Confira nossa análise de Anonymous;Code, que nos leva para uma Tokyo futurista, no estilo cyberpunk. Aqui, um super computador com IA, de nome Gaia, foi criado e é capaz de servir a toda humanidade desde tarefas simples até trabalhos de extrema complexidade no mundo todo.
Com uma sociedade agora cada vez mais conectada ao ponto de usar Realidade Virtual para quase tudo e sempre na web, sempre aparecem os aproveitadores. Hackers estão o tempo todo à procura de vítimas para enriquecer e chantagear pessoas.
Agora, não irei detalhar muito da história para não dar spoilers, pois é o ponto forte do game e talvez o único. Anonymous;Code está disponível para PlayStation 4, Nintendo Switch e Steam e sua análise foi possível graças a um código cedido pela publicadora.
Personagens e Enredos
O personagem central é Pollon Takaoka e tem uma vida de aceitar serviços de pessoas e empresas que o contrata e seus amigos para prestarem serviços particulares que vão desde apagar dados comprometedores ou recuperar informações roubadas por outros hackers. Um dia encontram uma misteriosa garota vestida com roupão de gatinho, Momo, e descobre a habilidade de conseguir “salvar o progresso” de sua vida para reiniciar de onde parou a partir da rede se valendo do processo da Teoria de Fibonacci (a qual é usada por computadores e videogames, por exemplo).
Estes são os personagens centrais que precisam fugir da polícia e de uma organização que controla o centro nervoso do sistema Gaia e Pollon usa do salto no tempo para voltar e refazer passos a fim de fugir ou conseguir algo para alcançar o objetivo principal futuramente revelado por Momo.
Ok, mas quanto ao game em si?
Já deve ter notado que apenas fiz a introdução da história sem spoiler. Anonymous;Code é uma boa história com saltos no tempo que, particularmente, gosto muito desta temática. Possui vários elementos de “fanservices para otakus” durante o gameplay como personagens fofinhas envergonhadas, um jovem determinado a salvar tudo e todos, momentos com ecchie (para quem não está familiarizado com o termo é ter cenas safadinhas) e três jovens policiais como idols para gostos de todos. O jogo faz uso de imagens estáticas e personagens aparecendo na tela na sua vez de falar e é uma história interessante, mas bem ok.
O gameplay é onde está o “pecado” e justifica o título desta análise. Vemos o jogo a partir do ponto de vista de Pollon e conseguimos acompanhar seus pensamentos durante o enredo. O nosso único trabalho como jogador e expectador é salvar ou carregar o jogo em momentos da história, pois o personagem central precisa revisitar certos lugares para conseguir ir adiante na história. Outras vezes nem isso nos compete e salva automático pelo próprio sistema do jogo.
Cabe a nós esta maçante tarefa e assistir o desenrolar da história apenas. O jogo deixa claro a ideia para refazer e ver outros finais como uma nova camada da linha do tempo de possibilidade infinita. Em certos momentos cochilei apenas ao ler e para tentar reduzir o sono, optei em apertar o botão para seguir com o diálogo, mas sem sucesso.
E a trilha sonora salva?
Um outro ponto que tenho que falar nesta análise de Anonymous;Code, é sua parte sonora. Mas sendo breve, não há muito o que se falar aqui.
Sim, ela faz seu trabalho e ao mesmo tempo não se destaca. Ou seja, ela é apenas suficiente. Já a sua dublagem ajuda no enredo. De forma geral, a dublagem é competente e podemos escolher entre o áudio em inglês como em Japonês.
Aqui eu imagino que a maioria das pessoas vão escolher o áudio em Japonês. Afinal temos vários momentos ecchie e fanservice.
Conclusão da Análise Anonymous;Code
Anonymous;Code tem a proposta clara de atingir o público Otaku mais hardcore e esta abordagem do jogo funciona bem no país nipônico. No entanto, o gameplay é pouco, interação quase nenhuma, possibilidades são amarradas.
Apenas assistimos, para ser claro, uma vez que até nossa liberdade de salvar é limitada pelo próprio “jogo”. Em suma, divertido na história, mas não funciona como um jogo de videogame.
Essa análise de Anonymous;Code segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
No Japão deve fazer sucesso...
Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 1
Diversão - 5
Áudio e trilha-sonora - 6
4.8
Muito Fraco
Uma boa história com fan services para um público específico, mas peca na falta de gameplay e dá monotonia para quem não está acostumado com apenas texto e falta de gameplay