Desenvolvido pela Bevel Bakery e publicado pela Just For Games, Sclash traz batalhas em 2D na época dos samurais com a inclusão da mitologia japonesa. O game busca entregar aos jogadores batalhas emocionantes onde um único golpe é decisivo para garantir a vitória e, além disso, dizem que o jogo possui um sistema de plug and play, permitindo que você comece uma batalha de maneira imediata assim que o game inicia. Mas será que esse sistema funciona bem? Continue lendo a nossa análise de Sclash para descobrir isso e muito mais.
Essa análise foi feita graças a um código de Steam cedido pela distribuidora. Sclash se encontra com legenda em pt-br.
Uma guerra entre clãs de samurais e divindades
Apesar do modo história não ter tanto destaque em Sclash, vamos começar a nossa análise falando sobre ele. Logo de cara somos entregues uma narrativa bem construída envolvendo a mitologia japonesa numa releitura de modo que as divindades sejam mostradas como guerreiros lendários. Neste mundo místico há dois grandes clãs nomeados de Aki e Natsu que sempre tiveram ideologias distintas, mas entre esse embate somos apresentados a história do jovem guerreiro Jinmu que acaba inserido no meio deste conflito que foi arquitetado pelos deuses Susanoo e Amaterasu. Tendo que enfrentar inúmeros inimigos durante uma jornada repleta de reviravoltas, Jinmu mostrará cada vez mais o seu valor como um guerreiro honrado.
Apesar da sua história ser interessante e bastante cativante pela forma que os personagens são retratados, há uma situação que deixo de alerta para não te desanimar com a história. Caso você não a conclua de maneira imediata e deixe para depois, lembre-se que a opção “selecionada” fica com a caixa na cor preta, enquanto as outras na cor branca. Apesar de ser algo um tanto quanto óbvio, no começo só temos a opção de novo jogo e continue disponível, fazendo com que os outros modos estejam na cor cinza. Consequentemente, a caixa na cor branca acaba tendo um maior destaque e, por simples lógica, passa a impressão de ser a opção selecionada.
Caso você se engane e inicie um novo jogo, acontecerá do seu save anterior ser apagado de imediato fazendo com que você tenha que iniciar o jogo desde o começo.
Ainda falando sobre o modo história, aqui temos uma experiência side-scroll em que viajamos por inúmeros cenários deslumbrantes, enquanto enfrentamos inimigos fracos que são derrotados por um único golpe e confrontamos inimigos mais poderosos que será necessário três golpes para vencermos. Em meio destes desafios, a história vai desenrolando com um ótimo ritmo.
Combate desafiador
Sclash tem um sistema de combate que faz a utilização de poucos botões, porém, cada um tem sua importância. Temos um botão para golpe com espada, outro para golpear com o cotovelo que cancela o ataque dos inimigos, bloqueio, dash para passar pelo oponente e, por fim, golpe em investida.
Se você estiver no modo história, terá apenas uma vida à sua disposição, enquanto os inimigos possuem três. Dito isso, é necessário tomar bastante cuidado durante os combates, então usar bloqueio e dash para evitar dano e saber a melhor forma de atacar nos momentos certos acaba sendo a chave para a vitória. Se você estiver jogando um modo player vs player, seja local ou online, a situação se torna um pouco diferente, pois tanto você quanto o adversário vão poder usufruir de três vidas, deixando a batalha mais equilibrada.
Sclash tem como intuito trazer batalhas emocionantes e apesar do seu sistema de combate ser moldado para isso, ele não consegue trazer tanta emoção como se propõe, principalmente pelo combate não ser ágil e ao mesmo tempo não ser capaz de trazer uma real tensão sobre o jogador.
Modos e Plug & Play
Sclash possui à primeira vista apenas o modo de dois jogos de maneira local, modo online que até o momento dessa análise ainda não estava disponível e modo história. O modo história, por sua vez, traz consigo vários outros modos que são variações deste como, por exemplo, modo de uma única vida onde se você morrer voltará desde o começo do jogo, outro modo com intuito de ser mais relaxante para você percorrer a história sem grandes desafios, o terceiro focado em speed run e, por fim, o modo de parede de fogo onde uma parede feita de fogo (não? sério?) fica te perseguindo durante o desenrolar da narrativa e caso ela te alcance, você morrerá no mesmo instante.
O “plug & play” presente no game realmente existe, mas não é algo tão imediato quanto aparenta. O primeiro ponto é que ao menos, até o momento, está presente apenas na opção de combate local. Consequentemente, se você não tem um amigo para jogar contigo esse sistema acaba sendo completamente inútil. Apesar disso, ele funciona, pois assim que o jogo inicia você pode apertar o botão de “jogar” e estará num cenário onde poderá jogar, enquanto seleciona o seu personagem ao mesmo tempo que o oponente. O game simplesmente não espera que vocês façam a seleção, fazendo com que a escolha tome segundos importantes do confronto e deixe em desvantagem aquele que demorou para decidir qual será o seu samurai.
Gráficos e trilha sonora
Sclash consegue se destacar com seus gráficos 2D extremamente belos que combinam totalmente com a premissa e, além disso, o jogo também traz uma modelagem incrível de seus personagens e cenários, trazendo uma vaga lembrança do que vimos em jogos como Muramasa The Demon Blade da saudosa Vanillaware. A trilha sonora traz um arranjo que combina com os momentos, apesar de não tomar tanto destaque, uma vez que o som ambiente é mais alto e se destaca de outros sons, apesar disso, na questão de áudio o jogo é bastante funcional.
Conclusão da análise de Sclash
Concluindo essa análise de Sclash preciso dizer que apesar do jogo ter sido uma grata surpresa, infelizmente ele falha em alguns aspectos como a questão do plug & play ser limitado ao player vs player offline, o modo online ainda não estar disponível até o momento e, claro, a falta de maior emoção durante os combates. Mas apesar dessas críticas, o jogo não é ruim e consegue se destacar com a sua proposta, sistema de combate inteligente e, claro, os belos gráficos que atuam em conjunto de uma narrativa extremamente agradável. Sclash é um jogo que vale a pena ser testado.
Essa análise de Sclash segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Análise: Sclash
Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 7
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 6
Narrativa - 7
7
Bom
Sclash é um jogo de luta bem diferente do que estamos acostumados a ver. Sua mecânica é bastante promissora, apesar que não souberam trazer emoção e tensão ao jogador. Mesmo com essa crítica, temos aqui um jogo que vale a pena ser conferido.