The Legend of Heroes é uma franquia de JRPG produzida pela Nihon Falcom e distribuída no ocidente pela NiS America, sendo famosa pela sua temática que mescla fantasia com um tema militar, o jogo se destaca pela quantidade de personagens bem desenvolvidos e um mundo fascinante com a história que não se limita apenas ao que estamos vendo durante os jogos. Nossa análise falará sobre The Legend of Heroes: Trails into Reverie que se trata de um crossover entre todas as histórias de The Legend of Heroes apresentadas até agora e também sendo uma continuação direta de The Legend of Heroes: Trails to Azure e uma sequência mais modesta da grandiosa saga Trails of Cold Steel. Apesar de citações e cameos não serem novidades na franquia, será que a junção de tantos personagens numa única narrativa teve uma boa conclusão? Continue lendo para descobrir.
Essa análise de The Legend of Heroes: Trails into Reverie foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela NiS America. O jogo se encontra com legenda em inglês.
Uma história sobre a busca por liberdade
The Legend of Heroes: Trails into Reverie é dividido em três rotas em que temos Lloyd Bannings, Rean Schwarzer e o misterioso C como protagonistas. Começando o prólogo com a história de Lloyd, o principal protagonista de Trails to Azure, presenciamos o ataque da unidade policial SSS contra a força militar que estava dominando a cidade de Crossbell. Aqui temos um breve vislumbre de todos os personagens de Trails to Azure, mostrando como eles amadureceram desde o último título em que apareceram. Além disso, a história segue com a batalha pela liberdade da cidade, onde Lloyd e seus amigos conseguem essa conquista. Porém, a paz não reina por muito tempo, pois um novo império realiza um ataque inesperado e derrotam Lloyd, tomando conta de Crossbell.
Em outro lugar, no mesmo dia, Rean Schwarzer e seu pelotão estavam focados em outra batalha do qual saíram vitoriosos. Porém, a notícia sobre a queda de Crossbell chega até eles, fazendo com que se sintam na obrigação de resgatar a cidade. E, por outro lado, temos a aparição de dois personagens novos que estão carregando uma maleta para o misterioso C, que também possui algum interesse nesse conflito militar que está se desdobrando.
A história de The Legend of Heroes: Trails into Reverie foi feita para ser jogada de maneira mesclada, por mais que você selecione qual das rotas deseja seguir. Em alguns momentos o jogo fará com que você mude de rota, pois algum acontecimento vai influenciar diretamente para que você possa seguir com a história.
A história se desenvolve muito bem ao criar essa conexão entre todos os personagens e ainda apresentar outros que são completamente inéditos na franquia. Também temos a participação do cast principal de The Legend of Heroes: Trails in the Sky que acaba sendo a cereja no bolo para os fãs de longa data.
RPG de turnos repleto de estratégia
The Legend of Heroes: Trails into Reverie tem a jogabilidade clássica da franquia, onde se trata de um RPG de turnos em que você seleciona a ação do seu personagem e ele executa em sequência. Apesar de parecer algo simplório ao falar dessa forma, o jogo traz inúmeras opções como a utilização de magia, golpe físico, ataque especial é nomeado de craft, movimentar e vários outros comandos que enriquecem ainda mais as estratégias por trás deste sistema. Inclusive, você pode mover os personagens para que eles alcancem os inimigos ou saiam do alcance de ataques em aéreas, lembrando um pouco o que vemos em tactics.
Além das ações individuais, os personagens conseguem executar ações em conjunto como, por exemplo, a utilização de magias combinadas (para dano e também cura) e todos atacando um grupo de inimigos ao mesmo tempo. O jogo também conta com um sistema de afinidade entre os membros da equipe, liberando habilidades passivas que são engatilhadas como resposta à outras ações, como um personagem levar dano e o outro já lançar uma magia de cura ou servir de escudo para que o alvo não seja atingido pelo ataque do inimigo.
Quando executa um golpe crítico, você também pode selecionar uma extensão do ataque que vai de acordo com sua pontuação de SP sendo preenchida de acordo com o desenrolar da batalha. Sendo assim, você pode optar por um dos personagem que tem afinidade para continuar o ataque, escolher que a dupla ataque em conjunto ou, até mesmo, todos os membros da party ataquem juntos.
O sistema de combate é bastante rico, trazendo desafio e liberdade para os jogadores. Porém, a complexidade do game não para nisso, uma vez que ele consta com um sistema de habilidades em que é possível equipar magias ativas ou habilidades passivas nos personagens como se fossem gemas. Você pode elevar o nível delas, fundir para criar novos tipos e também quebrá-las para conseguir material para desenvolver outras.
Gráficos e áudio
Temos uma leve evolução no design dos personagens se compararmos ao último Trails of Cold Steel, porém, se fizermos uma comparação mais direta ao Trails to Azure nos deparamos com algo realmente espantoso, uma vez que o jogo citado ainda eram feito aos moldes 2D com personagens num visual mais próximo do estilo chibi. Rever os membros da SSS e também Crossbell com essa repaginação é algo extremamente satisfatório e nostálgico. Apesar disso, infelizmente os cenários são simples em detalhes, fazendo com que a gente veja algumas zonas com poucos elementos. Por outro lado, os efeitos visuais dos golpes são deslumbrantes.
Falando do áudio, devo elogiar primeiramente o cast de dubladores, pois são tantos personagens feitos por profissionais renomados que é inevitável pensar na dificuldade que a produtora teve para conseguir o retorno de todos para o mesmo título. A trilha sonora também é bastante agradável, sendo leal ao padrão que os fãs estão acostumados, apesar de não trazer arranjos extremamente memoráveis.
Conclusão da Análise de The Legend of Heroes: Trails into Reverie
Chegando ao fim da análise de The Legend of Heroes: Trails into Reverie, temos aqui um ótimo RPG que consegue brilhantemente encaixar três histórias distintas numa única narrativa, apesar de ser costumeiro do estilo ter alguns diálogos desnecessários para apresentar o mundo de maneira mais óbvia possível. O sistema de batalha é muito bem desenvolvido, fazendo com que o jogador fique imerso nos combates que são consideravelmente desafiadores e, além disso, admirar as animações deslumbrantes dos crafts. The Legend of Heroes: Trails into Reverie obviamente não é um jogo que vai servir de porta de entrada para novos jogadores, ele se trata justamente de um presente aos fãs de longa data, em especial daqueles que jogaram Trails to Azure. Por fim, é um excelente JRPG.
Essa análise de The Legend of Heroes: Trails into Reverie segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Análise The Legend of Heroes: Trails into Reverie
Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 10
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 6
Narrativa - 8
8
Ótimo
The Legend of Heroes: Trails into Reverie é um RPG bastante rico em seu sistema de combate e também na forma que conta a sua história, fazendo com que os três enredos se mescles de maneira natural em prol de um único objetivo.