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E3 2017: Sombras da Guerra incrementa ainda mais fórmula de sucesso da série

Dentre os muito títulos de peso que testamos na E3 2017, Sombras da Guerra certamente é um dos que geraram maior hype. Com propagandas e banners por todos os lados no Centro de Convenções, era fácil perceber que a Warner Bros e a Monolith estão colocando todos os esforços para fazer o melhor jogo possível. Tivemos a oportunidade de jogar aproximadamente 50 minutos do jogo e tirar nossas conclusões. Confira abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=wYeeD3rcvho

Continuando o que já era bom

A primeira impressão que tive ao sentar ao lado de um dos desenvolvedores da Monolith e pegar no jogo foi a de que muito do que vimos em Sombras de Mordor continuava intacto. Os gráficos, os controles, a jogabilidade são, naturalmente, os mesmos. Seria estranho até se a empresa mudasse algo do primeiro jogo nesse sentido, visto o sucesso do mesmo. Não pense entretanto, que o título é uma mera continuação de seu predecessor. Muitos novos sistemas e mecânicas foram acrescentados, tornando Sombras da Guerra ainda mais completo e complexo do que Sombras de Mordor.

Sua história consiste na continuação da narrativa do primeiro jogo. Após Talion e Celebrimbor forjarem um novo anel para combater Sauron, ambos se tornam uma nova figura lendária em Mordor, ganhando novos poderes e habilidades que mudarão completamente o gameplay do jogo. Do que já foi anunciado, novas áreas ainda inexploradas da Terra Média irão aparecer em Sombras da Guerra como montanhas nevadas, florestas e fortes já conhecidos do universo de Tolkien, como Seregost e a Torre de Cirith Ungol. Para a felicidade de muitos, também passaremos pelas terras de Gondor, com suas pedras brancas e extensas áreas verdes. Não pudemos percorrer nenhuma dessas áreas novas durante nosso hands-on tanto pelo curto espaço de tempo que tivemos para jogar quanto pela limitação da área de exploração da demonstração. As paisagens que vimos pareciam as mesmas terras de Mordor já conhecidas do primeiro jogo, mas mal posso esperar para ver o quais novas áreas criadas por Tolkien serão acrescentadas.

Shadow of War 3

Gerando intrigas e aliados

O incrível e premiado sistema Nêmesis do primeiro jogo está de volta com novas e importantes melhorias. Assim como em Sombras de Mordor, será possível criar rivalidades entre Orcs e influenciar diretamente na hierarquia dos mesmos. Contudo, em Sombras da Guerra, haverá ainda mais ferramentas para explorar toda uma nova experiência RPG. Primeiramente, temos agora uma nova casta de Orcs chamados Overlords, que estão acima dos Warchiefs e são encarregados de comandar os fortes espalhados pelo mapa. Podendo pertencer a diferentes tribos, esses chefes Orcs defendem suas áreas por meio de suas especializações e seus Orcs subordinados. O que quero dizer com isso é que pela primeira vez, Sombras da Guerra traz todo um sistema de fortes e tribos (que influenciam completamente na aparência e nas habilidades dos Orcs) comandadas por Overlords, estes que irão montar estratégias para defender suas fortalezas dos ataques inimigos. E como Talion e Celebrimbor irão atacar esses castelos? Criando a sua própria legião de Orcs. Isso significa que os jogadores irão influenciar não somente nas relações entre seus adversários, como poderão criar alianças e montar seus próprios exércitos de Orcs para tomar Mordor. Esse acréscimo, junto aos bônus e habilidades que cada um dos personagens possuem, transformam o jogo não somente em um RPG de qualidade, mas em um jogo de estratégia bastante refinado.

