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Análise: Trinity Trigger acerta na nostalgia, mas fica devendo em outros aspectos

Trilha sonora marcante também está presente neste RPG carismático

RPGs que buscam agarrar os fãs pela nostalgia é algo bastante comum, pois até hoje muitos tentam seguir os moldes dos clássicos dos anos 80 e 90. Porém, nem todos conseguem ter uma personalidade própria ao mesmo tempo que realizam essa homenagem. Nessa análise vamos falar de Trinity Trigger que possui diversos aspectos que pegam em cheio a nostalgia e mesmo assim mantém uma personalidade bastante própria. Quer saber se o jogo ficou bom? Continue lendo.

Essa análise de Trinity Trigger foi feita no PS5 graças a um código cedido pela XSEED Games. O jogo estará disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4/5 e PC no dia 25 de Abril e não conta com legenda em pt-br.

Mude o seu destino

A história começa mostrando o nascimento de um casal de gêmeos, onde o menino despertou com um de seus olhos possuindo um brilho avermelhado. Alguns anos se passam e essa dupla já está mais velha, enquanto o jovem Cyan se aventura como um guerreiro, sua irmã é mais caseira e toma conta de casa para garantir que seu irmão sempre tenha um lugar confortável para retornar de suas aventuras.

Numa dessas aventuras, Cyan virou alvo de um monstro que simplesmente não sentia os seus golpes. Neste momento, uma criaturinha surgiu para o rapaz dizendo que iria salvá-lo. Naquele instante, o estranho bichinho virou uma poderosa espada que foi empunhada pelo garoto que finalmente se mostrou capaz de derrotar o monstro.

A partir desse momento a vida do protagonista mudou totalmente, pois em sua casa apareceu Elise que é uma garota acompanhada de um bichinho que lembra bastante aquele que Cyan encontrou. Ela revela que esses monstrinhos são conhecidos como Triggers e podem virar poderosas armas para lutar lado a lado com seus detentores. Além disso, ela também contou que ele está em perigo de vida e precisam sair imediatamente da vila para que assim o destino de Cyan seja mudado.

Em busca de mudar o destino, o protagonista parte numa jornada encontrando novos aliados e se aventurando em regiões que ele nunca havia conhecido antes.

A história de Trinity Trigger lembra muito dos RPGs clássicos, principalmente pela maneira que o roteiro vai sendo guiado. Não trazem diálogos extensos, mostrando apenas o suficiente para que o jogador consiga se conectar com os personagens e também com o universo do jogo. Falando em personagens, o trio principal é bastante carismático e funcionam muito bem, onde temos Cyan como o corajoso, Elise sendo o cérebro do trio e Zantis trazendo o alívio cômico na medida certa.

Várias armas, muita ação e diversos desafios

Trinity Trigger é um RPG de ação, colocando o jogador para alternar entre os três personagens onde cada um consegue usufruir de até 4 armas. À medida que você avança pelo jogo, diversos inimigos vão surgindo em seu caminho, onde eles possuem fraquezas contra certos tipos de armas e acaba sendo necessário você alterar o equipamento do trio de acordo com essas fraquezas para ser capaz de alcançar vitórias satisfatórias.

Apesar da gama de opções, o jogo não te entrega de mão beijada. Pois você terá que se aventurar em dungeons para encontrar os templos que aprimoram os poderes dos seus Triggers para que eles ganhem novas formas de armas. Elise, por exemplo, já começa com arco, mas logo depois ela conquista uma lança e também a manopla. Enquanto Cyen inicia com a espada e posteriormente consegue o arco.

Falando da jogabilidade, temos um botão para atacar, outro para golpe especial, esquiva, acionar um boost de dano, alternar entre os personagens e, claro, também opção de usar itens e trocar de arma. A combinação desses movimentos é a chave para que você consiga aproveitar da melhor forma possível o game.

