Vampire The Masquerade retornou aos holofotes do mundo dos jogos com Bloodhunt e Bloodlines 2 ambos sendo baseados numa aclamada franquia de RPG de mesa e jogo de tabuleiro. Nossa análise vai para o terceiro jogo lançado na atualidade, Vampire The Masquerade – Swansong. O game deixa ação de lado e parte para uma pegada onde o foco está em sua narrativa, sendo familiar aos sucessos das saudosas Quantic Dream e TellTale Games. Será que a história consegue ser envolvente o suficiente para prender os fãs? Continue lendo para descobrir.
Essa análise foi feita graças a um código de PC cedido pela distribuidora. Vampire The Masquerade – Swansong já está disponível para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One e PC e conta com legendas em PT-BR.
Três protagonistas, uma crise.
O príncipe dos vampiros de Boston acionou uma convocação de urgência conhecida por “Alerta Vermelho”, pois houve um tiroteio na cidade e isso pode ter revelado a existência dos vampiros para os civis. Três nomes importantes foram convocados, onde temos Galeb do clã Camarilla, Emem do clã Tereador e a vidente Leysha do clã Malkavian. Os três personagens terão que encontrar uma uma solução para o ocorrido, enquanto são envolvidos num mistério muito maior.
Você se sentiu perdido com essa sinopse? Então teve a sensação que qualquer jogador teria ao começar o game. Eles trazem o enredo já com personagens bem estabelecidos em meio de uma crise e com a “história” já acontecendo. Para os jogadores do clássico RPG ou dos jogos eletrônicos lançados anteriormente isso não se mostrará um problema, pois serão capazes de se conectar com maior facilidade na narrativa por já entender do que se trata cada termo utilizado ou as características dos clãs. Por outro lado, você acabará bastante perdido neste universo se for passageiro de primeira viagem.
O jogo consegue ter uma boa narrativa para quem realmente conhece Vampiro a Máscara (como o jogo de mesa ficou conhecido aqui no Brasil), porém, falha em entregar uma experiência amigável para os novatos.
Escolha as melhores alternativas e construa seus personagens de acordo com seu estilo de jogo
Como dito antes, o Vampire The Masquerade – Swansong segue um sistema familiar ao que vemos nos jogos da Quantic Dream onde você escolhe as alternativas e assim vai seguindo a história por influência de suas respostas. Porém, diferente de todos os outros, os desenvolvedores buscaram adaptar isso para que tenha as características que vemos em um RPG de mesa. Você tem pontos para depositar em status e habilidades específicas que vão auxiliar em sua jornada em busca da verdade. E como isso influencia? Há algumas respostas que você não é capaz de selecionar pelo personagem não estar apto para isso, da mesma forma que há ações que você é incapaz se não tiver uma habilidade exata como hackear um computador ou ler um idioma desconhecido.
Essa mecânica enriquece o jogo, deixando ele mais realista e também incrementando um fator replay, pois mistérios e caminhos alternativos é algo que não faltará. Inclusive, para usar essas mecânicas tem um custo, pois gastará energia e a única forma de repor isso é tomando sangue humano nas oportunidade que surgirem.
Você terá que encontrar um local seguro, hipnotizar um humano e levá-lo até o tal lugar onde tomará seu sangue e assim conseguirá recuperar sua barra para poder progredir no jogo com maior segurança. Falando em segurança, é necessário tomar cuidado quando vai atrás de se alimentar, pois é uma regra dos vampiros não deixar pistas por onde passam.
No geral, essa mecânica dentro do estilo de jogo trouxe uma inovação extremamente bem-vinda, apesar de precisar ser um pouco mais acolhedora com os jogadores, pois traz muita informação em pouquíssimo tempo sem dar tempo para a pessoa se acostumar com cada característica do game.
Gráficos e Áudio
Em alguns momentos os gráficos de Vampire The Masquerade – Swansong é extremamente bonito por causa de seus efeitos de luz e sombra, porém, os modelos dos personagens e detalhes destes acabam pecando no decorrer da história. Além disso, a forma robótica em que eles se movimentam mostra o quanto faltou refino para que ele pudesse ser considerado fluído e também a movimentação dos olhos é angustiante, pois parece que não estão olhando para a pessoa que está falando, uma vez que as pupilas ficam se movimentando constantemente.
O áudio no geral funciona bem, principalmente pela dublagem dos personagens que trouxe vozes que combinam e tem uma ótima atuação. A trilha sonora funciona, fazendo com que os momentos sérios ganhem esse peso ou quando há tensão no ar, você também fique tenso devido a música.
Conclusão da análise de Vampire The Masquerade – Swansong
Para concluir essa análise de Vampire The Masquerade – Swansong, devo dizer que o jogo foi feito especialmente para os fãs de longa data. Se você é um novato da franquia, saiba que ficará boiando em diversos assuntos que o jogo não se preocupa em apresentar. Além disso, sua mecânica é sim inovadora, mas tem um ritmo acelerado que força o jogador a tentar acompanhar.
O jogo não é ruim, mas misturando diversos fatores faz com que suas qualidades se esvai, porém, isso serve como laboratório para que o estúdio saiba como agir nos próximos títulos.
A análise de Vampire The Masquerade – Swansong segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Vampire The Masquerade - Swansong tem boas ideias, mas dá seus tropeços
Visual, ambientação e gráficos - 5
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 7
Narrativa - 7
6.7
Mediano
Vampire The Masquerade - Swansong está longe de ser um jogo ruim, porém, ele nichou demais o seu publico dentro do próprio roteiro e isso pode criar desconforto para aqueles que são novatos na franquia. Além disso, a falta de refino em mecânicas e gráficos está notável.