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Análise: Battlefield 6

Finalmente um shooter extremamente divertido e para (quase) todos nesta geração!

Depois do grande tropeço de Battlefield 2042 (que recentemente ficou até divertido de jogar multiplayer), Battlefield 6 chega com a missão de reconquistar os veteranos e provar que a série ainda entende de guerra em larga escala. O recado vem rápido: o prólogo da campanha é épico, cinematográfico, daqueles que te jogam no caos até o título aparecer. Passado esse primeiro ato, o jogo revela onde realmente mora seu valor: no multiplayer que resgata classes e o famoso “caos organizado” da franquia. No Brasil, com preço partindo de R$ 300 no PC e R$ 350 nos consoles, a pergunta que importa é simples: vale a pena comprar o Battlefield 6?

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Campanha de Battlefield 6 é volátil

A campanha abre muito bem. O primeiro ato é intenso, dirigido com segurança e cheio de explosões que vendem a fantasia “guerra blockbuster”. Depois do logo, o enredo entra em terreno conhecido: a tal da Pax Armata é um antagonista, mas genérico; personagens carecem de carisma; e a progressão de missão depende bastante de scripts e pontos de avanço (que demoram às vezes para aparecer), com uma IA que oscila do kamikaze à precisão exagerada dependendo da dificuldade. O que segura a diversão é o uso esperto do que faz o Battlefield ser o Battlefield: gadgets, ordens de esquadrão, veículos e mecânicas do online bem implementadas. É um passeio divertido de algo entre 5-7 horas, com picos de adrenalina e “uau”, mas não é memorável.

Para quem compra só por single-player, não justifica R$ 300-350 — melhor aguardar uma promoção de pelo menos 50%. É muito divertido, mesmo. Mas não é uma campanha que você vai lembrar o nome de personagens, lembrar do contexto e conversar sobre ela com amigos no futuro.

Battlefield 6 brilha no Multiplayer

É aqui que Battlefield 6 brilha. As classes Assault, Engineer, Support e Recon voltam a organizar o time sem engessar builds. O sistema de armas abertas dá liberdade e os bônus de assinatura empurram cada um para o seu papel sem tirar autonomia. O desenho dos mapas favorece a leitura entre bandeiras: tem cobertura, tem rota lateral, tem verticalidade, tem cantinho de construção para ficar camperado, tem locais elevados, construções — infinitas possibilidades. Em Conquest, Breakthrough, Rush e na variante Escalation (que fecha base quando você domina o mapa por tempo), a cadência fica um pitéu: jatos cortam o céu, tanques pressionam a linha de resistência, infantaria pega o ponto.

Alguns pontos podem ir melhorando conforme o tempo e feedback da comunidade. Tanques estão bem de papel e alguns mapas ficam desbalanceados para a defesa. É comum nesse tipo de jogo armas, veículos e cenários serem atualizados ao longo do tempo com o feedback da comunidade e o desenvolvedores percebendo essa falta de equilíbrio. Não é um problema para mim nesse começo de vida de Battlefield 6.

Para quem quer um FPS com guerra combinada, objetivos e cooperação, sem o estresse de cenário competitivo, é exatamente o que faltava no mercado de gamers shooters. Para essas pessoas o multiplayer de Call of Duty não é uma opção por conta da movimentação extremamente frenética e por ser zero convidativo a novatos, pois em cada servidor temos alguém destruindo a partida sozinho.

Desempenho e gráficos

Battlefield 6 prioriza performance, o que é uma escolha acertadíssima. No PC, Battlefield 6 não parece super pesado, entrega altos quadros mesmo com configurações gráficas mais altas. Visualmente, a campanha oscila entre competente e simples em texturas/cenários. Da para perceber que alguns cantos têm texturas mais pobres, sem capricho. Alguns bugs também acontecem na campanha, onde no corte da gameplay para cutscenes ingame, os corpos dos soldados inimigos abatidos simplesmente somem. Alguns detalhes também ficam de lado nessa campanha, como o capricho em cenas dentro do carro, onde a direção do veículo e as mãos do motorista não estão em sincroniza, nem parece que o carro está sendo guiado pelo motorista em questão.

No multiplayer o jogo é mais bonito em movimento do que em screenshot: muita explosão, fumaça preta, efeitos de partículas, destruição, desmoronamentos e destroços criam identidade sem sacrificar o foco do gameplay que é basicamente matar inimigos.

O ponto negativo que Battlefield 6 copia do COD é a loucura de selecionar o modo campanha e o jogo fechar, abrir e iniciar na campanha. Tem shaders para compilar no multiplayer e na campanha. E quando você quer sair da campanha para o menu principal, toma-lhe jogo fechando e abrindo o menu multiplayer novamente. Deve ter alguma lógica, mas nunca gostei disso no COD, não gosto agora também em Battlefield 6.

