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Análise: Serial Cleaners diversifica sem alterar jogabilidade

Quase um filme do Tarantino ...

Serial Cleaner (o primeiro jogo da série) me chamou atenção de cara pelo seu plot e estilo de gameplay. Um “Hotline Miami” pós fato. Ou seja, aqui você é um faxineiro, o cara que limpa o local do crime para não deixar nenhuma prova ou vestígio. Para isso você precisará driblar a segurança, câmeras e se manter bem escondido enquanto completa seu trabalho. Durante nossa análise de Serial CleanerS (o segundo jogo da série) podemos ver a mesma ideia de gameplay, agora de maneira estendida para diferentes personagens e com gráficos aprimorados.

A análise de Serial Cleaners foi possível graças a um código cedido pela empresa, a qual agradecemos a confiança e parceria.

Novidades em um gameplay já conhecido

Uma das primeiras coisas que você irá perceber sobre Serial Cleaners é que é um jogo lento, semelhante a outros jogos furtivos como Hitman. Na verdade, Hitman é o ponto de comparação mais fácil para o estilo furtivo, mas aqui não há mortes (só antes do gameplay começar hehe). 

Trazendo de volta Bob do primeiro jogo e misturando-o com três outros limpadores: Psycho, Lati e Vip3r, Serial Cleaners faz o salto da década de 1970 para a cidade de Nova York nos anos 90, à medida que a série avança não apenas narrativamente, mas também em termos de sua mecânica de jogo. Toda vez que a máfia deixa uma bagunça para trás, cabe a um dos quatro limpadores exclusivos garantir que nada seja deixado para as autoridades, sejam corpos ou evidências, e que o local esteja praticamente livre de sangue.

As atualizações no gameplay são sempre relacionados as habilidades dos faxineiros. Em um nível Vip3r estará cheia de oportunidades para invadir sistemas mecânicos como luzes e portas para mexer com as autoridades. Lati, por outro lado, é forte e rápida, permitindo que ela navegue pelo mundo com mais eficiência. Bob, sendo “oldschool”, é muito mais hábil em embrulhar corpos e deixar as coisas arrumadas e limpas, enquanto Psycho tem sua capacidade de serrar corpos e obstáculos, e usar membros decepados para nocautear guardas que podem ser em seguida, ser trancados em salas para evitar problemas durante a fase. E sim, temos fases que você pode trocar entre os personagens para achar a melhor maneira de lidar com a situação.

Gráficos e audio

Nos gráficos o jogo tem um bom salto desde o primeiro título. O visual dos faxineiros se destaca, trazendo características e personalidades bem linkadas às suas habilidades. Grande parte da direção de arte é derivada de uma arte mais moderna, vista em jogos indies atuais, trazendo muito a vibe dos anos 90 que o jogo se passa. Já a trilha traz uma música de elevador, puxada pra um Jazz e encaixa muito bem com o ambiente e com seu trabalho lento e meticuloso. Um tiro simplista e certo da Draw Distance.

Problemas na câmera e IA

Como alguns jogos que usam câmera isométrica para puzzles, há certos problemas que afetarão sua diversão com Serial Cleaners. A visão de cima para baixo, por exemplo, tem seus méritos em permitir que os jogadores vejam mais do cenário e através das paredes, mas os objetos podem obstruir a visão de outros essenciais ou até mesmo de rastros de sangue, sendo difícil saber onde faltou limpar. Claro, você pode utilizar o Cleaner Sense (veja como uma visão detetive do Batman) para destacar essas coisas, mas talvez ser capaz de girar sua perspectiva possa tornar as coisas mais suaves.

A IA também pode ser facilmente enrolada sempre que você for visto, pois usando esquinas para sair da visão dos guardas faz eles perderem o interesse surpreendentemente rápido, prejudicando imersão e a diversão consequentemente. Talvez se eles aumentassem um pouco a ronda após isso, ou até mesmo mudassem o padrão teríamos algo um pouco mais dinâmico. Isso traria também um pouco mais de dificuldade ao jogo… não sei se isso seria bem-vindo, mas fica o apontamento.

Conclusão da análise de Serial Cleaners

Serial Cleaners é sem sombra de dúvidas um ótimo jogo furtivo e é extremamente indicado para aqueles que curtem a ideia e sua jogabilidade.

Com novos gráficos, roupagem e uma trilha-sonora que encaixa muito bem com os eventos do jogo, temos aqui um game ideal para passar aquele tempo descontraído, sem gameplays frenéticos e game-over a todo momento. Serial Cleaners é um jogo que exige muita paciência e movimentos cadenciados para o sucesso de cada mapa.

A adição de novos personagens foi muito bem pensada, mas, quando usados de maneira isolada, temos apenas o mesmo gameplay se repetindo. A impressão que fica é que os cenários acabam mandando muito mais na escolha do personagem da vez, ao invés das habilidades de cada um.

Acho que a Draw Distance perdeu a oportunidade de trazer um modo cooperativo para Serial Cleaners (que seja offline) para que as diferentes habilidades de cada faxineiro fosse usada em conjunto e de fato trouxesse um sentimento de conquista para os jogadores.

Essa análise de Serial Cleaners segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Serial Cleaners

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 7
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 7

7.4

Bom

Com novos gráficos, roupagem e uma trilha-sonora que encaixa muito bem com os eventos do jogo, temos aqui um game ideal para passar aquele tempo descontraído, sem gameplays frenéticos e game-over a todo momento. Um modo co-op cairia muito bem para os jogadores e para o jogo.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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