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Review: Top Spin 2K25

O retorno de um clássico

A série Top Spin é famosa por seus bons jogos de Tênis onde encantou muitas pessoas nos anos 2000 a 2010. Contudo, o último jogo da franquia foi Top Spin 4 lançado em 2011 e desde então não mais ouvimos sobre ela. Mas agora em 2024, temos Top Spin 2K25!

Após jogar por muitas horas Top Spin 2K25, estou pronto para te contar se esse é ou não é um bom retorno da famosa série.

Memória muscular presente em seu gameplay

Logo ao iniciar Top Spin 2K25, somos apresentados a todos seus modos incluindo a academia onde apresenta diversas lições para os jogadores. Aqui serve tanto para revisar as mecânicas básicas do jogo como para dar dicas de jogadas avançadas, ainda mais para os não conhecedores do esporte.

Todas essas lições são guiadas pela voz de John McEnroe, famoso tenista norte-americano que esteve em seu ápice na década de 80 chegando a ser considerado o melhor do mundo. Todas as lições são bem explicadas em um vídeo e depois você terá que acertar o movimento um certo número de vezes para progredir.

Como conheço o esporte e já joguei as iterações passadas, confesso que as lições eram um tanto enfadonhas. Contudo, eu pude ver uma melhora significativa em minhas partidas após prestar atenção aos treinos e dicas.

De certa forma, as mecânicas pouco evoluíram para Top Spin 2K25. Afinal, estamos falando de um jogo onde a forma de jogar pouco mudou. Temos aqui todas as mecânicas esperadas como o lobby, slice, smash e mais. Ou seja, ao jogar Top Spin 2K25 a minha memória muscular começou a voltar e em poucas partidas eu já sabia exatamente o que fazer tendo domínio da quadra e da onde e como distribuir a bola.

Ao meu ver, o ponto alto do jogo está em sua jogabilidade onde tive excelentes rallys em diversos momentos onde tanto a física como as jogadas faziam sentido. Eu me senti em casa logo na primeira hora de jogatina.

Um conteúdo esperado, mas…

Agora, falando dos modos e conteúdos trazidos em Top Spin 2K25, eu tenho elogios e críticas a fazer. De certo modo temos aqui o pacote esperado como jogos de exibição, jogadores e jogadoras famosas como Roger Federer, Andre Agassi, Serena Williams, Pete Sampras, Maria Sharapova e muito mais totalizando 25 tenistas históricos e da atualidade.

Também temos o modo My Carrer que segue exatamente o que me lembrava em jogos passados. Aqui poderemos criar mais de um jogador e irmos avançando em questão de nível assim como no ranking do jogo. Seremos submetidos a períodos de jogos composto de um mês onde será possível escolher um treino, um evento especial e um torneio. À medida que melhora, novas escolhas estarão disponíveis para evoluir ainda mais seu personagem.

Claro, é preciso ficar de olho em sua energia, pois esse mês de jogo irá desgastar ele através das viagens. Por exemplo, é possível ter eventos e jogos dentro da Europa, o que irá tirar nem 10% de energia entre eles. Mas caso tenha que ir para as Américas, depois Ásia e depois para a Europa, irá perder 40% de energia em um mês além de aumentar a chance de lesões. E para recuperar energia, precisará descansar por um ou mais meses. Isso faz com que caia no ranking geral, pois não jogou e seus adversários sim.

Ou seja, existe uma grande estratégia tanto na evolução de seu personagem assim como quando descansar para não perder grandes oportunidades de treinos e campeonatos, evoluindo assim seu personagem incluindo talentos únicos que se adequam ao seu estilo de jogo.

Adicionalmente, Top Spin 2K25 conta com inúmeras quadras, o que foi algo que me impressionou. No total temos quase 50 quadras que mesclam os estilos (grama, saibro e quadra dura) em diversas localidades no mundo e variando entre dia, tarde e noite. Isso dá um charme a partida.

Por fim, contamos com o modo online onde podemos participar tanto de exibições como partidas ranqueadas e torneios online. No caso, Top Spin 2K25 já vem com o cross play habilitado. Minha experiência no crossplay não foi muito positiva por causa do lag na conexão. Portanto, caso queira algo para jogar online, sugiro esperar um pouco e possivelmente desativar o cross play.

Mas é apenas isso?

Eu acabei de abordar o conteúdo principal que o jogo traz, mas creio que deva ter achado que algo está faltando, certo? Bem, duas coisas me incomodaram muito.

