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Análise: God of War Ragnarok PC

A Versão definitiva de uma obra de arte

Lançado originalmente em 2022 para PS4 e PS5, God of War Ragnarok rapidamente se consolidou como um dos títulos mais aclamados da geração. Agora, em 2024, a aguardada versão para PC finalmente chega, prometendo trazer todas as melhorias técnicas que os jogadores de PC esperam.

Nesta análise, vamos explorar em detalhes o que essa versão definitiva de God of War Ragnarok oferece em termos de customizações gráficas, performance, e como ela se compara com a versão de console. Será que a experiência no PC supera a original ou se mantém no mesmo nível?

História

Para quem ainda não conhece a saga de God of War Ragnarok, vamos fazer um breve resumo da narrativa, sem grandes spoilers. Detalhes mais profundos sobre a trama podem ser encontrados em nossa análise do lançamento original aqui no site.

Este jogo é uma continuação direta da jornada nórdica de Kratos e seu filho Atreus, agora enfrentando a iminência do Ragnarok, o apocalipse da mitologia nórdica. A história é impecavelmente executada, com uma narrativa envolvente e atuações memoráveis. Desde o início, somos imersos na complexa relação entre Kratos, que luta contra sua raiva e seu passado violento, e Atreus, que busca entender quem realmente é e seu papel no desfecho do Ragnarok. A tensão entre o desejo de Kratos de ser um bom pai e o medo da profecia que prevê sua morte é palpável ao longo do jogo.

No lado oposto, temos os deuses nórdicos, os Aesirs, liderados por Odin, que está obcecado em impedir que a profecia se concretize. A rivalidade entre Kratos e Odin, assim como a presença de Thor e outros deuses, adiciona camadas de profundidade à história, enquanto eles tentam a todo custo evitar o destino que ameaça o seu reino.

O desenvolvimento dos personagens é magistral, com cada um deles sendo profundamente explorado ao longo da narrativa. A atuação, somada ao estilo de câmera única que dá a sensação de um plano-sequência contínuo, eleva a experiência emocional, fazendo dessa uma das histórias mais bem contadas e impactantes do universo dos videogames.

God of War Ragnarok e seu gameplay sólido

Assim como na história, os detalhes mais profundos sobre as mecânicas e o gameplay podem ser conferidos em nossa análise original do jogo. No entanto, de forma geral, God of War Ragnarok segue o estilo de gameplay que já conhecemos desde o início deste arco nórdico. Kratos permanece como o personagem principal, enquanto Atreus atua como um secundário que apoia nas batalhas. Ao longo do jogo, temos momentos em que controlamos outros personagens, e isso, junto ao desenvolvimento das habilidades de cada um, traz uma certa renovação à fórmula estabelecida.

O combate é cadenciado, polido e extremamente responsivo. Kratos alterna entre golpes fracos e fortes com precisão, utilizando tanto o seu poderoso machado Leviatã quanto as icônicas Blades of Chaos — armas que os fãs da franquia conhecem bem. A fluidez entre ataques e as finalizações épicas que a série é famosa por continuam a ser o ponto alto das batalhas, proporcionando uma jogabilidade viciante e repleta de ação.

Além do combate, God of War Ragnarok mantém seu foco na exploração e resolução de quebra-cabeças que exigem o uso estratégico das habilidades e armas de Kratos. A montagem de ações segue bem o padrão da franquia, oferecendo confrontos épicos contra chefes, momentos de grande tensão e uma excelente variedade de desafios para os jogadores que procuram algo mais do que apenas combates intensos.

Para quem busca desafios ainda maiores, o jogo também oferece diferentes níveis de dificuldade, garantindo que tanto novatos quanto veteranos na série possam encontrar uma experiência que se ajuste ao seu estilo de jogo.

Adicionalmente, esta versão de PC de God of War Ragnarok traz a expansão Valhalla onde o jogador é desafiado em lutas no estilo Roguelike aumentando a variedade no gameplay.

Melhorias no visual de God of War Ragnarok

Uma das primeiras áreas em que a versão de PC de God of War Ragnarok realmente brilha é na parte visual. O jogo já era impressionante no PS4 e ainda mais no PS5, com gráficos ricos em detalhes e ambientes incrivelmente bem elaborados. No entanto, a versão para PC eleva esse padrão a um novo ptamar, proporcionando uma experiência visual ainda mais impressionante.

Os reinos nórdicos pelos quais Kratos e Atreus viajam estão mais detalhados do que nunca. Cada cenário, desde florestas geladas até montanhas imponentes e lagos serenos, é trabalhado de forma sublime. O jogo apresenta segmentos de mundo semi-aberto que oferecem uma boa oportunidade para exploração, e tudo é apresentado com uma fluidez impecável. Durante toda a minha jogatina, não encontrei nenhum tipo de problema técnico, como stuttering, que é uma preocupação constante em ports para PC.

O jogo utiliza a já clássica compilação de shaders no início, o que ajuda a minimizar ou eliminar completamente os stutters. Visualmente, fiquei de queixo caído desde o início. Embora os personagens e o design do jogo em si sejam os mesmos, a riqueza nos detalhes gráficos é incrivelmente aprimorada na versão de PC. A iluminação e os reflexos estão em outro nível, a textura das roupas e armaduras é muito mais realista, e os ambientes em geral são absolutamente espetaculares.

Vale pontuar que para chegarmos a esse nível de qualidade visual, assim como ter carregamentos rápidos, é necessário reservar impressionantes 175 GB em seu SSD.

