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Preview: Rise of the Ronin (A Ascensão do Ronin)

Tivemos acesso antecipado ao aguardado exclusivo de PS5 da Team Ninja.

Rise of the Ronin é o mais novo jogo de combate em mundo aberto desenvolvido pela Team Ninja (Wo Long, Nioh) exclusivamente para o Playstation 5. Aqui  você assumirá o papel de um Ronin que poderá influenciar na história e no futuro do Japão durante o Período Bakumatsu. Se você é um dos que simplifica o jogo como um “soulslike”, confira nosso preview de Rise of the Ronin (A Ascensão do Ronin, no Brasil) para descobrir como que ele parece mirar muito mais alto. 

O preview de Rise of the Ronin (A Ascensão do Ronin) foi possível graças a um código cedido pela Sony Playstation, a qual agradecemos a confiança e parceria de sempre.

Quando se passa Rise of the Ronin?

Rise of the Ronin se passa durante um período histórico no Japão conhecido como Bakumatsu. O jogo mescla figuras, locais e acontecimentos reais com a ficção necessária para trazer entretenimento e uma certa leveza para o contexto da obra.

O Período Bakumatsu no Japão Feudal, marcado pela chegada dos Barcos Negros liderados pelo comodoro Matthew Perry dos Estados Unidos em 1853 e 1854, desencadeou uma intensa agitação social e política. Essa visita representou uma tentativa de forçar a abertura dos portos japoneses ao comércio internacional, desafiando séculos de isolamento sob a política sakoku. Essa pressão externa levou a uma crise interna no shogunato Tokugawa, com facções pró e anti-abertura lutando pelo controle.

Esse período foi caracterizado por conflitos políticos e batalhas internas, refletindo a profunda transformação social que ocorria no Japão. Este período histórico é essencial para entender as tensões e mudanças que moldaram a sociedade japonesa e serve como um contexto, no mínimo interessante para ser explorado em jogos como Rise of the Ronin.

Combate em Ascensão do Ronin

Muitos jogadores irão tentar comparar Rise of the Ronin com Ghost of Tsushima ou Sekiro logo nos primeiros minutos de jogo. A verdade é que o jogo é tão ambicioso que pode ser comparado e referenciar diversos outros jogos e franquias. 

O combate aqui é muito parecido com o que vimos no recente “Wo Long: Fallen Dynasty”, com um dos pontos mais importante da jogabilidade de outro trunfo da Team Ninja, Nioh. Temos um botão de ataque (quadrado), um botão de pulo (X), um botão de esquiva (bola/círculo), e o botão mais importante do jogo, o botão de parry (defender sem tomar dano).

Digo que esse é o botão mais importante do jogo, porque assim como em Wo Long, você não só evitará tomar dano como também irá tirar Ki (stamina) do adversário. Quando o Ki acaba o adversário fica com a defesa aberta para um ataque crítico. O mesmo serve para você.  

Somado a isso também temos aqui os estilos/posturas conhecidas em Nioh. Dependendo da arma e postura que seu inimigo esteja usando, você deverá se preparar de acordo para dar a maior quantidade de dano possível. 

Além do falado aqui também temos ataques especiais, um botão de defesa padrão (onde você perde Ki) e um botão para usar sua kaginawa, o seu grappling hook. 

O combate segue um padrão bem único ao mesmo tempo que lembra todos os jogos já mencionados até aqui. Por ter elementos souls e cada ataque e defesa serem cruciais, a recompensa emocional de um jogo soulslike estará presente sempre que derrotar inimigos mais fortes chefes ou conseguir gerenciar um ataque em grupo dos inimigos.

Adicionado a isso, Rise of the Ronin te apresenta bem no início do jogo que será possível, em certos momentos, controlar um de seus aliados na batalha. Isso dá uma profundidade maior nas batalhas mais difíceis do jogo, podendo combar habilidades diferentes de cada personagem. Em Wo Long nós podíamos chamar aliados mas sem a possibilidade de controlá-los.

O mundo de Rise of the Ronin

Eu me surpreendi quando fui liberado no mundo aberto de Rise of the Ronin. Não esperava tanta liberdade, principalmente de maneira tão rápida, em um jogo da Team Ninja (não me leve a mal, a probabilidade vinda dos jogos anteriores estavam ao meu favor). 

