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Análise: Backfirewall é uma deliciosa e divertida narrativa

Agora não sei se irei mais querer atualizar meu celular

Hoje em dia quem não tem um celular? E quem nunca atualizou ele? Agora, já pensou que ele pode não querer ser atualizado? Pegando essa premissa inesperada, vocês poderão conferir nesta análise o jogo Backfirewall que mistura desafios de quebra cabeça com muito humor.

Portanto, se curte uma doida e divertida aventura indie, venha conferir o que achamos de Backfirewall.

Essa análise de Backfirewall foi feita no PC graças a um código cedido pela produtora. O jogo já está disponível para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One, Nintendo Switch e PC e conta com legendas em PT-BR.

Atualize seu sistema

A história de Backfirewall começa da maneira mais inusitada e divertida. Você é a assistente de atualização de sistema operacional 10.0 do celular em questão. Porém, você é carinhosamente recebido pelo atual sistema operacional 9.0 que o alerta que não é realmente necessário atualizar o celular e que tudo está bem.

Não apenas isso, mas ao seguir com sua programação você irá se deparar com a escolha de atualizar ou não o sistema que irá inevitavelmente destruir tanto você como o atual sistema operacional.

A partir daí você embarca em uma jornada dentro do celular juntamente com o Sistema Operacional 9 onde ele irá provar (entre muitas aspas) que a atualização é desnecessária e que está tudo bem. Porém, não é necessário ser um gênio para ver que todos os departamentos dentro do celular estão caóticos e que essa atualização divide opiniões entre os muitos aplicativos.

O interessante desse mundo é que primeiro é muito legal ver como imaginaram os diversos setores como Wi Fi, antena, galeria de imagens e muito mais.

Em conseguinte é ainda mais interessante conhecer e ver os diversos personagens como o aplicativo de saúde, gerenciador de imagens, gerenciador de redes sociais, etc.

O humor está presente em diversos personagens com suas representações únicas e interessantes. Por exemplo, o aplicativo da galeria de imagens é como se fosse uma esnobe sempre bebendo um drink. Já o aplicativo de saúde é representado como uma espécie de soldado sempre querendo pontuar os problemas.

Quebra cabeça desafiador

Agora indo para a parte da análise em que falo de seu gameplay, não temos nada muito complexo em Backfirewall, porém, existe um certo desafio para passar de cada área. Antes de mais nada, você ao longo da jogatina será apresentado a quatro mecânicas principais que ganhará com o tempo.

A primeira é a possibilidade de alterar a gravidade de alguns itens, ou seja, levantar ou baixar itens. Já a segunda, é a possibilidade de deletar itens. E indo de forma contrária à segunda habilidade, a terceira é a possibilidade de duplicá-los. Por fim, será possível mudar a cor de itens e personagens.

Com elas em mente, você será desafiado em cada área a resolver diversos puzzles onde a solução pode ser ou não ser tão óbvia. Por exemplo, a habilidade de cor pode ser usada para trocar algum botão de vermelho, que representa algum bloqueio, para verde. Já a possibilidade de duplicar ou remover itens, pode fazer com que mexa na parte elétrica para passar de um ponto específico.

Existe também um pato de borracha que sempre estará presente em todas as áreas onde te dará uma dica para resolver os puzzles caso esteja empacado. As dicas começam um pouco genéricas até se tornarem um tanto óbvias. Mas falar com esse pato de borracha é completamente opcional e muitas vezes a resposta está na observação do ambiente.

No geral eu senti um bom equilíbrio de desafios onde alguns passei com facilidade por alguns e outros, por mais óbvios que pareciam ser, me faltou algum tipo de estalo e me segurou por alguns bons minutos.

Uma baita ambientação e dublagem

Por fim, eu não poderia deixar de abordar nesta análise a parte técnica e a ambientação de Backfirewall. Como falei anteriormente, a representação visual dos aplicativos é muito boa e isso se estende a ambientação deste mundo.

Por exemplo, a parte de galeria de imagens é representada como um museu do usuário. É legal ver uma espécie de galeria onde as artes são as fotos da usuária, um prato de comida que tirou foto ou então a foto de seu cachorro. Já outra parte que me marcou foi a área de dados onde era um grande centro burocrático com diversos “funcionários de carreira” e a necessidade de preencher mil formulários.

Essa ambientação certeira ajuda e muito a abraçar o tom cômico do jogo. E para compor essa fantástica ambientação temos uma dublagem em inglês de primeira. Embora Backfirewall até possua uma boa trilha sonora, ela fica em segundo plano com os constantes comentários do Sistema Operacional 9.0 assim como os muitos diálogos presentes. É praticamente impossível ficar entediado ou não dar boas gargalhadas ao longo da jogatina.

Só faço uma pequena ressalva com relação a sua performance no PC, mas já deixo o alerta que joguei uma build de semanas antes de seu lançamento. Por mais que não tenha visto nenhum tipo de bug, a performance em algumas áreas era bem abaixo do esperado. Já comunicamos isso à desenvolvedora e eles nos confirmaram que veremos um day 1 patch para o lançamento.

Conclusão

E ao fim desta análise eu não tenho como não elogiar e muito Backfirewall. O jogo simplesmente acertou em tudo o que tentou. Temos uma mecânica que não é muito complexa, mas é desafiadora, temos uma história inusitada e divertida e a ambientação é ótima incluindo seus personagens e a dublagem.

Temos aqui provavelmente a primeira grande obra indie de 2023 e recomendo para todos os jogadores.

A análise de Backfirewall segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Um prato cheio para todos jogadores

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa e personagens - 10

9.2

Fantástico

Backfirewall é um jogo extremamente divertido onde irá lutar contra a atualização de sistema ao mesmo tempo que irá resolver diversos puzzles para avançar no jogo. Com muita leveza e diversão, temos aqui o primeiro grande jogo indie de 2023.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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