ANÁLISESNOTICIASPCPLAYSTATIONREVIEWSXBOX

Análise: Dying Light The Beast

A volta brutal de Kyle Crane

Prepare-se para calçar as botas de um herói que está no limite da humanidade. Em meio a um ano de lançamentos gigantescos, a Techland nos apresenta Dying Light The Beast em setembro de 2025, um jogo que prova que, mesmo em um apocalipse zumbi, ainda há espaço para beleza.

Dying Light The Beast não é apenas mais um jogo de zumbis. O retorno de Kyle Crane, o protagonista do original de 2015, traz consigo uma transformação brutal: anos de experimentos o deixaram um híbrido com habilidades sobre-humanas. É essa dualidade que define a experiência do jogo e serve de premissa para a narrativa.

O jogo te dá a liberdade de ser um sobrevivente cauteloso, explorando cada canto do vasto mapa, ou o prazer visceral de se transformar em uma máquina de combate capaz de obliterar vários inimigos ao mesmo tempo.

O Retorno da Lenda e a Busca por Vingança

A história de Dying Light The Beast nos coloca na pele de Kyle Crane novamente, mas em circunstâncias dramáticas. Após ser submetido a experimentos terríveis por 13 anos, ele se tornou uma criatura poderosa, mas ainda luta para manter sua humanidade. Sua motivação? Uma vingança direta contra o Barão, o homem responsável por todo o seu sofrimento. Essa premissa é um claro aceno para a herança da série, buscando reacender a chama narrativa que a tornou popular.

Infelizmente, é aqui que o jogo escorrega um pouco. A jornada de Kyle é linear e previsível, sem grandes reviravoltas que realmente surpreendam quem já acompanha o gênero. O Barão, o grande vilão, acaba sendo um estereótipo: o cara mal com sede de poder e um exército de capangas. Ele não tem a complexidade, ou profundidade, que faria o conflito ser inesquecível.

Da mesma forma, os personagens secundários, apesar de serem interessantes, não conseguem deixar uma marca duradoura na trama ou na memória do jogador, tornando a narrativa uma oportunidade parcialmente desperdiçada. A trama cumpre o que promete: te levar do ponto A ao B para a vingança. Mas a profundidade do roteiro não acompanha o potencial do personagem e do universo.

Parkour e Combate: A Linguagem da Brutalidade

Onde o jogo realmente brilha é no gameplay. A Techland pegou o que já era bom e poliu. O parkour é a alma do jogo, mais fluido e responsivo do que nunca. Escalar, saltar e deslizar pelos telhados abandonados da Velha Cidade é uma experiência de pura liberdade e adrenalina.

A cidade principal, Castor Woods, é projetada para te forçar a ir para o alto, transformando as ruas infestadas em armadilhas e os telhados em rotas de fuga vitais. É um retorno bem-vindo à essência do primeiro Dying Light, mas com uma execução técnica muito acima.

O combate, especialmente o corpo a corpo, é visceral e satisfatório. Cada golpe com uma arma branca, seja um martelo pesado ou uma lâmina afiada, tem um peso notável e você sente o impacto de cada acerto. A escassez de balas é um incentivo inteligente para focar no corpo a corpo, forçando uma abordagem mais tática, já que o barulho de um tiro é um convite aberto para as hordas.

O arsenal de apetrechos, como granadas e facas de arremesso, completa o pacote de destruição, permitindo que você aborde cada encontro de maneiras diferentes: armar uma emboscada, incendiar um grupo ou simplesmente despachar um zumbi menor com um arremesso silencioso de faca. É um sistema que te recompensa por planejar e executar a selvageria com estilo.

Beast Mode: Poder Incontrolável e a Tensão da Noite

A habilidade que dá nome ao jogo, o Beast Mode, é a característica mais polarizadora da experiência. Ao ativá-lo, Kyle se transforma em um mutante, rasgando zumbis com uma força descomunal. Alguns jogadores da comunidade até o chamam de “modo trapaça” que você ativa quando a situação parece perdida.

À medida que você avança na árvore de habilidades, porém, o uso se torna discricionário, e aqui reside o problema: em dificuldades mais baixas, essa habilidade pode simplificar demais os encontros. É fácil cair na tentação de resolver um chefe ou uma horda inteira com o apertar de um botão, e isso, ironicamente, diminui a sensação de ameaça que esperamos de um jogo de sobrevivência zumbi.

Por outro lado, a Noite consegue resgatar a tensão perdida. A escuridão não é apenas um filtro, é um multiplicador de dificuldade. Os Voláteis são mais agressivos e imprevisíveis, e a densidade de inimigos aumenta drasticamente.

É nesse período que o Sentido de Sobrevivência, a habilidade de escaneamento que marca apenas os zumbis mais perigosos, brilha. Ele te dá informação suficiente para ser cauteloso e furtivo, mas não o bastante para eliminar o medo, alcançando um equilíbrio perfeito entre o tático e o assustador. A noite em The Beast é opressiva e, acima de tudo, mortal, devolvendo à franquia aquele sentimento de vulnerabilidade que a consagrou.

Aproveite também nossas melhores ofertas de jogos digitais em parceria com a Nuuvem!

Conclusão da análise de Dying Light The Beast

Dying Light The Beast não é uma revolução para o gênero, e nem tenta ser. O que ele faz é consolidar as raízes da franquia com excelência. O parkour está no seu auge, o combate corpo a corpo é brutalmente satisfatório e a atmosfera opressiva da noite está de volta para lembrar você que o mundo é hostil. É um jogo que entende o que seus fãs amam: a liberdade de se movimentar em um mundo aberto vertical e a satisfação caótica de desmembrar zumbis.

Apesar de uma narrativa mais fraca, com um vilão esquecível e personagens secundários sem muito impacto, a experiência de jogo é mais do que suficiente para valer a pena para quem já jogou e é fã dos títulos anteriores. A beleza gélida dos Alpes Ocidentais e o design de nível focado na verticalidade tornam cada exploração gratificante. O Beast Mode pode ser uma faca de dois gumes em dificuldades menores, mas em níveis mais desafiadores, ele se torna um recurso estratégico vital para ser gerenciado.

No final das contas, Dying Light The Beast é uma adição sólida e musculoso para Kyle Crane e para a franquia, provando ser um ótimo jogo de ação e aventura no concorrido calendário de 2025.

Essa análise de Dying Light The Beast segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

A Fúria Encontra o Parkour nas Montanhas

NOTA - 8

8

Ótimo

Apesar de uma narrativa mais fraca, com um vilão esquecível e personagens secundários sem muito impacto, a experiência de jogo é mais do que suficiente para valer a pena para quem já jogou e é fã dos títulos anteriores.

User Rating: Be the first one !

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.

Acesse nossa página Política de Privacidade e Termos de Uso para saber mais.