Áudio e dublagem

O design de som é um show à parte: tiros que ricocheteiam e fazem barulhos diferentes com diferentes calibres em diferentes superfícies, explosões, veículos localizáveis pela sua audição espacial e um mix que te posiciona no espaço com precisão. A captura dos efeitos sonoros desse jogo é um espetáculo a parte. Com bons fones você percebe que tem captura de praticamente tudo no mapa.

A dublagem em português do Brasil existe, assim como toda a localização do jogo, mas ela é muito fraca. Soa desalinhada da faixa de áudio dos efeitos sonoros, como se as vozes tivessem sido gravadas isoladas e coladas por cima dos efeitos e ambientes. Na dublagem original (inglês), a sensação é de captação integrada, onde os atores respiram juntos com a cena e tudo casa melhor.

Recomendação pessoal: jogue em inglês com legendas (ou sem, se dominar o idioma) para aproveitar o trabalho sonoro ao máximo. Fica bem mais imersivo e natural jogar em inglês. A trilha cumpre o papel de sustentar tensão, sem roubar a cena.

Bugs, estabilidade e interface

Para os padrões da franquia, o lançamento é polido. Não enfrentei crashes nas horas de gameplay prévias a este review. Percebi bugs, como já citado, de corpos sumindo ao iniciar um diálogo dos personagens, algumas aberrações visuais no multiplayer por 2-3 segundos, nada grave.

Os menus continuam mais carregados do que deveriam, com opções espremidas em subcamadas e muitas informações na tela.

Preço no Brasil

Custando R$ 300-350, Battlefield 6 vale a pena no preço cheio se você é fã de BF3/BF4 (até mesmo 1 e 5), curte veículos, objetivos e partidas grandes com foco em equipe, e está procurando um multiplayer robusto sem a pressão de ambiente competitivo hardcore. É o shooter mais divertido e convidativo ao multiplayer dos últimos anos.

Não vale R$ 300-350 se a intenção é só a campanha. Ela não tem nada demais, por mais que divirta bastante e te entretenha do começo ao fim. Não são muitas horas e a história é genérica, o que acaba não ficando na sua memória para sempre. Se for só para jogar a campanha, espere uma queda de 50% ou mais e vá sem culpa que valerá a pena.

Battlefield 6 entrega o que os fãs pediam

Battlefield 6 entrega exatamente o que grande parte comunidade pedia: um multiplayer grande, divertido e cooperativo, onde classes voltam a ditar o ritmo e a destruição realmente muda a luta. É o primeiro lançamento da série em muito tempo que chega polido, com performance consistente e gunplay delicioso desde o dia um. O áudio é excelente e ajuda a construir a sensação de guerra total que faltava, enquanto o design dos mapas resgata o “caos organizado” que define a franquia. Há arestas de balanceamento que precisam ser aparadas, mas nada que comprometa a experiência geral.

Do outro lado, a campanha abre em alta com um prólogo cinematográfico que empolga, mas não sustenta o embalo: personagens e vilões carecem de originalidade, a IA é irregular e o enredo se acomoda no genérico após o primeiro ato. Ainda diverte pelas missões variadas e pelo uso de gadgets e ordens de esquadra, funcionando como vitrine para tudo que da para fazer no multiplayer. Some a isso a dublagem em português do Brasil abaixo do restante da produção, que soa desconectada da dos efeitos sonoros, e a irritação à la CoD de carregar a campanha como módulo separado com recompilação de shaders, e o pacote single-player perde brilho.

Considerando o preço inicial a partir de R$ 300, a recomendação é direta: para quem vem pelo multiplayer, fãs de BF3/BF4 e de partidas grandes com objetivos, veículos e foco em timeplay, sem a pressão de ambientes hiper competitivos, Battlefield 6 vale a entrada agora e deve melhorar com o suporte pós-lançamento. Para quem busca apenas o single-player, o custo-benefício não justifica, sendo o ideal aguardar uma promoção de pelo menos 50% e embarcar quando o valor estiver mais alinhado ao que a campanha entrega.

Em suma, Battlefield 6 não reinventa: refina, dá passos atrás e ouve os fãs. Temos um Battlefield muito divertido após décadas!

Essa análise de Battlefield 6 segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

BF está de volta — do jeito certo!

Nota - 9

9

Excelente

Battlefield 6 é o melhor lançamento da série em anos: multiplayer grande, divertido e cooperativo, com classes de volta, destruição impactando a tática e performance sólida desde o dia um. O prólogo da campanha empolga, mas o restante é genérico e não sustenta a compra sozinho. Áudio é referência e o gunplay está delicioso. Para quem vem pelo multiplayer, recomendação fácil. Para turismo solo, espere uma promoção.

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Pedro Nogueira

Formado em Administração e em GunZ: The Duel. Rei dos FPS e o Toretto dos jogos de corrida no site. O nerd/entusiasta do PC Master Race. Saudades de quando jogos focavam em ser bons jogos.

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