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Preview: Warlander traz épicas batalhas de cerco com muita magia

E talvez seja magia até de mais.

Em desenvolvimento pela Toylogic Inc e distribuído pela PLAION, Warlander é um game híbrido de MOBA e Battle Royale com ação em 3ª pessoa. Ele pretende trazer batalhas de cerco táticas e épicas de até 100 jogadores. Venha conferir o que achamos do game até agora em nosso preview de Warlander!

O título está disponível em sua versão beta aberta para PC via Steam desde 12 de setembro. Ele será disponibilizado em seguida para PS5 e Xbox Series. Em sua versão atual, o game não conta com tradução em PT-BR.

Uma batalha entre reinos

Em Warlander, entramos em um conflito de reinos em duas modalidades, um contra um ou até cinco simultâneos. Na primeira modalidade, cada reino contará com cinco esquadrões de quatro jogadores que terão como objetivo, invadir o castelo adversário e destruir seu núcleo. Para isso, será necessário construir armas de sítio e avançar no campo de batalha, capturando torres e destruindo portões. Cada esquadrão terá uma função definida por votação no início da partida e para atingir a vitória será essencial seguir as ordens do líder.

Se o game apresentará alguma história ou personagens chave, só saberemos no futuro. No estágio atual de desenvolvimento, ele não possui nenhum dos dois. Obviamente, o lore não é necessariamente o foco para esse gênero de game, mas seria interessante no futuro, pois isso daria mais imersão e personalidade ao jogo. Assim como vemos em games como League of Legends e DOTA.

Warlander tem um visual agradável e ofuscante – Preview

Visualmente Warlander me trouxe um misto de sensações. A começar, o game é bastante bonito e bem-feito. Possuindo um visual um pouco cartunesco, o game consegue entregar algo belo e razoavelmente leve. Digo isso pois, ao colocarmos 10 magos lançando magia atrás de magia, o game acaba perdendo um pouco de desempenho, mas que em momento algum chegou a ser crítico.

Os efeitos visuais estão muito bons, em especial o fogo e as explosões. No entanto, eu senti que o game acabou pecando um pouco em seu excesso. Por exemplo, ao jogarmos de guerreiro, é necessário nos aproximarmos dos inimigos para atacar. Com vários magos – de ambos os lados – lançando magia atrás de magia, muitas vezes me vi perdido e ofuscado com a quantidade de efeitos visuais acontecendo ao mesmo tempo. Sem contar as quedas de frames que isso causou. A movimentação e as animações são frenéticas e rápidas, especialmente nos combates físicos. Em suma, apesar dos efeitos serem bem agradáveis, essas características fizeram com que eu não aproveitasse tanto minha experiência no combate físico em grupo.

Uma jogabilidade boa e fluida, mas que se perde na bagunça

Os controles de Warlander são bastante simples e fáceis de se adaptar. Basicamente temos os mesmos comandos de um game padrão de ação, o famoso “wasd”, enquanto miramos e atirarmos/atacamos/lançamos com o mouse. A principal diferença é que teremos dois sets de habilidades disponíveis para cada arma e uma das duas armas equipadas. Aprender a trocar rapidamente de arma durante a batalha para poder lançar e combinar os efeitos é desafiante, mas também satisfatório. O ponto que acabou me incomodando bastante é a quantidade de informações que temos na tela. O HUD é simplista, mas as mensagens, gritos e anúncios são um pouco incômodos. Especialmente ao termos um evento como o ataque a um dos centros. Isso somado aos efeitos descritos acima acabou atrapalhando em alguns momentos.

Por outro lado, a customização e desenvolvimento das classes ficou excelente. Ao concluirmos cada partida, ganhamos equipamentos e experiência de acordo com nosso desempenho. Isso libera novos títulos para as classes e permite uma maior liberdade de customização. Com títulos superiores, teremos uma maior pontuação para equiparmos armas, armaduras e habilidades mais poderosas. No entanto, existe uma limitação bastante interessante. Quanto mais poderoso o personagem ficar, maior será seu tempo de reutilização e será necessário um ranking de valor superior para “liberar” seu uso. Essa característica ficou bastante interessante pois não deixa a partida muito desequilibrada ao enfrentarmos jogadores mais antigos.

Também é possível mudar a aparência do personagem, colocando cabeças, cabelo, barba e cores. Segundo seus desenvolvedores, a monetização do game estará aqui. Com vendas de cosméticos que não afetarão o equilíbrio do jogo, mas trará mais personalidade a que estiver disposto a investir. Uma prática extremamente comum nos games gratuitos de hoje em dia.

Batalhas, explosões e magias

Falando da experiência auditiva de Warlander. O game conta com uma trilha sonora de ação e aventura que varia com o momento do game. Por exemplo, no início escutamos uma música de ação mais suave e conforme o confronto avança, vai ficando mais agitada. O resultado acaba sendo interessante, pois ela traz até, em certo momento, uma sensação de momentos finais, quando invadimos – ou estamos sendo invadidos. No entanto, ela é apenas agradável e cumpre sua função, mas não traz a sensação de “batalha épica” que o game pretende.

Sua dublagem também é apenas “ok” e que fica apenas mais aparente nos comandos de voz e nos gritos de guerra dos personagens. Outro detalhe que tirou um pouco a sensação de grandeza dos confrontos. Particularmente, eu incluiria nos confrontos um barulho fictício de vários soldados se enfrentando e de metal com metal. Mesmo que no momento não tenhamos tantos em confronto assim. Isso traria um efeito mais impactante e imersivo. Mas isso é apenas um detalhe que, no geral, sua ausência não impacta tanto no game em si. Por outro lado, os efeitos sonoros estão muito bons, especialmente das explosões e magias. Fiquei muito satisfeito ao presenciar meu primeiro cataclismo no game e particularmente satisfeito ao chover magia em meus adversários.

Conclusão de nosso preview de Warlander

Concluindo esse preview de Warlander, ouso afirmar que o game tem potencial, mas que não pode deixar de se atentar aos detalhes. A ausência de algum enredo tira um pouco da empatia pelo ambiente e os personagens, mas não tira a graça do jogo em si. Seu visual lindo e relativamente leve agrada bastante, mas alguns podem – assim como eu – achar exagerado em alguns momentos. Somado a uma trilha e dublagens apenas ok, a minha experiência audiovisual do game acabou sendo bem simples, mas não ruim como um todo.

Agora, sua jogabilidade tem um potencial absurdo, especialmente devido às customizações e evoluções que trazem um toque de RPG. Essa característica vai ser interessante ser explorada no futuro, possivelmente com a adição de novas habilidades, equipamentos e classes. Só nos resta esperar para ver se o game terá uma vida útil até lá e se seus desenvolvedores irão explorar esse potencial.

Guilherme Segal

Apaixonado por games desde o Atari. Curte tanto PC que possui quase 800 jogos na Steam. Mas ainda acha que os games de hoje em dia não possuem o mesmo charme dos antigos, motivo pelo qual ainda joga Heroes of Might and Magic 2 até hoje.

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