A primeira foi com relação ao número de tenistas presentes. 25 acabou sendo muito pouco, em especial, pois temos grandes nomes faltando como Novak Djokovic, Rafael Nadal ou Venus Williams. Esses são exemplos mais gritantes, embora eu possa listar grandes nomes da atualidade e do passado que estão ausentes. Isso certamente é uma grande bola fora.

Por outro lado, temos a ausência de um torneio offline. Simplesmente não é possível simular um torneio como US Open ou então o clássico Roland Garros. Ou então criar um torneio próprio do zero. Simplesmente não entendi não ter essa opção tão básica em jogos de esporte como um todo.

Gráficos deixam a desejar em Top Spin 2K25

Agora, outro ponto que entendo que deixou a desejar foi em seus gráficos. É importante salientar que enquanto NBA 2K seja visualmente absurdo, ele é desenvolvido pela Visual Concepts. Aqui em Top Spin 2K25 sua desenvolvedora é a Hangar 13 que trabalhou na franquia Mafia.

Ou seja, embora não dê para esperar a mesma qualidade gráfica do jogo de basquete, o que foi apresentado está abaixo do esperado. E isso se agrava quando temos tão poucos jogadores. Temos no máximo 4 jogadores ao mesmo tempo jogando em duplas, enquanto no basquete temos 5 de cada lado mais os reservas.

O meu ponto aqui é que temos gráficos de uma ou até duas gerações passadas. O rosto de todos os jogadores é um tanto artificial e os assets de roupas e da pele são pouco trabalhados. As roupas também não impressionam, assim como a animação um tanto robótica dos jogadores antes e após as partidas. Simplesmente eu não me senti dentro da quadra de tênis.

Adicionalmente era normal ver a raquete e o corpo do jogador passar pelos limites da roupa quebrando a imersão.

Embora eu tenha me divertido imensamente durante as partidas, seu antes e depois simplesmente deixa muito a desejar. Eu vejo aqui um potencial de imersão grande que tem que ser muito trabalhado ainda.

Pay to Win?

Por fim, quero abordar o sempre temido “pay to win” que se tornou algo recorrente em jogos de esporte como a franquia NBA 2K.

A notícia é inicialmente boa. Existe sim a possibilidade de gastar dinheiro real com a compra das moedas virtuais (VC), mas no geral isso ajuda a comprar apenas itens cosméticos que são inúmeros. Além dos itens base, teremos itens de temporadas, mas que, novamente, são itens que irão mudar a aparência e nada mais.

Contudo, existe uma opção de compra que pode sim desbalancear o jogo. Existe a possibilidade de comprar um boost de XP que aumentará a experiência ganha em uma partida em 10% ou 25%. Felizmente essa opção não recebe tanto destaque e honestamente ela não é tão atrativa pelo que pude jogar.

De todas as práticas que conhecemos nos mais diversos jogos, essa é bem branda. Mas mesmo assim vale ser pontuada.

Conclusão review de Top Spin 2K25

Chegando a conclusão deste review de Top Spin 2K25, eu gostei muito do retorno da franquia. Eu adorei a mecânica que me deu controle total sobre as partidas e poderia posicionar a bola onde eu queria. Ou seja, em um jogo de esporte ter uma boa mecânica e física é vital e Top Spin 2K25 acertou em cheio aqui.

Adicionalmente o modo My Carrer atende todas as expectativas fazendo com que ele seja o modo principal do jogo e é onde vejo os jogadores investindo dezenas de horas.

Contudo, nem tudo são flores e ao meu ver o jogo carece de um modo torneio (algo muito básico nesse estilo de jogo) assim como é possível acrescentar facilmente novos jogadores dada sua enxuta lista. Por fim, a parte visual é fraca como um todo. Animações, roupas, pré e pós jogos são feios em muitos momentos e falta um claro polimento.

De forma geral temos em Top Spin 2K25 um bom primeiro passo do retorno da franquia, mas é evidente que precisa melhorar em diversos pontos.

Essa análise/review de Top Spin 2K25 segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Um bom primeiro passo para o retorno da franquia

Visual, ambientação e gráficos - 6
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8
Conteúdo - 7

7.8

Bom

De um lado Top Spin 2K25 acertou em cheio em suas mecânicas trazendo um divertido e desafiador gameplay. Adicionalmente, temos um modo My Carrer muito robusto onde é possível investir dezenas de horas. Contudo, ainda falta um claro polimento na parte visual do jogo onde traz gráficos e animações muito datadas. Adicionalmente, é possível trazer mais conteúdo para o jogo incluindo campeonatos offline. Temos aqui um bom primeiro passo para o retorno da franquia, mas que carece de claras melhorias.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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