ENDER MAGNOLIA: Bloom in the Mist entrou em acesso antecipado dia 25 de março. Recebemos uma chave antecipada de sua desenvolvedora para conferirmos o game. Confira o que esperar e em qual estado o game se apresenta em nosso preview. Lembrando que o game é uma continuação indireta de Ender Lilies: Quietus Of The Knight, que você pode conferir nossa análise aqui.
O game está disponível apenas para PC (via Steam), mas pretende ser lançado para todas as plataformas no futuro. Ele conta com legendas e interfaces em PT-BR.
História diferentes com enredo parecido
Embora ENDER MAGNOLIA: Bloom in the Mist se passe no mesmo universo de ENDER LILIES: Quietus of the Knights, o game possui uma história diferente, mas parecida. Ele acontece décadas após a Chuva da Morte, evento que desencadeou o primeiro jogo.
Uma nação que prosperou devido sua vasta reservas de recursos mágicos chamada País dos Vapores, foram criados os homúnculos, criaturas artificiais mágicas designadas a ajudar os humanos. No entanto, um misterioso vapor começou a sair do solo, tornando-os insanos e monstruosos.
Jogamos com Lilac, um dos Sintonizadores. Eles têm o poder de ‘libertar’ os homúnculos dos efeitos que o gás causou neles. Além disso, ele é capaz de utilizar suas habilidades, sejam em batalhas ou fora delas com o objetivo de salvar todos os homúnculos.
Acordamos em um laboratório sem memória de como chegamos ali e sem saber onde nossos amigos estão. Após uma breve exploração, encontramos uma homúnculo chamada Nola que pede nossa ajuda e parece ter alguma ligação com o personagem, se tornando nossa aliada – e primeira arma.
Achei a história do jogo bastante curiosa, mas seu desenrolar se demonstrou bastante lento e confuso, pelo menos para mim. A maioria das informações vêm em pistas que encontramos e em curtos flashbacks, sendo sua maioria referente aos próprios homúnculos.
Vale lembrar que, como o game está em acesso antecipado, muitas áreas não estão acessíveis ainda, ou seja, muito conteúdo pode ser adicionado no futuro, desenrolando melhor sua história.
ENDER MAGNOLIA segue a mesma fórmula do anterior
Para quem chegou a jogar ENDER LILIES, o novo game trouxe exatamente o mesmo tipo de ambientação. Temos um cenário pós apocalíptico com uma aparência gótica que varia de ambientes urbanos, pequenas florestas, fábricas, cavernas etc. Porém, todas as ambientações trazem essa mesma sensação. E embora possa ser comparado ao antecessor, ainda assim, o game possui sua própria personalidade.
Ele também conta com personagens e inimigos bem desenhados onde todos refletem essa mesma melancolia gótica. No geral, não senti nenhuma melhoria visual em comparação ao game anterior – o que não é um problema, visto que considero os gráficos de ENDER LILIES bem bonitos – no entanto, para quem espera adquirir uma continuação que possua uma evolução gráfica, pode se decepcionar aqui.
Outro destaque fica em sua trilha sonora, que entrega o mesmo clima da ambientação, sendo linda e, ao mesmo tempo triste. Revi o game anterior e percebi que ele repete exatamente a mesma fórmula, sem tirar nem por. Isso me fez pensar que apesar de ter achado a ambientação bonita e agradável, o game acaba se repetindo muito na fórmula do anterior, quase como se fosse apenas um “conteúdo adicional, uma dlc”.
Isso é ruim? Não necessariamente. Porém, senti que faltou mais criatividade em criar um universo mais ‘separado’ de ENDER LILIES, visto que esperamos aqui um jogo completamente novo.
Um metroidvania Soulslike não tão punitivo assim
ENDER MAGNOLIA é o típico ‘fácil de aprender, difícil de masterizar’, ou pelo menos foi o que achei a princípio. Fácil de aprender ele realmente é. O game possui controles intuitivos que basicamente se resumem a movimentação padrão, esquiva, diferentes tipos de ataques e cura. Nossos ataques não são feitos pelo nosso personagem em si, mas pelos homúnculos que libertamos e se tornam aliados. Eles surgem por alguns segundos realizando sua ação para logo desaparecer. Essa característica é muito bacana e diferente, porém, não surpreendeu tanto, pois é exatamente a mesma de ENDER LILIES.
Além disso, temos outras características de RPG como o avanço de nível e equipamentos. Como todo souslike, ao morrermos ou descansarmos em checkpoints, todos os inimigos reaparecem, sendo necessário abrir caminho novamente. E diferente da maioria dos soulslikes, ENDER MAGNOLIA não é tão punitivo assim. A única característica que atrapalha ao morrer é o retorno dos inimigos, porém, não perdemos experiência ou itens.
Outra característica é que, achei o game bastante fácil – pelo menos essa ‘primeira parte’. Consegui ‘concluir’ o preview do game em menos de 3 horas, morrendo apenas uma vez no meio do caminho e sofrendo bastante apenas no último chefe disponível até aqui. Nenhum dos outros chefes chegaram a ser um desafio grande.
Obviamente, estamos falando de um jogo que está em acesso antecipado, sendo que muitas áreas estão bloqueadas e alguns recursos não estão disponíveis. Logo, ainda há muito que se esperar até o seu lançamento final.
E afinal, o que achamos?
Concluindo esse preview do acesso antecipado de ENDER MAGNOLIA, posso dizer que fiquei encantado com o jogo, assim como me encantei com seu antecessor. A história que mistura magia, tecnologia em um mundo apocalíptico continua cativante. Assim como sua ambientação que, somada a sua trilha sonora, se encaixam como uma luva. Sua jogabilidade se mantém fluida e agradável, embora não tão difícil quanto alguns poderiam desejar.
Se eu tenho alguma crítica negativa a curto prazo é que senti que o jogo repetiu demais (até aqui) a fórmula de seu antecessor, dando mais uma sensação de ser um DLC. Mas isso não tirou o mérito do game ser uma experiência extremamente agradável.
E reforçando, o game está em acesso antecipado e muito do seu conteúdo ainda não está disponível, sendo possível terminar o que temos disponível em apenas 3 horas – pelo menos foi o tempo que levei. Logo, eu recomendo fortemente o jogo, porém não para os jogadores mais ansiosos, pois ainda não existe uma previsão de quando sairá sua campanha de forma completa.
