Análise: Uncharted Coleção Legado dos Ladrões para PC não traz novidades

Em 2016 Uncharted 4 foi oficialmente lançado pela Naughty Dog sendo o primeiro grande jogo da empresa para o PS4 explorando o poder do console. Já no ano seguinte, foi lançado de forma independente Uncharted The Lost Legacy onde não contávamos com o famoso Nathan Drake. Agora em 2022, ambos jogos receberam a versão definitiva para PS5 e agora em outubro, Uncharted Coleção Legado dos Ladrões finalmente chega para o PC onde iremos trazer sua análise.

Será que veremos aqui um grande trabalho como vimos no jogo do Homem Aranha que também já chegou ao PC ou será que Uncharted Coleção Legado dos Ladrões será um port seco?

A análise de Uncharted Coleção Legado dos Ladrões foi possível graças a um código cedido pela produtora. O jogo chegará oficialmente aos PC’s no dia 19 de outubro via Steam e Epic Games e conta legendas e dublagem em PT-BR.

Duas histórias já conhecidas

Se há algo que não investir meu tempo nessa análise de Uncharted Coleção Legado dos Ladrões é em seus detalhes e sua história. Por um lado, quero evitar spoilers para as poucas pessoas que não jogaram o game, mas ao mesmo tempo muitas pessoas já estão carecas de saber sobre sua história que debutou em 2016 e 2017 respectivamente.

De forma geral, Uncharted 4 traz a última aventura de Nathan Drake ao introduzir seu suposto irmão desaparecido. Agora os dois irão se unir para dar continuidade a busca de um tesouro que estão atrás já faz mais de 15 anos.

Já The Lost Legacy dá o protagonismo a Chloe Frazer e Nadine Ross que vão à Índia buscar um tesouro se baseando nas lendas da Presa de Ganesha.

Ambos jogos apresentam visuais exuberantes com selvas densas, praias, cavernas, cidades e muito mais. A parte de ambientação de ambos jogos dá um show a parte onde coloca o jogador no meio de cidades e situações movimentadas como no meio do nada onde descobrirão cidades escondidas.

Em termos de gameplay, ambos jogos são muito similares onde contaremos com diversos ambientes para explorar, escalar e se proteger no meio de tiroteios de inimigos podendo sempre tentar ao máximo optar pela furtividade. As novidades são que ambos os jogos contam com um gancho para deslocamento tanto no meio da ação como na exploração e The Lost Legacy traz um sistema de abrir fechaduras.

Adicionalmente, The Lost Legacy traz uma área de mundo aberto onde o jogador pode explorar à vontade essa área antes de continuar com a história principal.

Gráficos lindos, assim como no PS5

Se eu estivesse falando nesta análise de Uncharted Coleção Legado dos Ladrões pela primeira vez eu iria gastar um tempo falando das novidades, melhorias e muito mais. Porém, em Janeiro deste ano nós tivemos essa versão remasterizada lançada para o PS5 com as mesmas melhorias. Ou seja, basta conferir nossa análise original que verá um grande detalhamento das melhorias.

Verdade seja dita, na versão de PC temos exatamente as mesmas melhorias com personagens mais detalhados, florestas mais densas, iluminações melhoradas e mais. Diferente do Homem Aranha que trouxe muitas opções de configuração a sua versão de PC, incluindo mil ajustes no Ray tracing, em Uncharted Coleção Legado dos Ladrões temos nada de novo.

O jogo é sim muito bonito como era de se esperar e como vemos no PS5, porém, falta um extra para quem já conferiu o jogo no PS5.

Mas algo que achei interessante, é que o jogo traz todas as novidades do PS5 incluindo a compatibilidade com o Dualsense além do esquema de áudio que pode ser estéreo, 7.1, som espacial para headset e mais. Nesse ponto, nunca vi um jogo de PC com tantas opções para seu áudio.

E algo que o jogo faz para expandir a experiência para fora da tela é que caso tenha um teclado e mouse compatível e com RGB, ele ficará em laranja e a iluminação irá acompanhar, dentro de suas limitações, os acontecimentos dentro do jogo.

Desempenho e frames

Agora indo para a parte de performance, eu fiz esta análise de Uncharted Coleção Legado dos Ladrões em meu Dell G15 Ryzen Edition (5800H + RTX 3060). De forma geral eu joguei com tudo no ultra tirando as texturas que era orientado a jogar no alto por conta da VRAM. Porém, mesmo colocando tudo no máximo, não vi nenhum grande problema.

Jogando em full HD, o jogo alcançava tranquilamente uma média de 90 frames. Ao diminuir para médio essa média passou de 100 frames considerando o DLSS ligado em qualidade. E por falar em DLSS, o jogo também oferece a opção de utilizar o FSR 2.0 da AMD.

No geral a performance estava muito estável e as maiores quedas aconteciam nos momentos de maior ação como na fuga de Sam Drake da prisão onde havia explosões, efeito de fogo, tiroteio e mais. Aqui vi o jogo chegar a 50 frames em alguns momentos, considerando a configuração Ultra do jogo. Porém, isso não foi nada que afetou minha experiência.

O que eu pude notar foi alguns problemas com alguns efeitos como sombra, chuva ou até água a longas distâncias. Não é nada grave, mas certamente tira a imersão caso pare para observar esses detalhes. O que também vi é que esses pequenos bugs visuais são diminuídos caso jogue com tudo em alto ou ultra. Ou seja, usuários com computadores mais humildes poderão sofrer mais com esses probleminhas.

Mas creio que isso seja resolvido com um update futuro por parte da Sony.

Conclusão

E bem, de forma bem sucinta, Uncharted Coleção Legado dos Ladrões é um bom port para PC. Ele chega sem nenhuma novidade se comparado a versão de PS5, mas traz as opções básicas de configurações assim como possibilita a ativação tanto do DLSS como do FSR 2.0.

Por fim, o jogo apresenta um excelente desempenho e gráficos muito bons, porém, nessa build antes do lançamento, apresenta alguns pequenos bugs visuais que felizmente não comprometem a experiência do jogo.

Essa análise de Uncharted Coleção Legado dos Ladrões para PC segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.