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Análise: Baldur’s Gate Dark Alliance II é um port para os nostálgicos

Um cássico para os dias de hoje

Desenvolvido pelas Square One Games Inc. e Black Isle Studios e distribuído pela Interplay Entertainment Corp. recebemos o port de um clássico RPG de ação do PS2. Venha conferir o que achamos em nossa análise de Baldur’s Gate Dark Alliance II.

O game está disponível para PC via Steam, GOG, Epic Store e não conta com legendas em PT-BR.

Um clássico do RPG

Começamos o game podendo escolher entre 5 personagens: um bárbaro humano, uma drow monge, um elfo necromante, um anão ladrão e uma humana clériga. Embora eles sejam bem distintos entre si, não existe, aparentemente, uma ligação entre eles e tão pouco um background profundo sobre suas histórias. Mas, apesar disso, achei bastante divertido o modo como cada um se portava ao longo das aventuras. Especialmente ao conversar com NPCs onde, por exemplo, o bárbaro dava em cima de quase todas as personagens.

O game começa mostrando que os 3 protagonistas do game anterior foram feitos prisioneiros de um vampiro chamado Mordoc SeLanmere. Na história atual, os 5 novos personagens se encontram em uma estrada de comerciantes e descobrem que ela está mais perigosa devido a um grupo de goblins chamados de Red Fang Marauders. Após resgatarmos a guarda de uma caravana que foi atacada, vamos a uma cidade próxima e precisamos, mas uma vez, salvar o dia, matando o líder do grupo goblin. Com isso, viajamos com a guarda até a cidade de Baldur’s game, e aqui nossa aventura realmente começa.

O lindo mundo de D&D, para a época…

Infelizmente, como já mencionado, Baldur’s Gate Dark Alliance II é o port de um game de 2004, ou seja, temos um gap de 18 anos aí. Ou seja, seu visual pode deixar – e muito – a desejar. Como um “veio páia”, não senti desconforto com o visual do game em geral, mas senti bastante o peso da idade nele.

Graficamente, é possível considerar o game agradável, principalmente se considerarmos que estamos em uma época massiva de games indies com visual retrô. No entanto, suas animações são bastante sofríveis. A movimentação dos personagens é dura e bem robótica. Sinto-me livre para criticar isso pois joguei muito um game que saiu antes dele chamado Neverwinter Nights, que tem como base o mesmo RPG e que, ainda assim, possui animações mais fluidas – para a época.

Apesar dessa crítica, a variação de ambientes e, especialmente, criaturas, tornou a minha experiência geral até boa. Sendo fã de carteirinha do RPG de livro clássico, me senti bastante agradado ao me deparar com criaturas como esqueletos, beholders, dragões etc. E mesmo possuindo uma animação sofrível, ao conseguir passar esse obstáculo o game conseguiu me entregar algo satisfatório.

Jogabilidade que mistura ação e RPG de livro

Baldur’s Gate Dark Alliance II possui uma mescla muito interessante entre um game de ação isométrico que adapta as regras do livro de D&D. Obviamente existe uma adaptação das habilidades para que se enquadre em um game de ação. Por exemplo, uma habilidade comum aos guerreiros do RPG de livro se chama Cleave, que consiste em fazer um ataque extra a outro inimigo após matarmos o atual. No game essa habilidade é adaptada para um dano em área, ferindo nosso alvo principal e os que estiverem próximos. Essa adaptação ficou bastante interessante e se encaixou perfeitamente na ação do game.

Também temos várias outras características típicas de um RPG no game. Encontramos vendedores que nos fornecem equipamentos diferentes e variados. Eles também trazem a opção de utilizarmos pedras preciosas para evoluirmos esses equipamentos. Aqui vale ressaltar que achei o equilíbrio entre custo/qualidade excelentes, não senti em momento algum que eu estava rico e nem pobre demais. Também temos NPCs que nos dão missões principais e secundárias, não sendo, necessariamente, obrigados a completá-las em uma ordem específica. Mais uma vez, consegui entrar nesse universo de RPG.

Infelizmente, se não possuir um controle e uma boa vontade, talvez os comandos sejam sofríveis no início. Embora o game seja um port e não um remaster, senti uma falta de carinho na adaptação dos comandos. Alguns não são nem explicados como utilizar, o que me fez sofrer bastante para, por exemplo, criar atalhos para minhas habilidades. Claro, essa característica se resolve com o tempo, mas achei um grande “tiro no pé” essa falta de atenção para tentar captar alguns da nova geração para um game já antigo.

Baldur’s Gate Dark Alliance II é competente em seu áudio – Análise

Se por um lado eu fiquei um pouco frustrado com o visual do game, o mesmo não pode ser dito de seu áudio. Sua trilha sonora é bastante simples, mas entrega o universo que estamos vivendo. Seja na exploração, quanto na cidade ou nos combates, o game consegue fazer seu papel. E sim, não é algo fantástico que vai te marcar, mas é bastante satisfatório e não decepciona. Nesse sentido, tem algo no game que me surpreendeu bastante que foi sua dublagem.

Confesso que não tenho muitas lembranças/referências frescas na cabeça para comparar o quão normal isso era na época. Mas fiquei surpreso em descobrir que quase todos os personagens estão completamente dublados, e muito bem por sinal. Seja um anão, um drow ou até mesmo um dragão, cada voz deu vida ao personagem, e isso ficou muito bom.

Conclusão de nossa análise de Baldur’s Gate Dark Alliance II

Baldur’s Gate Dark Alliance II é um game bem divertido, mas possivelmente não é para todos. O game possui uma história interessante e bem “rpglística”, o que vai agradar os fãs do gênero. Mas seu visual já está bastante datado, o que pode desagradar o pessoal mais “novo”. Somado a isso, temos uma jogabilidade interessante, mas que sofre por falta de uma evolução em seus controles. Embora eu tenha me adaptado com o tempo, inicialmente essa foi a parte que mais me desagradou no game. Seu áudio, por outro lado, entregou algo que me surpreendeu, principalmente considerando a época do game. Resumindo, Baldur’s Gate Dark Alliance II é um game divertido e nostálgico que vai agradar o pessoal mais nostálgico, mas que possui boas chances de desagradar quem for se aventurar por esse mundo específico de Baldur’s Gate pela primeira vez.

Essa análise de Baldur’s Gate Dark Alliance II segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Baldur's Gate Dark Alliance II

Visual, ambientação e gráficos - 6
Jogabilidade - 6
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8

7

Bom

Baldur's Gate Dark Alliance II é um port que muito provavelmente vai agradar aos fãs mais nostálgicos, mas que vai afastar novos jogadores devido a falta de melhorias consideráveis, dado a sua idade.

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Guilherme Segal

Apaixonado por games desde o Atari. Curte tanto PC que possui quase 800 jogos na Steam. Mas ainda acha que os games de hoje em dia não possuem o mesmo charme dos antigos, motivo pelo qual ainda joga Heroes of Might and Magic 2 até hoje.

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