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Análise: Flame Keeper é um roguelike mais fofo do que difícil

O que também não quer dizer que seja fácil.

Em um mundo onde os habitantes vivem de frutos de chamas, um guardião precisa entrar em ação para restaurar e proteger a Chama Eterna contra misteriosas criaturas das trevas. Essa é a proposta do game desenvolvido pela Kautki Cave e publicado pela Untold Tales. Será que vai agradar? Venha conferir o que achamos desse simpático roguelike em nossa análise de Flame Keeper.

Essa análise de Flame Keeper foi possível graças a um código de PC cedido pela produtora. Flame Keeper está disponível para PC (via Steam e Epic Store), Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X e Series S

Ta pegando fogo bicho!

Em Flame Keeper, assumimos o papel que da nome ao jogo. Somos literalmente um guardião das chamas. Um ser feito de pedra e fogo e que tem a missão de proteger os aldeões e sua ‘fogueiras’ e restaurar a Chama Eterna. Não é explicado muito do universo e nem dos seres que o game apresenta. Porém, o que fica claro é que seres sombrios que se alimentam de fogo – ou o utilizam de alguma forma – tentam roubar as chamas da aldeia para um ser maligno e misterioso cheio de tentáculos. Esse tem o poder de abrir portais para as regiões que nosso povo habita e, com isso, envia seus capangas para roubar esse recurso.

Análise: Flame Keeper

Isso tudo é apresentado em pequenas animações no estilo desenho animado que, além da introdução, vão sendo mostrados conforme avançamos no game. Embora fique nítido que o foco do game não está em sua história, senti falta de um aprofundamento maior. Apesar de parecer relativamente simples, fiquei curioso sobre a origem dos personagens e suas funções nesse mundo. Por sinal, pela sua descrição, ele se chama Orbis e o guardião que controlamos é Ignis, algo que não fica nem ao menos claro dentro do game em si.

Seria uma versão bonitinha do calor do Brasil?

Como dito no título da matéria, sim, Flame Keeper tem um visual bem fofinho, o que foge um pouco do clima sombrio tradicional dos games roguelike. Isso não quer dizer que o game não seja bonito, muito pelo contrário, o jogo está lindo e muito bem animado. As florestas onde as chamas substituem as folhas, assim como os desertos estão bem desenhados e coloridos. Ignis é uma pedra de magma em chama constantemente que chama a atenção pela sua fofura. Enquanto os cidadãos são criaturas que se assemelham um pouco a raposas bípedes.

Os inimigos também são bem variados e mudam de acordo com o bioma da fase em que estamos. Por exemplo, no primeiro mundo estamos em uma floresta, logo enfrentamos criaturas que se assemelham a insetos e aranhas – sim, aranha é considerado um aracnídeo e não um inseto. Já no segundo mundo, nos encontramos em um deserto, logo enfrentamos escorpiões e estátuas de pedra.

Análise: Flame Keeper

Minha única crítica com relação ao visual do game é que o excesso de cores e efeitos na tela também podem vir a atrapalhar um pouco. Como em vários momentos os inimigos ficam reaparecendo, temos um em específico que ataca por baixo da terra. Logo precisamos desviar de sua investida inicial para podermos combatê-lo. O problema foi que em diversos momentos ele surgiu enquanto enfrentava vários inimigos e foi praticamente impossível notá-lo até que o ataque ocorresse.

Flame Keeper é um roguelike mais simples que o normal – Análise

Flame Keeper apesar de ser um jogo roguelike é relativamente fácil, tanto de se aprender quanto a de se jogar. Inicialmente temos apenas 4 funções: ataque, pulo, impulso e habilidade. Outras habilidades serão desbloqueadas com o tempo, como um ataque forte ou um pisão. Por ser basicamente uma pedra em chama, a vida de Ignis se baseia no fogo e o mundo fornece bastante. Porém, a administração desse fogo vai se provar difícil. Isso porque o objetivo das fases iniciais é alimentar, coletar umas runas e alimentar uma fogueira principal. Para isso utilizamos a nossa própria, ou seja, gastamos literalmente vida para podermos concluir a fase.

Da mesma forma, a última fase é tipo um tower defense e para facilitar – ou não – podemos construir defesas utilizando do mesmo recurso. Ou seja, administrar nossa própria vida é o maior desafio que teremos no início do game. Além disso, temos uma estamina que serve para executarmos as principais ações como o ataque forte, a esquiva e o pulo. Ficar sem, nos impossibilita de executá-las, logo precisamos administrar muito bem para não ficarmos sem pulo ou esquiva na hora de necessidade.

Análise: Flame Keeper

Ao longo da partida ganhamos alguns recursos que serão utilizados para desbloquearmos novas habilidades, aumento de dano e vida entre outros. Enquanto uns são mais raros e servem para aumentar o nível das estruturas onde compramos essas habilidades, liberando outras. Outro é mais comum e serve como um dinheiro para a compra das mesmas. Inicialmente elas são baratas, mas com o tempo vão ficando bem carinhas.

Pode ter sido impressão minha, mas senti que o avanço nas fases não aumentava de forma significativa a quantidade recebida, fazendo com que, em um momento, a evolução do personagem ficasse um pouco lenta.

Trilha que cumpre o seu papel… e só

A parte mais fácil de se falar de Flame Keeper é de sua trilha sonora. Não porque seja ruim ou porque seja muito boa, apenas porque ela cumpre seu papel, e apenas isso. Os personagens não possuem dublagem e são barulhos e grunhidos engraçadinhos, enquanto as mensagens são apresentadas em balões. Os efeitos sonoros são OK também, não possuindo grande destaque, assim como sua trilha sonora. No geral, achei tudo agradável, mas nada que tenha algum destaque.

Análise: Flame Keeper

Conclusão da nossa análise de Flame Keeper

Concluindo essa análise, chego ao veredito de que sim, Flame Keeper é um jogo bem divertido e vale a pena cada minuto jogado. Para quem gosta de um bom roguelike, vai encontrar sim, porém em um formato mais ‘fofo’ e tranquilo do que desafiador. É obvio que o jogo tem sim seus momentos mais difíceis, mas eles são mais focados em efeitos de área dos inimigos, e não muito no combate.

Da mesma forma, a morte aqui é menos impactante visto que você mantém seus principais recursos e nas partidas em si a evolução é quase 0. Porém, isso não deixou o jogo chato ou menos divertido e vale ressaltar que o game ainda terá adições futuras bem interessantes. Somado a tudo isso, temos a questão preço que, na minha opinião, deixam o jogo mais atraente ainda.

A análise de Flame Keeper segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Flame Keepr

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8

8.3

Ótimo

Flame Keeper é um roguelike menos difícil que o habitual e mais agradável visualmente. Com um preço atraente e um roadmap de adições interessantes, o game consegue agradar bastante.

User Rating: Be the first one !

Guilherme Segal

Apaixonado por games desde o Atari. Curte tanto PC que possui quase 800 jogos na Steam. Mas ainda acha que os games de hoje em dia não possuem o mesmo charme dos antigos, motivo pelo qual ainda joga Heroes of Might and Magic 2 até hoje.

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