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Análise: Fire Emblem Warriors: Three Hopes

Hora de salvar Fódlanmais uma vez!

Eu iniciarei esta análise de Fire Emblem Warriors: Three Hopes de uma forma um pouco diferente, já dando meu veredito. Para quem não sabe, Fire Emblem Warriors: Three Hopes é um jogo que mescla o estilo Musou – famoso pela série Warriors que está presente no nome deste jogo – com a franquia Fire Emblem – que amo de paixão.

Se chegou a jogar Fire Emblem Three Houses que foi lançado em 2019 para o Nintendo Switch – confira aqui nossa análise dele – e conhece os jogos das franquias Warriors, então já sabe exatamente o que esperar. Uma mescla perfeita entre as opções de Fire Emblem e a pancadaria com inúmeros inimigos de Warrios. E sim, recomendo o jogo para quem está com saudade do jogo lançado em 2019.

Agora, se não conhece nenhum dos jogos mencionados, ou se quer entender melhor como a Koei Tecmo conseguiu juntar os estilos, então confira aqui nossa análise de Fire Emblem Warriors: Three Hopes.

Esta análise de Fire Emblem Warriors: Three Hopes foi possível graças a um código cedido pela Nintendo. O jogo está disponível com exclusividade para o Nintendo Switch e não possui legendas PT-BR.

Uma história estranhamente similar

Em Three Hopes, você começa com um mercenário chamado Shez que está em busca de vingança contra um grupo de assassinos que praticamente dizimou seu bando. Ao entrar em um último combate mortal, ele se depara com um lutador lendário chamado Byleth. E certo de sua derrota, Shez libera um poder secreto e fica em pé de igualdade com Byleth.

A partir daí ele apaga e acorda em um plano astral diferente ao falar com a entidade Arval que perdeu a memória. Eles fazem um pacto para descobrir o que está acontecendo com eles e qual seria missão, assim como Shez busca por sua vingança.

Mas logo em seguida, eles acabam se envolvendo com os jovens líderes das grandes nações e acaba sendo recrutado por eles, assim como é pressionado pelos Knights of Seros a ficarem com eles por um tempo.

E, por fim, você deve escolher uma das três casas para servir sob seu manto e posteriormente apoiar na guerra que irá eclodir. Cada uma das casas mostra personagens diferentes e traz um final diferente ao jogo que tem um gigantesco fator replay.

E bem, se você jogou o game em 2019 tenho certeza que pensará o mesmo que eu: Estamos falando do mesmo jogo? E sim, de certa forma foi utilizado aqui basicamente todos os assets do jogo original, assim como uma gigantesca parte de sua história e motivações.

Mesmo tendo esse copiar colar em diversos momentos, eu me senti jogando um novo jogo, pois temos novas intrigas e podemos ver a história por outro lado, o que me agradou. Porém, não pude tirar o sentimento de que faltou uma ousadia nesta nova história.

As mecânicas de Fire Emblem estão presentes

Os jogos no estilo Warrior seguem um padrão muito similar onde temos um grande campo de batalha e devemos atacar nossos inimigos com ataques básicos, especiais e varrer o mapa com combos insanos. Essa fórmula existe até hoje e a novidade que chega é: como adaptar as franquias de fora para esse estilo?

Depois de terem acertado em cheio com Hyrule Warriors: Age of Calamity e também com Persona 5 Strikers, fica a dúvida de se foi bem adaptado para as nuances da franquia Fire Emblem. E a resposta não é um apenas sim, mas eles foram além do que eu achava que iriam.

Para quem conhece a franquia Fire Emblem, sabe que é um RPG tático muito rico e cheio de detalhes. De forma maestral, a Koei Tecmo conseguiu traduzir absolutamente todos os mínimos detalhes que a franquia tem para a fórmula Warriors.

