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Análise – Momodora: Moonlit Farewell

Mais um divertido jogo dessa amada franquia brasileira

Momodora: Moonlit Farewell é o quinto jogo dessa ótima franquia que abraça o gênero Metroidvania e veremos nessa análise o quão bem ele se sai.

De antemão já posso adiantar que os fãs do gênero irão se deliciar com essa excepcional franquia brasileira que conta com mais de uma década de existência. E aqui veremos como toda essa experiência foi utilizada no jogo.

Uma narrativa rica e interessante

Em Momodora: Moonlit Farewell nós iniciaremos com Momo que está investigando o estranho e inesperado badalar de um sino. Após enfrentar alguns demônios, incluindo um chefe, ela cai desacordada após a luta e acorda em sua vila.

A seguir caberá a Momo entender quem tocou o sino e fazer isso o mais rápido possível. Afinal, esse sino está chamando demônios que estão pondo em risco sua vila e consequentemente a vida de sua família e amigos.

O interessante da narrativa do jogo é que ela acontece em diversos momentos, o que sempre traz alguma novidade. Além da possibilidade de acessar livros e anotações com acontecimentos do passado, você irá interagir com diversos personagens.

Eles poderão ser tanto líderes e pessoas influentes como historiadores e até pessoas que não tem confiança em si. Os diálogos são muito bem feitos e quando você fala com alguém que está nervoso, as letras ficam trêmulas representando bem o estado da pessoa.

No geral a história evolui muito bem e adiciona a lore de forma natural explorando toda a mitologia do jogo além de passar o sentimento de diversos personagens distintos.

Uma linda ambientação em pixel art

Em seguida, tenho que falar nesta análise da bela ambientação de Momodora: Moonlit Farewell. A franquia é conhecida por sua arte característica feita através do pixel art. E mais uma vez, seguiremos o mesmo padrão.

Por óbvio, a qualidade visual foi muito elevada e temos diversos ambientes muito bem desenhados e animados. Na cidade, por exemplo, podemos ver diversas folhas passando ao seu redor passando o sentimento de uma leve brisa.

Adicionalmente, diversos outros ambientes são bem representados como a área perto das raízes da grande árvore mística. Lá temos uma linda mistura de natural e cascatas de água.

Por fim, também temos uma espécie de área demoníaca onde tudo fica mais escuro e sinistro. Cada área é muito bem representada e as animações dos personagens, inimigos e ambientes são impecáveis.

E logicamente que isso é levado ao game design do jogo. Momodora: Moonlit Farewell tem uma clássica exploração no melhor estilo Metroidvania não linear. Ou seja, de tempos em tempos será necessário voltar a algum ambiente com uma nova habilidade fazendo a exploração ser mais dinâmica.

Por fim, ao longo das fases existem diversos pequenos segredos, onde alguns são até bem óbvios de serem achados. Isso faz a exploração ser bem compensadora.

Um gameplay polido, mas que falta um punch

Até esse momento eu elogiei bastante Momodora: Moonlit Farewell. Isso de certa forma vai continuar, contudo, é aqui onde deixarei também algumas críticas.

Como já dei indícios, o jogo segue o padrão do estilo Metroidvania. A exploração é necessária assim como o backtracking. Ao longo do jogo você irá obter novas habilidades que o fará ir mais longe e abrir novas passagens.

Adicionalmente, Momo contará com evoluções como poder correr, melhorar vida, magia e estamina, poder carregar seus golpes e mais. Por fim, existe uma mecânica de cartas (sinete) onde poderá equipar um número limitado delas. Isso servirá para fazer a build da Momo onde ela se adapta ao seu estilo de jogo. Ele trabalhará em conjunto com a possibilidade de equipar um familiar que terá algum tipo de habilidade passiva.

É possível melhorar uma habilidade, aumentar algum tipo de dano e por aí vai. Ou seja, tudo funciona muito bem e é responsivo.

Contudo, eu achei o jogo um tanto fácil. E não me entenda mal. Tudo funciona muito bem, as melhorias de Momo são bem pensadas e o combate é extremamente polido e rápido. Adicionalmente, os inimigos são bem feitos e tem uma boa variedade.

Eles variam entre ataques básicos, a distância, inimigos voadores, inimigos que são barreiras, que desaparecem e mais. No entanto, eu nunca me senti muito desafiado. A evolução de Momo era muito mais rápida do que a crescente dos perigos. Em apenas uma hora de jogo já havia mais do que dobrado minha magia, força e vida. Portanto, era tudo um tanto fácil.

E o mesmo se aplica aos chefes. Embora sejam diversos e bem pensados, o arsenal de Momo sempre te deixa preparado para eles.

Conclusão

Em resumo, eu posso afirmar que Momodora: Moonlit Farewell entregou o que eu esperava e conhecia da franquia. Aqui os fãs do estilo Metroidvania terão um jogo extremamente polido e justo com visuais maravilhosos e uma lore intrigante.

Ele certamente se coloca como uma boa escolha para os fãs do gênero. Infelizmente, eu percebi que faltou um certo equilíbrio entre seu responsivo gameplay e evolução de Momo. Esse equilíbrio faria o jogo certamente subir de classe e receberia um gigantesco destaque no mundo dos games.

Por fim, a trilha sonora se encaixa muito bem dando um sentimento de exploração. No entanto, ela cumpre bem seu objetivo sem ser memorável.

Essa análise de Momodora: Moonlit Farewell segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Um Metroidvania sólido e divertido

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 8
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 7

7.8

Bom

Momodora: Moonlit Farewell entrega um jogo muito bem pôlido e dinâmico que se encaixará como uma luva para os fãs do gênero Metroidvania. E embora sua parte visual seja um grande destgaque, o gameplay apenas funciona bem, não atingindo o nível de destaque que poderia atingir. Isso pode afastar aos fãs que procuram uma experiência mais desafiadora.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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