagens coadjuvantes de Babylon’s Fall são sem carisma, não dá pra criar um apego por eles e o visual é bastante genérico, fazendo com que não possuam nem mesmo apelo visual.

Além disso, as partes sobre a história são cansativas com diálogos que se perdem em busca de criar uma conexão com os coadjuvantes. Infelizmente a mitologia fantástica que criaram acaba sendo desperdiçada nisso.

Feito para ser jogado especialmente em co-op

Desde o começo a Square Enix deixou claro que Babylon’s Fall seria um jogo focado em seu multiplayer e ela não mentiu nisso. Até quatro jogadores podem se juntar numa missão para conseguir atingir os objetivos de cada missão que são divididos em “capítulos”, como se cada aventura possuísse uma narrativa própria. A ideia é muito satisfatória, contudo, é realmente necessário apelar para o multiplayer, pois ao jogar sozinho uma missão acabei me deparando com a dificuldade real do game que é deixar o jogador cansado de tanto enfrentar inúmeros inimigos ao estar sozinho. Por mais que o gameplay seja nos moldes de hack’n slash, infelizmente é inviável sair batendo em vários ao mesmo tempo, fazendo com que as lutas se tornem indiretamente 1 vs 1 ou 1 vs 2 até que não sobre inimigos.

Você obviamente tem a opção de aguardar mais três jogadores aparecerem para te acompanhar na missão, contudo, se demorar o jogo simplesmente te envia sozinho para a sua jornada. Infelizmente não há um equilíbrio automático de dificuldade fazendo com que os inimigos fiquem mais fortes ou fracos de acordo com a qualidade dos jogadores. Dito isso, a dificuldade será a mesma contigo solo ou em quarteto. O essencial é ter ao menos mais um outro jogador contigo para que a partida não demore tanto e tenha maior chance de sucesso.

É inegável que a Square Enix quis ter o seu “Monster Hunter”, mas puxando mais para outro estilo de combate ao chamar a PlatinumGames para cuidar da jogabilidade. Infelizmente não funcionou bem, apesar de ter sido promissor. Além de ser extremamente dependente do multiplayer, também não se aprofunda numa complexidade de builds e afins, já que sistema de loot para as armas e armaduras.

análise Babylon's Fall

Gameplay deixa a desejar

Quando a PlatinumGames está envolvida num projeto é inegável criarmos grandes expectativas por conta de seus trabalhos esplêndidos como Bayonetta, Metal Gear Rising: Revengeance, NieR: Automata e outros… Babylon’s Fall não seria diferente, afinal estamos falando de uma nova união entre Square Enix e PlatinumGames. Porém, infelizmente o jogo deixou a desejar em sua jogabilidade.

Num primeiro momento vemos diversas familiaridades com NieR: Automata, até mesmo tendo uma leve nostalgia. Porém, isso é apenas nas primeiras jogadas, pois logo notamos a falta de impacto nos golpes, fazendo com os inimigos continuem a traçar seus caminhos como se nada tivesse acontecido ao serem atingidos por golpes poderosos e, além disso, pelo jogo ter um sistema que suas quatro armas definem o seu moveset ele se mostra extremamente limitado. Não há combinações variadas, não libera novos movimentos de acordo com o nível das armas e etc. É realmente repetitivo e, consequentemente, causa uma insatisfação ao jogador em estar fazendo diversas vezes a mesma coisa.

Infelizmente nem mesmo as boss battles que deveriam ser épicas conseguem se salvar nisso. Quando enfrentamos um chefe mais forte, a falta de impacto se mostra ainda maior. Além disso, em um chefe em especifico ficou claro como o target do jogo ficou a desejar, pois esse inimigo faz surgir cristais no chão, fazendo com que levemos dano e fiquemos presos. Os tais cristais podem ser atingidos pelos nossos ataques e, infelizmente, marcados como alvos. Desse jeito, em várias vezes eles eram marcados e não dava para mudar pro chefe, pois não dava pra trocar a mira de uma forma autônoma, sendo necessário ficar apertando ela até um momento marcar o oponente.

Outro problema com o target está em seu mapeamento, pois ele fica no L1 do Playstation, enquanto os ataques a longa distância estão no L2. O pior de tudo é que ela não se baseia em apenas apertar uma vez e ficar “lockado”, pois você precisa manter o botão pressionado.

Já vimos diversos jogos feitos pela PlatinumGames e isso deixa claro como Babylon’s Fall não foi refinado.

Gráficos e trilha sonora

Os gráficos desde o começo já sabíamos que não seria algo ultra realista como os Final Fantasy, porém, existia a esperança de serem a nível de Drakengard ou NieR. Infelizmente a esperança foi desfeita quando comecei a jogar Babylon’s Fall para escrever essa análise.

A ideia do jogo é apresentar gráficos como se fossem de pinturas em tela, porém, esse argumento acaba se mostrando inválido quando vemos que realmente os modelos estão deixando a desejar parecendo similar a gráficos dignos do Playstation 2 ou 3, apesar da direção de arte ser linda. Criando um contraste onde a direção e arte é fabulosa, mas os modelos e cuidado com os mesmos deixam a desejar.

Os cenários e chefes acabam sendo os maiores destaques da parte visual. Por outro, a trilha sonora é boa e faz uma imersão existir, contudo, nem mesmo o áudio se salva por completo, pois a dublagem japonesa e inglesa nos entrega um volume muito baixo.

análise Babylon's Fall

Conclusão da análise de Babylon’s Fall

Concluindo essa análise de Babylon’s Fall, quero dizer que infelizmente o jogo não consegue atingir as expectativas. Tinha tudo para ser um bom título e ele não precisava ser perfeito. Embora, ele tivesse boas ideias, aparentemente foi feito as pressas, pois faltou muito refino em diversos aspectos principalmente em seu gameplay e nos gráficos. É possível sim agradar alguns jogadores, porém, não podemos garantir que você vai amar o jogo.

análise Babylon's Fall

A análise de Babylon’s Fall segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Babylon's Fall tem ótimas ideias, mas deixa a desejar nas execuções

Visual, ambientação e gráficos - 4
Jogabilidade - 5
Diversão - 5
Áudio e trilha-sonora - 6
Narrativa - 5

5

Fraco

Babylon's Falls poderia ter sido um grande jogo, mas falhou em diversos aspectos como gameplay e gráficos. Infelizmente nem mesmo a narrativa acaba sendo um fator decisório para que ele se torne uma indicação.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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