A ExitLag consolidou seu nome como uma ferramenta essencial para jogadores que buscam performance, mas a empresa tem expandido sua atuação para muito além do software. Com o ChampZ, seu torneio proprietário, a marca se tornou uma fomentadora ativa do cenário de esports. Para entender a visão por trás dessa iniciativa, o Última Ficha conversou com Ariane Donegati, gerente de Brand & Comms da ExitLag.
Mais que um Torneio, uma Oportunidade
Enquanto muitas marcas se contentam em patrocinar eventos, a ExitLag optou pelo caminho mais complexo: criar um campeonato do zero. Questionada sobre essa motivação, Donegati revela que o objetivo principal sempre foi a aproximação com os jogadores. “O nosso principal objetivo foi muito o de trazer a comunidade para perto”.
Essa filosofia se reflete na prática: antes de cada edição, a equipe estuda a fundo o ecossistema do jogo escolhido para aquele mês. O projeto, no entanto, vai além do engajamento, assumindo um papel de desenvolvimento social dentro do cenário. “Além de entender a comunidade, [o objetivo é] ofertar empregos também, e premiações que pudessem ajudar os jogadores que estão começando a se profissionalizar a realmente criarem uma carreira, poder adquirir um equipamento melhor”, explica Donegati. “O que move nosso time é comunidade, é crescer o cenário de esports aqui no Brasil e na América Latina”.
Acolhendo Comunidades: A Lógica por Trás da Escolha dos Jogos
O ChampZ é conhecido por sua diversidade de modalidades, já tendo recebido de VALORANT a Counter Strike 2. A seleção, segundo Donegati, é um misto de estratégia e oportunidade. “Hoje é um mix”, afirma. “Alguns jogos, a gente escolhe muito para conhecer a audiência, que foi o caso, por exemplo, de Marvel Rivals. A gente queria conhecer melhor a comunidade e entender o que era entregar um torneio de Marvel Rivals”.
Com o tempo, a equipe percebeu que certos nichos do cenário são subatendidos. “A gente começou a entender que algumas comunidades têm uma carência maior de torneios. Então essas são as comunidades que a gente tem apostado de forma mais frequente”. Isso não impede, contudo, a exploração de novos territórios, como a recente edição de Black Desert. A missão é dar espaço para todos, desde comunidades carentes de eventos até jogadores de títulos populares que buscam uma porta de entrada. “O VALORANT a gente tem muitos torneios de Tier 1, Tier 2, mas às vezes para quem está começando, não tem um torneio que você tenha esse espaço. Quando a gente olha um CS, por exemplo, a maioria dos torneios já tem vaga para mundial, então é uma outra seriedade”.
De Olho no Mundo: Os Próximos Passos da Expansão Global
Com um projeto tão consolidado no Brasil e na América Latina, a expansão é o caminho natural. Donegati confirma que o plano é levar o ChampZ para o mundo, mas de forma gradual e estruturada. “O futuro do ChampZ é continuar investindo na comunidade, porém de forma cada vez mais global”.
Atualmente, o torneio atende a comunidade do Brasil e da América Latina. O próximo grande passo já tem data: “Agora, em novembro, a gente vai começar a atender a comunidade dos Estados Unidos”. A visão de longo prazo inclui competições independentes e simultâneas em outras regiões, como a Ásia.
Mesmo com a ambição global, Donegati garante que o crescimento será feito “com o pé no chão e ouvindo a comunidade”. A satisfação dos jogadores é a métrica mais importante, medida através do NPS (Net Promoter Score) após cada evento. “Todos os jogadores que jogam o ChampZ, eles avaliam o torneio, o atendimento recebido, as partidas… e hoje nosso NPS está de 4.9 de 5”, revela com orgulho. “Esse carinho com a comunidade e conseguir entregar algo que realmente seja bacana para o jogador é o nosso foco, mesmo expandindo globalmente”.
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