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Preview: The Devil in Me tem tudo para ser o melhor da série

Ambientação é sublime

Graças a Bandai tivemos a oportunidade de conferir a primeira hora de The Devil in Me, o mais novo jogo da série The Dark Pictures Anthology, o qual trazemos aqui nosso preview.

E logo de cara posso dizer que tanto a narrativa como a ambientação é sublime e temos aqui o melhor jogo da Supermassive games até o momento. The Devil in Me será lançado para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One e PC no dia 18 de Novembro e será legendado em PT-BR.

O castelo da morte ganha vida

Como falamos em nosso primeiro preview hands off, The Devil in Me é inspirado em HH Holmes, o primeiro serial Killer dos Estados Unidos onde afirmou, durante seu julgamento, que ele não conseguia parar de matar por ter o demônio dentro dele.

E podendo efetivamente rodar o jogo, eu pude corroborar o que falei anteriormente. Esse hotel inspirado no famoso castelo da morte de Holmes é simplesmente fabuloso. Temos uma ambientação impecável de um hotel retirado do século retrasado lembrando obras de época como o famoso filme Titanic.

Aqui tudo funciona bem. Temos um papel de parede com relevo, uma iluminação mais fraca que era típica, grandes móveis e mais. E além desse hotel “do mal” tematizado, também temos salas escuras, ambientes sinistros e quartos depredados para mostrar que algo aconteceu no passado.

Um outro destaque vai para a parte sonora que agora pude conferir em primeira mão. Aqui temos diversos sons distintos que são colocados de forma estratégica para aumentar a tensão no jogo assim como aguçar a curiosidade e medo dos personagens.

Ou seja, está tudo fabuloso e eu particularmente amei essa ambientação, pois acho essa temática não apenas interessante, mas bem mais atrativa que os últimos jogos da série. Enfatizo aqui que é uma questão de gosto e não de qualidade.

Gráficos ainda mais lindos, mas…

A Supermassive Games sempre se destacou pela narrativa e por seus gráficos e em Devil in Me é possível ver uma melhoria de seus últimos jogos. Até por termos apertados corredores ao invés de uma área aberta, é possível investir mais tempo nos detalhes.

Todas as texturas estão muito boas e é incrível ver a quantidade de detalhe nos personagens, em suas animações assim como toda a ambientação do cenário que foi melhorada tanto em qualidade visual como sua iluminação.

E embora tudo esteja lindo e maravilhoso, tenho que relatar duas coisas. A primeira é que percebi que algumas animações e alguns detalhes estão melhores que outros. Isso muito provavelmente é por causa de estar jogando uma build ainda não finalizada. São detalhes que estou falando assim como alguns cortes de cenas muito rápidos e agressivos.

Por mais que não seja uma build final, estamos falando de um jogo que será lançado em menos de um mês e seria interessante ter uma certeza que veremos esse polimento final.

E a segunda coisa que tenho que falar é a reclamação de sempre. A Supermassive Games se nega a animar os detalhes dos personagens. Vou explicar com um exemplo, em certo momento o personagem Mark sobe uma escada. Ele tem um capuz de seu casaco assim como tem uma câmera pendurada em sua cintura.

Tanto o capuz como sua câmera aparentam estar colados em sua roupa e seguem a animação e física do personagem sem ter uma própria. Isso tira parte da imersão do jogo. E claro, essa crítica se estende a todo jogo.

Gameplay tenso de sempre

E para finalizar esse preview de The Devil in Me, vou falar do gameplay que não apresenta surpresas. Aqui temos o de sempre. Personagens irão entrar em conflito por diversas vezes e teremos que tomar decisões que podem ser tanto negativas como positivas e que claro, irá ou não machucar ou até matar os personagens.

O interessante aqui é que temos uma ambientação fantástica que ajuda a construir esse ambiente tenso. O jogo brinca muito bem com a história de HH Holmes assim como o conhecimento dos personagens sobre o serial killer.

Aqui temos cinco personagens bem únicos onde eles entram em choque por serem exigentes, medrosos, convencidos e mais. Cada nova provação e escolha irá aproximar ou afastar o grupo.

Outro detalhe que gostei é que The Devil in Me não exagera nos Jumpscare e utiliza muito bem a pegada que tem de vigilância dos personagens, algo que sofre influência direta da franquia de filmes Jogos Mortais.

Dentre as inovações do gameplay temos a possibilidade de correr que ajuda na hora de explorar o ambiente ou até chegar mais rápido em um ponto que já tenha liberado. E a outra inovação é a possibilidade de carregar itens que irão te auxiliar de diversas formas.

Por exemplo, será possível iluminar o ambiente, utilizar a câmera para achar pistas ou até abrir certas fechaduras. Mas tenho uma crítica ao design deste menu. Os itens coletados vão para o D-pad, ou seja, temos acesso rápido a até 4 itens. O problema é que quando você pega um item ele aparece no menu rápido de forma completa, porém, não é assim que funciona.

Esse menu mostra apenas os itens que podem ser usados livremente. Ao pegar uma chave, por exemplo, por mais que tenha mostrado no seu inventário, ela só aparecerá quando for tentar abrir a porta. Isso pode acabar confundindo o jogador.

Conclusão do preview de The Devil in Me

De forma geral eu simplesmente amei essa primeira hora de The Devil in Me. O jogo não traz nenhum tipo de revolução na fórmula da franquia, mas tudo é trazido de forma melhorada. As pequenas melhorias em seu gameplay são bem vindas, embora ainda precise polir um pouco mais.

No mais, temos personagens interessantes, um inimigo inspirado em um serial Killer real e temos uma ambientação que eu achei fora de sério. Até este momento, a ambientação, iluminação, gráficos e parte sonora é fabulosa. Claro, fica a eterna crítica a falta de animação dos detalhes e equipamentos dos personagens.

Essa falta de física separada infelizmente tira a imersão em alguns momentos.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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