Análise: Sonic Origins Plus acerta e erra ao mesmo tempo

Depois de termos jogado e trazido a análise da coletânea Sonic Origins, agora, um ano após o lançamento do game base, falaremos de Sonic Origins Plus, sua versão definitiva!

Mas será que vale a pena o investimento nessa atualização que traz Amy Rose como personagem jogável e 12 novos títulos de Game Gear? Confira aqui!

A análise de Sonic Origins Plus foi possível graças a um código de PS5 cedido pela SEGA. O jogo já está disponível para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One, Nintendo Switch e PC e conta com legendas em PT-BR.

Uma rápida recapitulação

Eu não pretendo me estender em todos os detalhes de Sonic Origins, pois fiz sua análise a um ano atrás e com relação a isso, nada mudou. E embora eu vá debulhar nesta análise todos os detalhes de Sonic Origins Plus, vou fazer uma breve recapitulação do jogo base.

E antes de mais nada, já recomendo a leitura de nossa análise que foi lançada junto com o jogo onde entro em todos os detalhes dele.

Dito isso, esse jogo comemorativo é uma grande coletânea dos jogos clássicos em 2D do famoso ouriço azul da SEGA onde temos Sonic 1, Sonic 2, Sonic 3 & Knuckles e Sonic CD. No geral é possível jogar com personagens antes não jogáveis nos jogos originais como temos desafios específicos, boss rush e diversos detalhes interessantes.

Adicionalmente, o jogo conta com um museu recheado de detalhes que podem ser liberados com a jogatina, incluindo animações extremamente bem feitas que servem como introdução e fim de cada jogo. Apesar dos problemas em seu lançamento, é um jogo vital para os fãs e curiosos da franquia.

Agora entra Amy Rose

Essa nova DLC de Sonic Origins traz duas novidades onde a primeira é a possibilidade de jogar com Amy Rose, a ouriça rosa que possui um grande martelo. A “namorada” do Sonic possui uma jogabilidade ao ouriço azul com pulo similar assim como sua velocidade e spin dash. Mas ela tem duas diferenças.

A primeira é que ela pode usar de maneira discreta seu martelo. Para não quebrar os jogos clássicos, seu martelo funciona como uma espécie de escudo de ataque ao pular. Ou seja, ao apertar o botão de pulo pela segunda vez, ela ganhará esse campo extra de ataque, mas não será nada grosseiro.

Já a sua segunda diferença, é que os escudos não funcionam da mesma maneira que funcionam com Sonic. Em Sonic 3, por exemplo, Sonic pode quicar no chão com o escudo de água ou virar uma bola flamejante no ar com o escudo de fogo. Com Amy, ela simplesmente pega o escudo sem essas habilidades.

E sobre a Amy é basicamente isso. Será possível fazer parcerias com outros personagens e ao invés de ter Sonic e Tails, poderemos usar Aay e mais alguém, assim como era possível antes de sua introdução.

Por fim, agora também será possível usar Knuckles em Sonic CD e como sempre, sua habilidade de planar é uma grande mão na roda.

Jogos de Game Gear ainda tem seu valor?

E o segundo ponto a ser abordado nesta análise, é que Sonic Origins Plus traz doze jogos de Game Gear. E embora isso possa ser inicialmente animador, eu tenho que ser sincero e dizer que joguei os jogos de Game Gear na mesma velocidade que parei de jogá-los.

Algo que elogiei na minha análise original de Sonic Origins, é que pode até não parecer, mas o jogo foi reconstruído, melhorando a questão dos frames e tendo um suporte excelente a resoluções maiores, incluindo o 4K. Porém, não percebi este trabalho nos jogos de Game Gear.

Uma informação interessante que posso trazer aqui é que diferente de muitos ports que vemos por aí, incluindo do próprio Sonic, em Sonic Origins temos todos os jogos refeitos na mesma engine de Sonic Mania. Com isso, temos animações mais polidas, fases mais estáveis a 60 frames e resolução nativa a 4K como percebi em meu PS5.

Análise original

De forma geral, os 12 jogos estão muito esticados e com aquela resolução 3:4 o que deixa eles visualmente datados. Aqui a impressão que tive foi que tivemos um port ao invés de um retrabalhado dos títulos originais.

Por mais que tenhamos 12 novos jogos, é muito complicado jogar eles por muito tempo, pois não é prazeroso seja por comandos estranhos, visuais desengonçados ou frames instáveis. Embora os ports de Sonic 1 e 2 estejam aceitáveis, eu senti grande dificuldade em jogar os outros jogos. E para não ser injusto, fiquei um bom tempo jogando Dr. Robotnik ‘s Mean Bean Machine, que é viciante e relaxante.

Sonic Origins Plus deixa a desejar? Análise

E após avaliar as adições em Sonic Origins Plus, é impossível não sentir uma leve decepção. De um lado temos uma adição impecável da Amy Rose que não quebra nada, mas ao mesmo tempo está longe de ser algo revolucionário.

E do outro lado temos jogos de Game Gear que são mais datados do que os de Mega Drive e que não receberam o mesmo trabalho dos jogos base da coletânea. E com isso, eles não são tão prazerosos de serem jogados.

Adicionalmente, refaço a pergunta que fiz a um ano atrás: por que não estamos vendo Sonic 3D Blast ou Sonic Spinball de Mega Drive? E adiciono, porque não estamos vendo Dr. Robotnik ‘s Mean Bean Machine de Mega Drive também?

É importante dizer que as adições em Sonic Origins Plus são bem vindas, mas fica a oportunidade perdida de termos tido uma coletânea definitiva do famoso ouriço azul com todos os jogos lançados. Felizmente essa DLC está acessível por um valor baixo, mas se vale ou não a pena, é uma pergunta muito difícil de ser respondida e vai do gosto e curiosidade de cada um.

Acredito que se não tem o jogo base, pode sim comprar a versão Plus, porém, eu particularmente não daria dinheiro para essa DLC, pois não senti que não acrescentou muito para a experiência final.

Essa análise de Sonic Origins Plus segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.