Para essa análise, joguei God of War Ragnarok em uma RTX 4070 Super com um processador 5800X, tudo no máximo em 2K de resolução e com DLAA ativado. Mesmo sem o DLSS, o jogo manteve uma média de 70 FPS de forma estável, o que só adicionou à imersão. A pele dos personagens, o brilho nos olhos e a ambientação geral foram tão impressionantes que parecia que estava experimentando uma versão completamente nova do jogo.

O jogo também suporta tecnologias como DLSS 3 e frame generation do FSR, que melhoram ainda mais a experiência. Embora tenha encontrado alguns problemas com o DLSS 3, que ativava de forma inconsistente, quando funcionou, o ganho foi massivo — chegando a mais 50 frames por segundo, levando o jogo a incríveis 120 FPS com tudo no máximo. Vale ressaltar que o DLSS 3 está disponível apenas nas placas RTX 40 da Nvidia, enquanto o FSR oferece frame generation para todos os tipos de placas, mas com um ganho menor de cerca de 20 a 30 frames. De qualquer forma, era possível chegar com certa tranquilidade a uma média de 100 frames por segundo.

A comparação com o primeiro God of War que foi lançado para PC mostra o quão longe a otimização para essa plataforma chegou. Mesmo com o DLSS 3 ainda precisando de alguns ajustes, a versão de PC de God of War Ragnarok oferece a melhor experiência visual disponível. Sinceramente, me pergunto se a futura versão do PS5 Pro conseguirá alcançar o nível visual dessa edição para PC, mas tenho minhas dúvidas.

Customizações e acessibilidade imponente

A versão de God of War Ragnarok para PC não apenas traz melhorias gráficas e de performance, mas também oferece uma vasta gama de opções de customização, o que é um verdadeiro ponto forte para os jogadores. Tanto God of War quanto outras franquias da Sony, como The Last of Us, são amplamente reconhecidas por proporcionar acessibilidade para diversos públicos, com ajustes finos para melhorar a experiência do jogador, e essa versão de PC não é diferente.

Uma das áreas de destaque é a customização das legendas, onde você pode ajustar a grossura, o tamanho, as cores, e até decidir se quer ou não o nome do personagem que está falando aparecer na tela. Além disso, há a possibilidade de adicionar uma área sombreada atrás das legendas, facilitando a leitura em cenários mais claros. O sistema de som também oferece diversas opções, permitindo que você centralize o áudio nos personagens, valorize o som ambiente ou ajuste para que a fala se sobressaia, dependendo da sua preferência ou necessidade.

Quando falamos de acessibilidade visual, as opções são quase infinitas. Você pode ajustar o jogo para atender a diversas condições, como daltonismo, e também modificar os contrastes de forma precisa. É possível, por exemplo, ajustar o contraste de Kratos, Atreus, inimigos e até a iluminação do cenário, criando um ambiente de jogo totalmente personalizado para o jogador. Existem ainda várias predefinições que podem ser selecionadas para aqueles que preferem ajustes mais rápidos, ou então você pode optar por mexer ponto a ponto em cada configuração para alcançar o resultado desejado.

A possibilidade de remapear os botões do controle é outro ponto de acessibilidade que facilita a vida de jogadores com necessidades específicas, tornando God of War Ragnarok muito mais inclusivo. Além disso, uma funcionalidade que chama bastante atenção é o fato de que, ao mudar as configurações gráficas, o jogo te mostra o impacto dessa mudança em tempo real. Assim, você pode visualizar imediatamente como isso afeta a performance da sua placa de vídeo, o que ajuda a tomar decisões mais informadas sobre as configurações ideais para seu hardware.

No geral, God of War Ragnarok para PC é um pacote completo, com uma quantidade quase infinita de ajustes que vão desde gráficos e desempenho até acessibilidade e controle. Isso garante que cada jogador consiga personalizar sua experiência ao máximo, independentemente de suas preferências ou limitações.

God of War Ragnarok de PC é a versão definitiva

God of War Ragnarok já era considerado um dos melhores jogos da sua geração no PS4 e PS5, com uma narrativa envolvente, gameplay refinado e uma ambientação impressionante. No entanto, a versão de PC eleva ainda mais esse título, trazendo uma série de melhorias que tornam a experiência de jogo ainda mais memorável.

Com gráficos impressionantes, texturas de alta qualidade, iluminação sublime e a possibilidade de rodar o jogo em altíssimos frames, essa versão é, sem dúvida, a definitiva. O nível de customização e acessibilidade oferecido é outro grande diferencial, garantindo que cada jogador possa adaptar a experiência às suas necessidades e preferências.

A grande questão que fica no ar é se o PS5 Pro, que será lançado em novembro, conseguirá competir com essa versão de PC. Se o novo console da Sony oferecer algo próximo do que o PC já entrega, estaremos diante de uma versão igualmente fantástica.

Se você ainda não jogou God of War Ragnarok, esta versão de PC é a recomendação definitiva. E mesmo para quem já o terminou nos consoles, a riqueza de detalhes, a fluidez dos frames e a beleza visual que ela oferece valem a pena revisitar. Afinal, com uma obra-prima dessas, você começa a jogar e não quer mais parar, mesmo que já conheça cada reviravolta da história.

Essa análise/review de God of War Ragnarok para PC segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Melhorou o que já era praticamente perfeito

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10

10

Perfeito

Se você ainda não jogou God of War Ragnarok, esta versão de PC é a recomendação definitiva. E mesmo para quem já o terminou nos consoles, a riqueza de detalhes, a fluidez dos frames e a beleza visual que ela oferece valem a pena revisitar. Afinal, com uma obra-prima dessas, você começa a jogar e não quer mais parar, mesmo que já conheça cada reviravolta da história.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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