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Análise: Dragon Ball Gekishin Squadra

Dragon Ball no formato MOBA funciona!

Estamos acostumados a ver Dragon Ball em jogos de luta e RPG que exploram a história da franquia, mas desta vez a Bandai Namco trouxe algo diferente. Dragon Ball Gekishin Squadra é um título no estilo MOBA que reúne personagens de todas as fases do anime – de Dragon Ball Z até Super, GT e até o recente Dragon Ball Daima. O jogo, que será gratuito para PC, celulares e consoles (ainda sem data confirmada para o Nintendo Switch), coloca os guerreiros em arenas de batalhas 4 contra 4, onde o objetivo é conquistar a Esfera do Dragão.

Nós tivemos a chance de jogar Dragon Ball Gekishin Squadra antecipadamente ao lado de outros membros da imprensa e, nesta análise, trazemos nossas impressões sobre como essa proposta se encaixa dentro do universo Dragon Ball.

Dragon Ball Gekishin Squadra e a atenção aos detalhes

Diferente dos grandes jogos de Dragon Ball que costumam apostar em histórias elaboradas ou recriações de sagas clássicas, Dragon Ball Gekishin Squadra tem um escopo reduzido. Não há narrativa complexa: a premissa é simples, com os Deuses da Destruição, introduzidos em Dragon Ball Super, reunindo guerreiros para batalhas. A “história” para por aí, mas o que sustenta a ambientação são os detalhes e referências espalhados pelo jogo.

Logo no início, antes mesmo das partidas, o jogador pode circular pelos menus com o personagem escolhido à frente. Cada herói ou vilão conta com pequenas animações próprias que reforçam sua personalidade. O Kuririn, por exemplo, aparece recebendo ligações da Número 18, enquanto Goku se mostra sempre treinando. Já Freeza surge acompanhado por Zarbon e Dodoria, soltando comentários irônicos. É um detalhe simples, mas que transmite cuidado com a franquia e funciona como um toque de autenticidade.

Outro ponto positivo está no mapa. Há apenas um campo de batalha, mas ele foi construído em camadas, com vias superior e inferior que se conectam nas extremidades. Dentro dele, há referências diretas às sagas do anime: áreas rochosas que lembram o confronto de Vegeta na Terra, inimigos uniformizados inspirados no Exército Red Ribbon, a presença de Cell Jr. e até a carapaça de Cell em sua fase larval. São detalhes que podem passar despercebidos em um primeiro momento, mas que mostram como a Bandai Namco se preocupou em rechear Dragon Ball Gekishin Squadra de elementos que os fãs reconhecem imediatamente.

Essa ambientação mais enxuta, mas cheia de referências, acaba sendo um dos pontos que mais me surpreendeu positivamente em Dragon Ball Gekishin Squadra.

Recursos adicionais e personalização dos guerreiros

Antes mesmo de mergulhar nas batalhas de Dragon Ball Gekishin Squadra, o jogador encontra um menu recheado de opções e detalhes que expandem a experiência. Além de exibir o personagem escolhido, cada lutador é categorizado em estilos distintos, como tanque, atacante ou suporte, criando diferentes papéis dentro das equipes de 4 contra 4. Essa divisão incentiva que cada jogador encontre um estilo próprio, testando as habilidades em uma área de treino antes de entrar nas partidas.

O sistema de progressão também adiciona camadas interessantes. Por meio de moedas in-game e cápsulas (um elemento clássico da franquia), é possível desbloquear itens cosméticos, como roupas icônicas, animações e até skins alternativas inspiradas em momentos marcantes de Dragon Ball Z, Super e GT. Esse conteúdo, em sua maioria, é estético, mas reforça o carinho com os fãs ao resgatar referências específicas da série.

Como todo título free-to-play, existe a presença em Dragon Ball Gekishin Squadra, um passe de temporada e microtransações, que oferecem gemas como moeda premium. Com elas, os jogadores podem acelerar a evolução estética dos personagens, liberando cartas, novos visuais e pequenas melhorias cosméticas. Ainda que não afete diretamente a jogabilidade, esse ciclo de personalização cria um loop viciante de progressão, reforçando a vontade de desbloquear cada detalhe disponível.

Por fim, o título também oferece modos customizados, permitindo criar regras próprias para partidas casuais entre amigos ou contra jogadores online, o que amplia a rejogabilidade e dá mais liberdade para experimentação dentro da arena.

Gameplay: personagens, escolhas e estratégia inicial

O coração de Dragon Ball Gekishin Squadra está na variedade de personagens e no preparo antes da luta. Logo de início, o jogador pode escolher entre heróis e vilões de todas as fases da franquia — desde ícones como Goku, Vegeta, Kuririn e Gohan criança até figuras marcantes como Bojack, Cooler, Baby (de Dragon Ball GT) e até o Goku criança de Dragon Ball Daima.

Cada personagem possui um estilo de jogo único, podendo atuar como atacante, suporte ou tanque, além de habilidades específicas que reforçam suas características na série. Muitos heróis contam com transformações que aumentam o poder durante a partida, como os Saiyajins que evoluem para Super Saiyajin. Já outros, como Freeza, exploram ataques à distância e o auxílio de subordinados como Zarbon e Dodoria.

