Análise: Ghost Trick: Phantom Detective traz diversos mistérios desafiadores e divertidos

Lançado originalmente em 2010 para o saudoso Nintendo DS, Ghost Trick: Phantom Detective traz a história de um homem que foi assassinado logo no começo do jogo e, por causa disso, virou um fantasma com poderes especiais. 13 anos após seu lançamento original, o jogo recebeu um remake utilizando a RE Engine, mas de modo que mantivesse a essência do original lançado para o portátil da Nintendo. Nossa análise contará se Ghost Trick: Phantom Detective é um remake bem feito e se o jogo envelheceu de maneira satisfatória. Continue lendo para descobrir.

Essa análise foi feita graças a um código de PS4 cedido pela Capcom. O jogo não tem legenda em pt-br.

Um morto muito louco

A história inicia com a morte de Sissel, um estiloso homem loiro do qual pouco sabemos sobre o seu passado. Sissel começa a notar aos poucos que aquilo que ele está vendo é nada mais e nada menos que o seu corpo falecido sobre diversos entulhos do lixão, porém, outra coisa o chama atenção: uma mulher sendo ameaçada por um assassino de aluguel.

Ele quer ajudá-la, porém, há um problema. Como ajudar alguém, se ele já está morto? Uma voz começa a se comunicar com o protagonista, instruindo ele sobre um misterioso poder chamado “Ghost Trick”. Fazendo isso disso, Sissel tenta impedir a morte da mulher, porém, acaba falhando por completo.

Felizmente aquela voz que estava se comunicando com ele apresentou mais um poder onde o fantasma poderá voltar para o passado em exatos 4 minutos antes da morte da vítima. Sendo assim, com uma nova oportunidade para impedir aquele fatídico acontecimento, Sissel consegue finalmente impedir a morte da mulher e estar um passo mais próximo de compreender a sua própria morte.

Ghost Trick: Phantom Detective tem um ritmo muito satisfatório, fazendo com que novas informações sempre aparecem e isso faz com que o jogador fique imerso nos mistérios, fazendo com que desperte maior curiosidade para desvendar tudo. Além disso, os seus personagens são extremamente carismáticos e bem diferentes do habitual, o que se mostra uma marca registrada do desenvolvedor Shu Takumi que é o mesmo criador de Ace Attorney.

Um Point’n Click diferenciado

A jogabilidade de Ghost Trick: Phantom Detective está longe de ser complexa em termos de mecânicas, pois Sissel simplesmente só pode se movimentar em objetos inanimados e utilizar o seu Ghost Trick para movimentá-los de alguma forma, como abrir porta de geladeira, apagar ou acender uma lâmpada, fazer papeis flutuarem e até mesmo viajar pela linha telefônica.

Devido a essa limitação bem estabelecida, você terá visão de quais objetos podem estar se movimentando e interagindo, sendo assim fará uso do direcional para mirar no objeto e tentar alcançá-lo. Se conseguir, passará imediatamente para ele e, desta forma, será capaz de percorrer os cenários.

Você não consegue se comunicar verbalmente com quem está vivo, então a única opção que resta é usufruir deste sistema para alcançar seus objetivos ou fazer os personagens notarem o que você deseja mostrar para eles. Enquanto a questão da linha telefônica servirá de fast travel, permitindo que você percorra outros cenários do jogo em busca de acompanhar a narrativa.

Pense rápido em apenas 4 minutos

Provavelmente esse seja o momento mais dinâmico do jogo, onde você precisa de alguma forma impedir uma morte em apenas quatro minutos. Há diversas opções espalhadas no cenário, onde muitas simplesmente não vão funcionar e forçará que o jogador pense fora da caixinha para tentar resolver os puzzles. Todas as suas ações consomem tempo e constantemente o jogo mostrará isso, fazendo com que os personagens interajam com o cenário, conversem e mais, mostrando que você está cada vez mais próximo de falhar. Porém, é de acordo com essas interações que também aparecem as possibilidades, fazendo com que seja necessário prestar atenção se aquela interação vai permitir que você literalmente se aproxime do seu objetivo.

Durante esse momento, suas ações vão influenciar no cenário fazendo com que o destino dos personagens mude constantemente. Então algo que não aconteceu originalmente vai acontecer e talvez isso traga consequências diretas para a vítima sobreviver. Ao conseguir salvar a pessoa em questão, você seguirá com a história e se, infelizmente, não conseguir acabará tendo que repetir essa parte do gameplay.

Gráficos e áudio

Aqui temos um jogo que foi originalmente lançado para Nintendo DS, então não podemos aguardar um remake realista ou algo do gênero. Ele se mantém fiel ao jogo original, trazendo todas as mecânicas brilhantemente adaptadas para um console de mesa e, além disso, repaginou brilhantemente o modelo dos personagens com a utilização da RE Engine, fazendo com que o jogo realmente tenha sido renovado, diferente dos remaster de Mega Man que a Capcom lançou anteriormente que o trabalho se baseia simplesmente na aplicação de filtro.

O áudio também foi renovado, fazendo com que a música fique melhor mais nítida do que outrora. Contudo, o jogo se mantém com os personagens não tendo vozes, mas isso não se torna um ponto negativo, já que os diálogos são extremamente curtos e traz uma nostalgia referente aos jogos de DS.

Conclusão da análise de Ghost Trick: Phantom Detective

Com o fim dessa análise de Ghost Trick: Phantom Detective, preciso exaltar como foi satisfatória a minha experiência com o jogo. Primeiramente pelo fato deles terem reconstruído o jogo com grande cuidado ao invés de apenas jogar um filtro para “retirar” o serrilhado. Diferente do que vimos em outros jogos da Capcom que foram remasterizados, esse merece de fato um título de remake ao ter sido completamente refeito e brilhantemente renovado.

Além disso, a sua história é envolvente, enquanto o gameplay funciona muito bem ao trazer uma mecânica simples, mas com puzzles consideravelmente complexos. É um jogo ideal para quem deseja matar a saudade ou conhecer Ghost Trick: Phantom Detective pela primeira vez.

Essa análise de Ghost Trick: Phantom Detective segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.