Análise: Monster Energy Supercross – The Official Videogame 6 não traz grandes novidades

Depois de termos conferido os últimos lançamentos da franquia como Supercross 4 e Supercross 5, agora chegou a hora de fazer a análise de Supercross 6 e responder a pergunta de todo jogo com lançamento anual: É mais do mesmo ou tem novidades substanciais?

Confiram aqui em nossa análise tudo sobre o game.

A análise de Monster Energy Supercross – The Official Videogame 6 foi feito no PS5 e foi possível graças a um código cedido pela produtora. O jogo já está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC via STEAM. Ele conta com legendas em PT-BR.

Um modo campanha sem novidades

Um dos maiores trunfos de um jogo de esporte é seu modo campanha. Afinal irá evoluir em sua “história” e será desafiado em todas as pistas e estádios.

O mesmo acontece em Supercross 6 quando entramos em seu modo campanha, em especial por ter uma pegada do jogo de Formula 1, por ser o jogo oficial do esporte real. Porém, quase nada existe aqui de novidades. Sim, você tem as equipes e pilotos principais assim como as três categorias que existem no esporte. Mas existe pouco além disso.

Assim como em Supercross 5, você terá três opções para escolher que consistem na campanha principal. Você iniciará em uma espécie de campo de treinamento que te prepara para o campeonato real. E em seguida será possível escolher sua equipe. O que achei chato, é que todas as equipes têm a mesma recompensa e o mesmo desafio. Ou seja, não tem um real peso escolher uma ou outra equipe, é como se fosse apenas uma skin.

Ao longo da campanha será possível liberar pontos de habilidade para melhorar o seu personagem que é completamente customizável. Com esses pontos é possível melhorar a dirigibilidade, controle da moto no ar e mais. Adicionalmente, e se não estiver enganado é uma novidade, temos a gestão física do seu personagem onde ele poderá sofrer lesões o que afetará algum tipo de controle ou manobra ao longo das corridas.

Por fim, será possível participar de desafios que seu técnico passará, o lendário Jeremy McGrath, assim como poderá curtir e treinar no Supercross Park, que é a grande novidade do jogo neste ano.

Conheça o novo e remodelado Supercross Park

Acredito que se algum modo mereça algum destaque nesta análise de Supercross 6, é o Supercross Park que foi totalmente remodelado e está super interessante. Me lembro que em Supercross 5 ele era um parque tímido onde ficava levemente escondido entre as opções, porém agora em Supercross 6 a história é outra.

Esse parque é uma zona de mundo aberto onde você poderá explorá-lo a bel prazer incluindo a possibilidade de colecionar itens espalhados por esse mundo. Ao invés de termos um cenário tímido como foi no último jogo, agora a experiência está muito maior com desafios e corridas espalhados em seus diversos biomas que contam com pistas originais completas.

Aqui certamente é a parte inovadora que a franquia precisa investir e poderia até servir como um HUB. Fazendo uma comparação ousada, o Supercross Park me lembrou o jogo Riders Republic da Ubisoft, porém, em uma escala bem menor. Acredito que evoluir esse parque seria um grande acerto da franquia.

Gráficos que não impressionam

O “”””ruim “””” de jogar uma franquia todo ano é que você sempre espera melhorias e nem sempre elas são entregues. Em muitas das vezes isso não me incomoda, pois sei que não é fácil mudar a estrutura de desafios baseada em um esporte real. Mas existe o outro lado da moeda também.

A cada ano que passa eu reclamo dos visuais e parece que o jogo simplesmente parou no tempo. Eu tive a impressão que diversas das texturas das pistas estão em baixa qualidade (mesmo jogando no PS5) deixando todas as pistas muito parecidas. Adicionalmente eu vi mais de uma vez sombras e texturas sendo carregadas bem na minha frente dependendo da pista.

Porém, isso não foi o que mais me incomodou. É simplesmente inadmissível um jogo que ainda se diz oficial de ter personagens tão feios. A iluminação dos modelos é errada, a textura da pele é errada, os cabelos são super estranhos. Parece ser um show de horrores vindo direto do PS2. E isso se aplica tanto ao seu personagem que está fazendo do zero como de todos os pilotos reais. Simplesmente eles mereciam mais carinho.

E isso se estende a apresentação do jogo, das pistas, do início das corridas onde todos são sempre os mesmos mostrando a falta de variedade assim como os personagens extremamente mal modelados por diversas vezes.

Jogabilidade continua impressionante

Se a parte visual me deixou extremamente frustrado em Supercross 6, posso dizer que a jogabilidade salvará o jogo nesta análise. Basicamente os mesmos elogios de sempre continuam se aplicando a esta iteração.

Aqui o grande desafio não está necessariamente na habilidade em pilotar a moto e ser o mais veloz, mas sim em controlar muito bem a frenagem e aceleração em cada curva assim como equilibrar o peso da moto para cada pulo. E essa parte continua excelente.

Para os mais experientes, foi mantida a necessária opção de regulagem da moto antes de cada corrida, onde é possível fazer diversos ajustes na parte mecânica da moto para se adequar ao seu estilo ou favorecer um pulo, curva mais fechada e por aí vai.

Adicionalmente, Supercross 6 segue com sua universidade de pilotos onde te ensinará passo a passo os fundamentos de como pilotar na pista de terra e ter total controle de sua moto.

Conclusão

Concluindo esta análise de Monster Energy Supercross – The Official Videogame 6 o sentimento foi do mais do mesmo e isso não é necessariamente ruim.

Quem busca a experiência já conhecida da franquia certamente se sentirá em casa com as motos, equipes, pistas e muito mais completamente atualizado. Adicionalmente, o jogo conta com o remodelado Supercross Park que é o grande destaque desta versão.

Porém, se procura alguma melhoria ou uma clara evolução, infelizmente não encontrará nada disso aqui.

A análise de Monster Energy Supercross – The Official Videogame 6 segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.