Outro elemento estratégico são os assists: personagens secundários que não entram diretamente em campo, mas fornecem bônus durante a luta. Entre eles estão Nail, que se une a Piccolo na história, e até o pequeno dragão do Gohan criança. Esses aliados podem aumentar a defesa, dar mais velocidade ou aplicar efeitos ofensivos, criando um leque de combinações para formar times equilibrados.

Além disso, antes de iniciar a partida é possível configurar regras que alteram o ritmo do jogo, como inimigos mais fortes espalhados pelo mapa, efeitos que reduzem a velocidade dos jogadores ou até áreas com nuvens que permitem camuflagem. Esse setup inicial já coloca o jogador em um verdadeiro “xadrez estratégico” antes mesmo de começar a batalha em Dragon Ball Gekishin Squadra.

O combate de Dragon Ball Gekishin Squadra

Uma vez na arena, a partida se desenrola em um único mapa com duas rotas principais (uma superior e uma inferior) conectadas por diferentes segmentos. Em cada região, um Deus da Destruição atua como guardião, e o objetivo das equipes é proteger sua divindade enquanto tentam derrotar a do adversário. Para tal, após avançar derrotando seus inimigos, Zeno Sama entra em cena para deixar o Deus da Destruição vulnerável e assim conseguir dar dano nele até o derrotar. Esse loop de jogo segue até uma das equipes chegarem ao outro extremo do mapa e pegar a esfera do dragão.

Para conseguir isso, não basta atacar diretamente: é preciso derrotar mobs espalhados pelo campo (como soldados de Freeza, membros da Red Ribbon e Cell Jr.), que concedem experiência e fortalecem o personagem. Ao evoluir, o lutador desbloqueia novas habilidades e até transformações, que ampliam ainda mais suas possibilidades no combate.

A progressão é clara: no início, os personagens contam apenas com um ataque básico, mas conforme sobem de nível, ganham acesso a golpes especiais nos gatilhos do controle. Cada um deles reflete a essência do lutador — Freeza pode lançar uma esfera de energia que aumenta de tamanho ao ser carregada, Dabura transforma inimigos em pedra, Majin Buu converte o oponente em chocolate, e Goku culmina com sua icônica Genkidama.

Ao longo da partida, você também desbloqueará cartas que servem como os itens do jogo, onde será possível equipar esses buffs de forma manual ou automática. Outro elemento interessante é que ao passar na área onde o seu Deus da Destruição estiver, será possível recuperar vida. Essa mecânica leva a diversas retiradas estratégicas.

Além das batalhas contra mobs, há eventos dinâmicos no mapa, como a aparição dos senhores Kaiôs, que funcionam como treinadores especiais e rendem mais XP, ou mesmo chefes aleatórios como o Androide 16 e o Sayajin Napa, que exigem cooperação do time para serem derrotados. Esses encontros oferecem grandes recompensas, incluindo ataques extras contra o Deus da Destruição inimigo.

O resultado é um combate movimentado, cheio de referências à franquia, que exige coordenação entre os quatro jogadores da equipe. A Bandai conseguiu traduzir com sucesso o espírito de Dragon Ball em um formato MOBA, equilibrando a fidelidade aos personagens com um gameplay acessível e dinâmico.

Dragon Ball Gekishin Squadra é uma grata surpresa

Dragon Ball Gekishin Squadra me surpreendeu de forma positiva. Mesmo não sendo fã de jogos online competitivos, minha afinidade com a franquia Dragon Ball fez com que a experiência fosse marcante. O título mostra rapidamente que não basta escolher um personagem favorito: cada lutador tem um estilo próprio, e dominar suas particularidades exige treino e adaptação.

Em partidas, a coordenação entre os jogadores se mostrou fundamental. Sozinho contra a inteligência artificial, encontrei tanto vitórias tranquilas quanto derrotas difíceis, o que reforça como o equilíbrio do jogo é sólido. Com amigos, a dinâmica fica ainda mais envolvente, já que a estratégia de equipe pode ser o fator decisivo para avançar.

Outro ponto de destaque é a acessibilidade. Por Dragon Ball Gekishin Squadra ser gratuito, o público poderá experimentar sem barreiras, e o fato de rodar de forma leve e estável (ultrapassando facilmente os 100 frames no PC durante meus testes) é um grande atrativo. Some a isso a fidelidade com a franquia e a atenção aos detalhes, e o resultado é um título que deve conquistar fãs e manter uma base ativa por bastante tempo.

Recomendo Dragon Ball Gekishin Squadra tanto para quem acompanha a série desde sempre quanto para quem busca um MOBA diferente, cheio de referências e com um estilo de combate bem característico.

Essa análise de Dragon Ball Gekishin Squadra segue nossas diretrizes internas. Confira aqui nosso processo de avaliação.

Dragon Ball Gekishin Squadra surpreende como jogo competitivo

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 8
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 7.5

8

Ótimo

Um MOBA gratuito que surpreende pela fidelidade ao universo Dragon Ball e variedade de personagens, ainda que limitado em mapas e modos

User Rating: 5 ( 1 votes)

Leonardo

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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