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Análise: Darkest Dungeon II

Será que as muitas mudanças vão te agradar?

Darkest Dungeon quando foi lançado surpreendeu a todos com a sua temática sombria trazendo uma mescla de RPG de turnos com roguelite. Muitos chamaram o jogo se “Darksouls de turnos” por conta da sua ambientação obscura juntamente da dificuldade para conseguir avançar em sua campanha. Apesar desse último fator, o game foi realmente um sucesso e Darkest Dungeon II surgiu como sua sequência.

O segundo game não melhora apenas os gráficos em comparação ao primeiro, mas também muda radicalmente vários fatores do gameplay. Porém, será que essas mudanças foram bem encaixadas? Vamos conferir nessa análise de Darkest Dungeon II.

O mundo está devastado, mas ainda há salvação

Darkest Dungeon II apresenta uma nova expectativa do universo caótico que vimos no primeiro jogo. Logo de começo somos convocados por um homem conhecido como The Academic, ele também serve como narrador do jogo contando sobre a história e os acontecimentos em meio da jornada e também das batalhas.

The Academic nos convocou, pois esse mundo devastado ainda tem salvação diante do iminente apocalipse que se aproxima. Porém, será necessário percorrer cinco regiões extremamente perigosas que variam de cidade em chamas, pântanos, florestas e mais. Sua responsabilidade é montar um grupo de até quatro guerreiros para que vocês embarquem numa carruagem em busca de impedir a destruição do mundo.

A história é apresentada aos poucos através de sua narrativa, mas além da narração sobre o mundo também conhecemos o passado dos personagens. Esse é o principal ponto da história, pois aos poucos descobrimos o que levou eles a estarem naquele lugar e isso envolve os traumas que passaram durante suas jornadas individuais.

análise Darkest Dungeon II

Percorra cenários macabros

Da mesma forma que seu antecessor, aqui temos um roguelite que coloca os aventureiros numa carruagem em busca do seu destino. Enquanto no primeiro jogo, a carruagem apenas percorria uma curta distância até o local de parada onde teríamos que movimentar os personagens por um caminho 2D para encontrar os seus inimigos, agora em Darkest Dungeon II a maior parte do gameplay envolve a viagem de carroça.

Você vai movimentá-la pelos cenários, desviando de obstáculos e escolhendo quais caminhos seguir. Durante a viagem alguns eventos vão acontecer como encontrar uma família necessitada no caminho, realizar uma parada numa pousada em pedaços para poder recuperar vida e até mesmo descobrir locais extremamente perigosos.

Em determinados momentos, terá barragens pelo caminho. Neste instante começará o momento da ação, pois tal obstáculo existe unicamente por culpa de inimigos dos quais você terá que obliterar.

Antes de falar sobre os combates, é importante frisar que essas pausas da viagem são necessárias e auxiliam na interação dos personagens. Por exemplo, você encontrou um orbe macabro. Os membros da party darão suas opiniões sobre ele, onde alguns podem citar que não vale a pena tocá-lo e outros vão querer o orbe para si. Cada resposta traz benefícios ou malefícios para a equipe, podendo aumentar ou diminuir a moral do grupo, consequentemente influenciando no desempenho de batalha.

Há diversas situações assim como explorar uma localização, auxiliar pobres, comprar itens de algum mercado suspeito e assim por diante.

Essas mudanças em dar maior foco na viagem de carruagem pode não agradar a todos os fãs, uma vez que o jogo anterior era muito mais direto ao ponto.

Combate por turnos onde o posicionamento é a chave principal

Darkest Dungeon II, como dito antes, possui um sistema de combate por turnos. Antes de iniciar a sua empreitada, terá que escolher quatro personagens e posicioná-los, optando por quem fica na frente do grupo, no meio e no final.

Essa posição faz total diferença, pois alguns golpes pegam apenas em alvos distantes, enquanto outras habilidades visam inimigos próximos. Então um golpe de curto alcance não fica disponível caso o personagem esteja no final, assim como um ataque a longo alcance não consegue atingir inimigos que estão praticamente ao teu lado.

Dito isso, há diversas habilidades das quais você realiza um movimento ofensivo ou defensivo e, consequentemente, avança ou recua. Também é possível mudar a posição de inimigos para conseguir atingir o alvo desejado com outros personagens.

Darkest Dungeon II definitivamente não é um jogo apenas para passar o tempo. Inicialmente pela sua dificuldade, onde terá combates que você simplesmente apenas verá os teus personagens sendo exterminados. O outro, e principalmente, fator é que aqui temos um game realmente complexo, onde todas as habilidades possuem variável de dano e efeitos adicionais.

Um exemplo bem simples é que um golpe pode causar de 3 a 5 de dano, com 10% de chance de crítico e caso o inimigo esteja com penalidade de medo, você recupera 10% de HP. E isso é simplesmente uma habilidade básica de fácil entendimento, mas quando se pega outros exemplos em que é necessária a sinergia dos personagens para que haja um aproveitamento completo do potencial de todos, tudo se torna uma grande teia de aranha.

Por causa desses fatores, é bem provável que muitos amantes de jogos por turno acabem se distanciando. Apesar disso, Darkest Dungeon é uma franquia voltada a um público específico que deseja desafios realmente difíceis.

Gráficos renovados, trazendo uma nova roupagem ao jogo

Darkest Dungeon já se destacava pelo seu visual sombrio e denso, porém, era tudo feito com estilo de arte 2D. Com a vinda da sequência, os modelos receberam um acabamento 3D, dando profundidade aos personagens e também maior fluidez aos seus movimentos.

Os momentos que estamos na carruagem é completamente em 3D, principalmente na movimentação dela em que vemos o cenário em nossa volta igual a qualquer jogo que tenha veículos e diferente do primeiro game onde a carruagem andava reto num cenário 2D.

Seu áudio está excepcional, trazendo músicas tenebrosas juntamente da qualidade de dublagem entre os personagens e principalmente do narrador. Tudo isso auxilia a ficar imerso neste mundo que mais parece como um conto que saiu de algum livro sombrio.

Conclusão da análise de Darkest Dungeon II

Darkest Dungeon II é um ótimo RPG, mas obviamente não é para todo mundo. A sua dificuldade juntamente da complexidade fazem com que ele se destaque entre outros títulos. Além disso, o jogo trouxe uma notável evolução em comparação ao antecessor, apesar que as mudanças do gameplay podem não agradar a todos os jogadores que já haviam se aventurado no anterior.

Se você quer desafios e acompanhar uma narrativa densa, Darkest Dungeon II certamente é para você.

Essa análise de Darkest Dungeon II segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

É um jogo denso e desafiador, não foi feito para todos

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 8
Diversão - 6
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 9

8.6

Ótimo

Darkest Dungeon II consegue manter a qualidade de seu antecessor e até mesmo superar na entrega. É um jogo realmente difícil e complexo, mas que tem um charme peculiar e sombrio.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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