Square Enix sempre consegue se destacar na produção de seus RPGs, principalmente os mais clássicos da época do saudoso PlayStation 1. Seguindo isso até hoje, nossa análise vai falar sobre The DioField Chronicle, o novíssimo RPG do estúdio e que traz consigo um combate em tempo real e estratégico. Quer saber mais sobre The DioField Chronicle e se ele é bom? Continue lendo.
Essa análise foi feita graças a um código de Playstation 5 que foi cedido pela produtora. O jogo já está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC e não conta com legendas em PT BR.
Guerras medievais e complicações políticas
The DioField Chronicle traz a história de uma ilha chamada de Diofield que está envolvida numa guerra geopolítica entre duas forças distintas que são a Aliança Rowetale e o Império Trovelt-Shoevian. Essa ilha é povoada por famílias nobres que controlam territórios próprios e também costumam entrar em conflito. Ou seja, não é uma localidade realmente pacífica, ainda mais se levar em conta a quantidade de mercenários e ladrões que habitam essa região.
Falando em mercenários, temos como protagonistas a força mercenária conhecida por Blue Foxes que conseguiu resgatar uma nobre chamada Lorraine que tem influência direta com essa guerra. Agora caberá a Blue Foxes, liderada pelo jovem Andrias, se envolver ainda mais neste combate e trazer esperança para Diofield.
The DioField Chronicles tem uma história bem envolvente, trazendo o melhor de uma narrativa medieval como combates, romance, política da época e muito mais. Além disso, temos diversos personagens que possuem sua importância na história, onde até mesmo os mais apagados estão sempre presentes dando suas opiniões e conselhos para Andrias. Inclusive, podemos ver como o jogo teve uma forte referência na aclamada franquia Crônicas de Gelo e Fogo (Game of Thrones).
O que é The DioField Chronicle?
Inicialmente quando o jogo havia sido anunciado acreditei que seria mais um JRPG tradicional, porém, tive uma grata surpresa desde os seus primeiros minutos. Por mais que seja um RPG, ele traz mecânicas e sistemas de RTS. Ou seja, as batalhas são em tempo real. Você terá que administrar suas tropas, adicionar seus ataques especiais e posicionamentos enquanto o combate está ocorrendo livremente.
Num primeiro momento tive dificuldades em comandar tudo, uma vez que não sou muito de jogar RTS, entretanto, não demorou para pegar o jeito, uma vez que o jogo é bastante didático em seu gameplay.
Aqui você poderá controlar um personagem por vez ou todos ao mesmo tempo e passar comandos para eles se movimentarem ou atacar uma unidade inimiga. Deste modo, eles vão seguir aquela ordem até que uma nova seja passada. Há ao todo quatro tipo diferentes de personagens que são divididos em subclasses, podemos destacar os quatro tipos de como azul (assassino, guerreiro com espada e escudo ou guerreiro com machado), laranja (cavaleiro em cavalo ou wyvern), verde (arqueiro ou franco atirador) e, por fim, roxo (feiticeiro e bruxo).
Cada estilo tem seus golpes distintos e alcances específicos, fazendo com que você possa combinar habilidades para criar combos. Como, por exemplo, utilizar um feiticeiro para gerar envenenamento ou queimadura num inimigo e depois utilizar o assassino que ganha vantagem contra inimigos que tem algum status negativo.
Falando nos inimigos, tirando os ataques automáticos, somos capazes de ver o local que será atacado por eles e assim temos a liberdade de reposicionar nossos personagens ou realizar alguma investida que gere atordoamento.
Os mapas do jogo são baseados em dioramas, nos dando uma visão periférica de tudo que está ocorrendo e facilitando o posicionamento de nossa tropa da Blue Fox.
Evolução de seus personagens e base
The DioField Chronicle traz vários sistemas de evolução. Não somente dos personagens, mas também da própria base. Primeiramente existe o famoso “level up” que deixará sua tropa mais forte, mas além disso há pontos de habilidades para desbloquear efeitos passivos e também existe uma árvore de habilidades que amplia os poderes de cada classe, adicionando mais efeitos às suas habilidades. Então você não estará depositando pontos num personagem específico, mas em todos que se englobam naquele estilo.
As armas são importantes, pois além de terem aumento no dano também carregam consigo os golpes especiais de cada membro da Blue Foxes. Ou seja, uma habilidade especial não é exatamente do personagem, mas daquela arma que ele carrega, então algumas vezes apenas comprar uma espada por ela dar 10 a mais de ataque não fará sentido se ela não trouxer consigo a habilidade que permite o seu combo funcionar corretamente. Além dos itens da loja, você também poderá estar criando novas armas no laboratório onde fica a maioria dos upgrades.
Falando em upgrades, o jogo também conta com invocações que podem ser acessadas quando você preenche uma barra que se encontra no canto inferior direito da tela. Essas invocações também podem receber upgrade, mas consomem seu dinheiro e material. Porém, se tornam cada vez mais úteis.
Essas evoluções citadas anteriormente tem como principal limitador os níveis de sua base. Se ela não estiver upada, não será possível acessar andares mais elevados das árvores de habilidade. Só há uma forma de evoluir a base que é por meio de side quests que normalmente mandam você ganhar algum confronto ou cobram uma taxa de dinheiro. E aproveitando o tema, o jogo é extremamente custoso em relação ao dinheiro do game, uma vez que tudo cobra valores absurdos e isso deixa um pouco mais lento o seu desenvolvimento.
Gráficos e trilha sonora
Os gráficos de The DioField Chronicle tem três momentos distintos, o primeiro que vamos falar se trata das cutscenes onde vemos os personagens com mais detalhes e também traz momentos importantes da história. Os gráficos são básicos, bonitos e funcionam muito bem. Por outro lado, temos eles durante a gameplay que são ainda mais simples, apesar disso nos momentos em que estamos andando em nossa base são ainda mais detalhados do que os modelos que vimos durante os combates. Em resumo, os gráficos funcionam para o estilo de jogo, mesmo tendo três modelos diferentes para situações distintas.
A trilha sonora é fantástica trazendo uma imersão enorme! Não somente isso, mas a dublagem japonesa e inglesa estão de parabéns, uma vez que a ocidental buscou trazer aquele sotaque medieval que vimos em séries como Game of Thrones e House of the Dragon.
Conclusão da análise de The DioField Chronicle
Concluindo essa análise de The DioField Chronicle devo expressar o quanto foi uma surpresa grata poder jogá-lo. Seja pela história envolvente, personagens carismáticos ou gameplay viciante. É um jogo que te prende, que faz com que você queira jogar cada vez um pouco mais, principalmente pelos combates que não demoram tanto e nem são repetitivos. Aqui temos um jogo obrigatório para todos os fãs de RPG.
Essa análise de The DioField Chronicle segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
The DioField Chronicle é um RPG que merece a sua atenção
Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 9
Narrativa - 9
8.6
Ótimo
A Square Enix acertou em cheio na produção de The DioField Chronicle ao trazer um tipo inédito de desafios aos seus RPGs, além disso, também conseguiram desenvolver uma história intrigante e com ótimos personagens. É, sem dúvidas, um jogo que todo fã do gênero precisa jogar.