Análise: Signalis é um incrível survival horror indie

É inquestionável que os jogos de terror estão cada vez mais em alta com o recém anuncio do Remake de Resident Evil 4 assim como de Silent Hill 2 e novos jogos como Callisto Protocol. Agora, imagine um jogo indie que bebe da fonte de todos esses jogos. Pois bem, aqui trazemos nossa análise de Signalis, um jogo indie no estilo survival horror que bebe da fonte inspiradora de todos esses grandes jogos e mais.

Se curte um cenário claustrofóbico, gerenciamento de munição e de itens, então confira aqui o que achamos de Signalis.

A análise de Signalis foi possível graças a um código cedido por sua produtora. O jogo estará disponível para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One, Nintendo Switch e PC a partir do dia 27 de Outubro e não conta com legendas em PT-BR.

Um futuro distópico que deu errado

Em Signalis nós somos apresentados a um universo onde a humanidade conseguiu colonizar o sistema solar e para ajudar no trabalho, temos diversos tipos de Androides que ajudam no trabalho pesado do dia a dia. E não ache que tudo é flores. Aqui temos uma vigilância constante dessa força de trabalho que é oprimida tendo até uma pegada cyberpunk.

E no meio desse cenário nós temos Elster, uma Replika (como são chamados os androides) que cai em um planeta desconhecido e está buscando sua amiga que desapareceu. Agora ela deverá explorar uma instalação macabra que está quase perdida para monstros desconhecidos.

Os poucos sobreviventes estão ou doentes ou muito assustados para conseguir ajudar. Agora cabe a Elster vasculhar cada centímetro dessa instalação para descobrir o que está acontecendo enquanto analisa diversas comunicações empresariais, confere as propagandas postas pela empresa e claro, conferir as diversas anotações e diários das pessoas que deixaram alguma pista para trás.

Aqui temos algo muito no estilo Resident Evil onde a lore é ampliada através da leitura de inúmeros documentos.

Adicionalmente, também pude ver a influência de Silent Hill onde as memórias estão misturadas e a personagem muitas vezes “viaja entre mundos” onde ambos se afetam fazendo se questionar o que é a realidade.

Um baita ambientação

E para dar vida a este mundo macabro e tenso, aqui o jogo apresenta uma ambientação simplesmente fabulosa que lembra uma mistura de Silent Hill com Dead Space.

De um lado temos um cenário muito escuro onde a sua trilha sonora chega a dar frio na espinha. Tudo dá a impressão de estar abandonado juntamente com um trilha sonora que parece que está arranhando algo e os instrumentos sempre dão uma atmosfera tensa na exploração e um sentimento de alerta na hora do encontro com um inimigo.

E na parte visual, o jogo tem uma pegada retrô que acaba funcionando muito bem. Aqui eu acabei vendo uma grande inspiração em Dead Space que apresentava um cenário mais futurista onde existe um mal inicialmente inexplicável e deformado. Os quartos escuros ou então com uma iluminação reduzida acentuam o clima de tensão assim como os muitos ambientes cobertos de sangue ou então com os inimigos à espreita.

De certa forma, é tudo deliciosamente pavoroso e certamente irá agradar aos fãs do estilo. E irá agradar ainda mais por seus gráficos que mesclam 3D com uma textura pixelada. É impressionante ver o jogo de luzes, reflexos e escuridão nessa pegada bem única.

Backtracking e gerenciamento de recursos

Agora chegando na parte da análise onde falo do gameplay, eu posso afirmar que vi em Signalis muitas similaridades com a franquia Resident Evil.

Aqui nós temos um mapa coeso que vai se expandindo com o tempo e temos que ir desbloqueando portas, driblando inimigos e gerenciando recursos. Signalis conta com o clássico quarto seguro, o qual tem uma música de calmaria, e possui também um baú para guardar seus itens.

Por falar em itens, Elster consegue carregar até 6 itens por vez, o que faz com que o gerenciamento do que pode levar e deixar seja extremamente importante. E assim como suas fontes inspiradoras, nós não temos uma grande quantidade de munição, o que faz com que tenha que driblar os inimigos ou então acertar um tiro crítico para derrubá-los rapidamente e poder matá-los no chão.

Adicionalmente, existe também aquela antiga pegada de fazer um caminho seguro onde teremos que queimar os corpos dos inimigos para eles não reviverem.

E claro, eu não poderia deixar de falar de seus puzzles. Aqui temos uma infinidade de puzzles onde os fãs irão ficar muito felizes com o que verão. Temos dos desafios mais simples até os mais complexos. Como é de se esperar, observar itens, analisar imagens e mais dará valiosas dicas para como irá conseguir avançar.

Adicionalmente, o jogo conta com um sistema de ondas de rádio onde muito das dicas e senhas estarão presentes caso procure na frequência correta. Nessa parte de quebra cabeças eu fui surpreendido positivamente.

E ainda tem mais

Além de tudo isso que falei, Signalis ainda tenta de certa forma trazer mais estilos ao seu gameplay, sendo um deles o famoso point and click. Em muitos momentos o usual gameplay será substituído por trechos de point and click onde irá livremente analisar o ambiente até achar o que deve.

E também, o jogo traz alguns momentos de FPS onde, no geral, irá remeter a uma lembrança de Elster que influenciará na história e sua evolução. Ou seja, Signalis mistura diversas mecânicas já consolidadas no mercado e dá seu tempero próprio funcionando muito bem.

Conclusão

Ao fazer essa análise de Signalis, eu fiquei extremamente feliz com o que encontrei ao longo de minha jogatina. O jogo não apenas se inspira nos maiores nomes de jogos de terror como consegue abraçar os múltiplos pontos fortes dos games.

Temos aqui o backtracking, gerenciamento de itens, uma trilha sonora assustadora, uma ambientação medonha e bem feita, além de contar com uma trilha sonora que te deixa efetivamente tenso diversas vezes.

Ou seja, temos em Signalis uma obra de arte indie do survival horror.

Essa análise de Signalis segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.