O hands-on que tivemos consistia basicamente em um resumo de todas essas novas características do jogo. Junto ao meu Orc guarda costas e mais seis aliados (que escolhi em meio a praticamente 20 possíveis), tive que invadir um castelo controlado por um Orc (gerado aleatoriamente) especializado em fogo. Sabendo disso, montei minha estratégia visando a quebrar as paredes do forte para invadi-lo rapidamente, já que as legiões do Overlord estavam concentradas nos portões e consistiam de arqueiros com flechas de fogo e óleo escaldante. Escolhi Orcs e habilidades que me auxiliassem nessa tarefa, como movimentação mais rápida, batalhões de aranhas e Caragors (a quantidade de buffs e habilidades para meus subordinados gira na casa das muitas dezenas, só para vocês terem uma noção). Assim que invadi o forte, tentei dominar cada um dos três pontos de controle, mas acabei sendo derrotado. A consequência disso foi que o Overlord ganhou experiência e promoveu alguns dos seus Orcs subordinados, enquanto eu perdi cinco dos meus seis escolhidos e tive que redesenhar toda a minha estratégia para tentar invadir novamente. Em minha segunda tentativa, consegui chegar até o chefe e vencê-lo após muita dificuldade. Minhas conclusões sobre esse novo sistema são as seguintes: Ele é extremamente divertido, traz uma camada de estratégia bastante satisfatória e é muito desafiador. Definitivamente perderei algumas horas somente nesse “Tower Defense” de Sombras da Guerra. Vale lembrar que será possível obter inteligência sobre os fortes, assassinar Overlords antes de invadir castelos, ou até mesmo os transformar os chefes dessas fortalezas em espiões que irão lutar ao seu lado. Não pudemos testar essa parte do gameplay, mas já de cara dá pra perceber que o buraco será bem embaixo.

Middle-earth-Shadow-Of-War

RPG, pra que te quero!

No que tange ao aspecto das mecânicas de RPG do jogo, também há muitas novidades. As árvores de skill continuarão, mas trarão ainda mais customização. Será possível desbloquear tanto novas habilidades quanto modificadores para as mesmas. A gama de melhorias, dessa forma, se torna incrivelmente extensa, já que há ao menos três modificadores para cada habilidade. Por exemplo, um dos modificadores que escolhi aumentava minha velocidade de movimentação, porém, eu poderia modificá-lo para deixar minha esquiva, minha corrida, ou meus ataques mais rápidos. Com isso, pode-se perder horas somente estudando as melhores combinações para deixar Talion mais forte.

Além das habilidades, também será possível coletar armas, armaduras e runas de anel para incrementar tanto a aparência de Talion quanto seus atributos. Elementos e melhorias passivas ao melhor estilo RPG foram colocados no jogo e são essenciais para que se possa batalhar contra os generais e Overlords frente a frente. Para obter tudo isso, basta enfrentar Orcs e torcer para dar sorte de coletar bons equipamentos. Todos os buffs de armas são selecionados automaticamente pelo jogo, assim como desafios que podem vir atrelados aos equipamentos. Como exemplo, ao matar um dos subordinados do Overlord na minha primeira tentativa, obtive uma espada que me daria ainda mais força caso eu conseguisse matar cinco Orcs em cinco segundos. Toda essa gama de habilidades, melhorias e desafios incrementa ainda mais a experiência de Sombras da Guerra, trazendo a já conhecida fórmula de Sombras de Mordor e colocando uma pitada a mais de elementos RPG e estratégia para os fãs do gênero.

Em suma, minha experiência com o jogo foi a melhor possível na E3 2017. Certamente Sombras da Guerra ficará na disputa entre os melhores títulos do ano. O desafio, atrelado a todos os elementos RPG citados, transforma o jogo em uma experiência completamente diferente de seu predecessor e agrega muito ao quesito diversão. O título lança no dia 10 de outubro para PC, PS4 e Xbox One. Para tudo sobre Sombras da Guerra e nossa futura análise, não se esqueça de nos acompanhar em todas as redes sociais. Terminamos com esse alô de um dos desenvolvedores do jogo para os fãs!

 

Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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