Cada um dos personagens contarão com um golpe normal e um forte além de poder ativar especiais. Adicionalmente, cada personagem poderá ser o que quiser como um mago, arqueiro, cavaleiro, guerreiro e por aí vai. Basta focar na linha evolutiva da sua build e ir crescendo cada personagem dentro dela.

Além disso, será possível equipar os inúmeros equipamentos que o jogo traz, assim como pode forjar e melhorar novas armas para cada classe. E a mesma lógica se aplica a customização de habilidades. Temos aqui um prato cheio que bebe na fonte do RPG que a franquia traz.

Além dessa parte de customização, o game traz uma certa inovação para a franquia. Ao invés de menus interativos entre as batalhas, nós temos uma espécie de base de preparação onde podemos falar com todos os personagens o que pode melhorar nosso vínculo com eles, assim como podemos melhorar nossas armas e mais. Isso remete a escola que vimos no jogo de 2019.

E, por fim, mas não menos importante, podemos ativar a clássica opção dos personagens caídos em batalha retornarem, ou não, tendo assim uma morte permanente.

Simplesmente 100% do DNA da franquia Fire Emblem está presente em Warriors!

E a parte de Musou?

Já tendo feito a análise da parte de fora do campo de batalha, como se comporta Fire Emblem Warriors: Three Hopes na hora da pancadaria?

Mais uma vez temos aqui um caminhão de diferenças no estilo que são provenientes do jogo base de 2019.

A grande similaridade com todos os Warriors é que temos um gigantesco campo de batalha que é dividido por áreas e iremos progredindo à medida que matamos os capitães e chefes inimigos de áreas específicas. Diversos eventos vão rolando durante a luta e você deverá escolher onde irá primeiro ou até se irá perseguir uma missão secundária.

Dito isso, vamos para as novidades. A primeira é que é possível fazer pares na luta com qualquer aliado principal. Isso te dará ataques extras e em especial um golpe finalizador extra. Com isso, tanto você quanto seu parceiro ganharão afinidade como mais experiência.

Algo clássico da série Fire Emblem é o tipo da unidade. Cada unidade tem forças e fraquezas contra outras unidades e isso te forçará a trocar os personagens constantemente para ganhar vantagem dentro de campo. Adicionalmente, você também pode enviar os personagens para tomar fortalezas específicas para otimizar o tempo de batalha.

Uma outra coisa que achei bem interessante foi a luta contra grandes chefões. Alguns inimigos em específico terão fraquezas contra tipos de armas como lanças, espadas, machados, magia e mais. Ao ter um time equilibrado, você poderá explorar essas fraquezas para ganhar um bônus na hora do ataque.

De forma geral, temos um combo muito bem feito e variado entre as mecânicas básicas da franquia Warriors assim como muitas influências bem vindas da franquia Fire Emblem.

Conclusão

Chegando ao final desta análise de Fire Emblem Warriors: Three Hopes eu mais uma vez dou os parabéns para o time da Koei que conseguiu adaptar com maestria as nuances de uma franquia que eles não dominam para dentro do estilo Musou.

O único alerta que faço para os interessados no jogo é que caso já tenham jogado o Fire Emblem de 2019, pesem em sua decisão de compra se uma história tão similar a que já foi apresentada três anos atrás irá te desmotivar ou não da compra.

É importante deixar claro que temos aqui um ótimo jogo com uma história robusta, um gameplay maravilhoso e tendo o material base respeitado. Só faltou a Koei se arriscar um pouco mais na história.

E por fim, esse jogo mais uma vez despertou minha vontade de ver uma versão melhorada do Switch. Eu imagino que como seria esse jogo com 60 frames cravados e texturas com melhor definição.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Fire Emblem Warriors: Three Hopes

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8

8.5

Ótimo

Fire Emblem Warriors: Three Hopes é um ótimo jogo com uma história robusta, um gameplay maravilhoso e tendo o material base respeitado. Só faltou a Koei se arriscar um pouco mais na história.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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