O mundo é bem denso, com muitas coisas acontecendo, bem populado para um jogo do gênero e com vários pontos de interesse, monumentos e montanhas que chamam a atenção vistas de longe. Missões de eventos momentâneos irão pipocar na tela enquanto você passeia pelo mundo, animais podem aparecer junto a uma flora bem característica de jogos situados no japão. 

Além disso, temos vilas para serem liberadas de bandidos e bandeiras/bonfires/checkpoints espalhados pelo mapa de uma maneira que lembra muito como Elden Ring fez (mas as paridades com o jogo da From Software param por aqui).

Um ponto interessante é que as regiões do mapa tem níveis de elos separados com o protagonista. Então fazer tudo que se tem pra fazer dentro de uma região faz seu elo com aquela área aumentar. A cada nível, novos pontos de interesse aparecerão no mapa. Completando todos os objetivos da região, você ganhará itens, pontos de habilidade e recompensas em geral.

Novamente, fiquei impressionado de como o jogo te dá liberdade de simplesmente ir para o lado que quiser no mapa, na ordem que quiser, dando atenção para o que quiser antes de ir em qualquer missão principal ou secundária. Aumentando ainda mais as possibilidades, o jogo rapidamente introduz a possibilidade de usar cavalos e a “asa-delta”, aumentando muito a mobilidade e as possibilidades dentro do seu mundo.

Escolha o estilo certo para o chefe certo

Gráficos e performance da versão pré-lançamento

Antes de mais nada, é importante lembrar que estamos fazendo esse preview em uma versão pré-lançamento que pode não condizer com o estado do jogo em seu lançamento ou ainda no momento futuro que você pode estar lendo. Então fique de olho para o lançamento do nosso review de Rise of the Ronin até o lançamento do jogo. 

Dito isto, ainda temos alguns problemas de performance no jogo que prometem ser corrigidos até a data de lançamento do mesmo. Nada que tire sua diversão, mas que poderiam atrapalhar a experiência caso não sejam resolvidos a tempo. Estou falando de quedas de FPS momentâneas, mesmo no modo performance, e de carregamento de texturas. Essa última mais rara que a primeira. Confio e acredito que isso possa ser resolvido em um patch de day-one e digo que o jogo merece essa correção para ser apreciado como deve.

Sobre os gráficos de Ascensão do Ronin, eu acho que temos aqui algo bem ao estilo da Team Ninja. Sendo um jogo exclusivo, muitos podem procurar por um gráfico mais rebuscado como em God of War ou o próprio Ghost of Tsushima, mas aqui temos algo mais simples mas que funciona muito bem, ao meu ver. 

O draw distance (o quão longe você pode ver) do jogo é muito bom e isso com certeza tem um preço na performance. Com certeza há espaço para melhorias e, de novo, espero muito que tenhamos uma melhora até sua liberação ao público. 

Conclusão do Preview de Rise of the Ronin

Em suma, durante nosso tempo no preview de Rise of the Ronin, temos um jogo que busca ultrapassar as fronteiras dos tradicionais “soulslike”, mergulhando os jogadores em um Japão em tumulto durante o Período Bakumatsu. 

Com um combate complexo que mistura elementos de jogos renomados como Nioh, Wo Long e Ghost of Tsushima, o título promete bons desafios e uma gama de atividades e possibilidades diferentes. A liberdade oferecida pelo vasto mundo aberto, repleto de missões e pontos de interesse, é complementada por uma preocupação evidente com a profundidade narrativa e a fidelidade histórica. 

Embora problemas de performance possam ser encontrados na versão pré-lançamento, acredito que um patch de day-one possa sim resolver grande parte, pois a equipe de desenvolvimento está comprometida em aprimorar a experiência do jogador antes do lançamento oficial.

Falando em acessibilidade, o jogo está completamente localizado para Português do Brasil (dublado e legendado) e ainda é um soulslike que deixa você escolher entre as três clássicas dificuldades: Fácil, Médio e Difícil – que pode ser alterada em qualquer momento do jogo. O que eu acho super importante para trazer mais jogadores.

Rise of the Ronin tem potencial para se tornar uma experiência envolvente e memorável para o Playstation 5, então fique ligado no Última Ficha para ver nosso review completo no dia 21 de março de 2024.

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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