Por mais que seja um RPG de ação, não temos uma barra de estamina para nos preocupar. Em vez disso, temos um círculo que delimita a frequência das nossas ações. Quando esse círculo se esvazia, nossos ataques são tão fracos que mal fazem diferença, exigindo que recuemos um pouco e esperemos acumular novamente antes de desferir os golpes realmente poderosos.

Embora o sistema de combate do jogo seja bem estruturado, sua IA deixa a desejar, já que os membros do grupo frequentemente ficam em áreas perigosas ou sofrendo danos desnecessários. Infelizmente, em áreas mais apertadas com vários inimigos, nossos aliados tendem a morrer com frequência, o que nos obriga a gastar itens para revivê-los e continuar o combate.

Você vai se sentir numa aventura dos anos 90

Embora haja um mapa disponível para nos guiar, ele não apresenta uma seta indicando a direção. Na verdade, nossa maior orientação vem dos diálogos com os personagens do jogo, que nos indicam qual caminho seguir. Por exemplo, um NPC falará que para chegar num templo é necessário seguir pela saída que fica ao norte da cidade.

O jogo não conta apenas com a sua história principal, pois está repleto de side quests que variam entre matar alguns tipos específicos de monstros, encontrar itens perdidos e também acompanhar histórias paralelas. Algumas trazem muito mais do que a recompensa propriamente dita, pois aprofunda a relação dos personagens e também do mundo de Trinity Trigger.

Apesar dos aspectos mencionados, temos aqui uma aventura consideravelmente linear, pois os mapas não são tão livres e sempre trazem caminhos mais sequenciais, onde são poucos aqueles que tem uma opção de ir para mais de uma direção. Entretanto, os mapas são variados e vemos diversos ambientes durante a jogatina, como terras geladas e desérticas.

Equipamentos e moldar seus golpes

Como de praxe em todos os RPGs, aqui também temos equipamentos. A maior diferença é que não mudamos as armas dos personagens para outras melhores, pois invés disso temos a opção de colocar nelas emblemas que trazem consigo melhoria de status e efeitos passivos. Trinity Trigger é um RPG bastante simples de maneira superficial, mas quando olhamos com maior atenção para essa mecânica podemos nos deparar com um sistema levemente complexo de modelagem de builds.

Cada arma possui uma sequência de três ataques, onde cada um deles tem uma variação. Podemos equipar qual dessas variações queremos utilizar, assim sendo possível moldar em média de 81 variações de combinações por arma, mas infelizmente boa parte delas não se conectam de maneira eficiente.

Análise Trinity Trigger

Gráficos e Áudio

Os gráficos de Trinity Trigger são bastante simples. Embora não sejam feios, é notável a ausência de detalhes em seus cenários, enquanto os modelos dos personagens são igualmente simples, mas possuem um número considerável de detalhes.

Ao contrário dos gráficos, que deixam a desejar, a trilha sonora de Trinity Trigger é espetacular e não fica devendo nada para jogos muito mais conhecidos, como Final Fantasy. Foi uma grata surpresa quando cheguei ao primeiro chefe e me deparei com uma música de fundo épica e empolgante, tornando essa batalha uma experiência ainda mais gratificante.

Análise Trinity Trigger

Conclusão da análise de Trinity Trigger

Apesar de cometer alguns deslizes que foram comentados no decorrer da análise, Trinity Trigger consegue se destacar como um jogo que homenageia os clássicos ao mesmo tempo em que mantém a sua personalidade. Com gameplay desafiador mesmo tendo alguns defeitos, ele é um ótimo jogo para quem busca uma narrativa bem construída, personagens carismáticos e batalhas épicas.

A análise de Trinity Trigger segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Trinity Trigger

Visual, ambientação e gráficos - 6
Jogabilidade - 7
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 8
Narrativa - 7

7

Bom

Embora precise amadurecer em vários aspectos, Trinity Trigger é um bom jogo que vale a pena experimentar e desfrutar da aventura que ele tem a oferecer.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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