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Análise: Stray Gods: The Roleplaying Musical surpreende

Uma incrível e profunda aventura musical

Nós iremos trazer nesta análise o inesperado Stray Gods: The Roleplaying Musical onde mistura o famigerado gênero Visual Novel com um musical que é construído através de suas escolhas e que envolve os deuses do Olimpo que estão deprimidos!

Ficou curioso com essa descrição? Então confira aqui o que achamos deste jogo que está repleto de boas ideias.

E antes mesmo de iniciar este review, é importante frisar que Stray Gods: The Roleplaying Musical é um jogo focado no estilo Visual Novel e ele basicamente mistura diálogos com momentos de música. Ou seja, por melhor que o jogo seja, saiba que se você não gosta de musicais ou de Visual Novel, infelizmente esse jogo não é para você.

Uma história impecável

Devo confessar que ao iniciar o game eu tinha um misto de curiosidade ao ver um musical com os deuses do Olimpo assim como um medo ao jogar um Visual Novel. E embora o game tenha um início um tanto devagar, quanto mais você o joga, melhor ele fica.

E por Stray Gods: The Roleplaying Musical ser um jogo focado completamente em sua história, há pouco o que posso falar, pois spoilers podem acontecer. Aqui nós iremos controlar Grace, a protagonista que logo nos primeiros minutos é visitada por Calíope, uma das musas da Mitologia Grega.

Após uma rápida cena de música, cada um segue seu caminho até ela visitar Grace novamente, mas agora ela está na beira da morte. Logo em seguida Grace recebe uma bola de energia misteriosa e em seguida um estranho aparece em sua porta. Esse estranho é ninguém menos do que o Deus Hermes que leva Grace até o Olimpo.

No Olimpo, que está sendo controlado por Atena, ela é acusada de matar Calíope e tem apenas uma semana para provar sua inocência. A partir daí nós iremos bancar o detetive para entender quem matou Calíope e limpar nosso nome.

Ao mesmo tempo que Grace está completamente perdida por esses diversos fatos que aconteceram de forma súbita, ela tem que encarar diversos deuses assim como entender seus novos poderes de Musa que recebeu.

O interessante nessa história é que os Ídolos, que é como os deuses são chamados nos dias de hoje, tem diversos problemas assim como nós. Diversos deles sofrem com sua história milenar assim como se questionam porque outros grandes Deuses como Zeus, Hades e Poseidon simplesmente desapareceram.

Durante essa aventura que dura cerca de 5 a 6 horas, você irá falar com vários desses ídolos como Pan, Medusa, Persephone, Apolo e muitos outros e cada vez mais você entenderá seus medos e frustrações.

É simplesmente viciante cada vez mais se aprofundar em suas histórias e ver a fragilidade de cada ídolo e como eles lidam com isso. Eu simplesmente me apaixonei pela história de Stray Gods: The Roleplaying Musical.

Um musical que vale a pena ser ouvido

Agora, algo que não será uma surpresa para ninguém, é que Stray Gods: The Roleplaying Musical tem um gigantesco foco em música e isso é sim um dos grandes destaques desta análise.

Por Grace ser uma Musa, ela tem como seu poder principal poder inspirar as pessoas para falarem o que tem em seu coração. E como ela faz isso? Através da música.

Então o primeiro destaque já faço é que o elenco de dubladores é excelente uma vez que todos os personagens cantam. Dou destaque a Calíope, Grace, Pan, Persephone e Apolo. Essas foram as vozes que mais se encaixaram com a proposta de canto.

E se a dublagem é ótima, então a trilha sonora é igualmente ótima? A resposta é sim, mas ela está longe de ser tradicional e isso está diretamente ligado à mecânica. Como já expliquei, Grace tem uma semana para descobrir o assassino de Calíope. E para tal, ela irá falar com todas as divindades.

A trilha sonora acontece exatamente durante os questionamentos onde Grace fará uso de seu poder para orientar as emoções e assim conseguir extrair as informações que estão escondendo. Mas como isso funciona?

Bem, ao iniciar você escolherá uma habilidade que poderá focar em lógica, emoção ou então em raiva. Isso fará com que possa escolher durante diversos diálogos algumas falas específicas. Porém, durante os momentos musicais as suas escolhas sempre irão flutuar entre essas emoções.

E com isso, a música/discussão irá mudar tanto na questão da letra como no ritmo tocado. Isso faz com que não apenas cada nova jogatina seja uma experiência nova, mas como a trilha sonora está em constante mudança de acordo com as preferências do jogador.

O Visual Novel convence?

Por fim, tenho que trazer a esta análise o que achei tanto da mecânica como dos visuais de Stray Gods: The Roleplaying Musical.

Bem, aqui temos a parte mais simples desta experiência. Com relação a parte visual, temos ambientes 3D estilizados com personagens em 2D interagindo com algumas animações. Aqui temos a impressão que estamos em uma HQ animada. Infelizmente é tudo um tanto simples. Nada aqui é ruim ou feio, mas é simples e muitas vezes limitado.

Já sobre as opções de gameplay, não tenho muito mais o que acrescentar. Além das interações nas conversas e nas músicas, você poderá em alguns momentos específicos escolher com quem falar primeiro ou então investigar alguns itens de algum cômodo. Isso dá apenas uma falsa sensação de interatividade.

Por fim, eu achei a HUD bem confusa, pois o estilo visual, por mais bonito que seja, acaba se misturando com o menu e as escolhas. Com o tempo me acostumei com o menu, mas faço esse destaque negativo ao jogo.

Conclusão

Bem, chegando ao fim deste review eu posso dizer que eu simplesmente me apaixonei com a história e as diversas sessões de cantoria e ver como eu influenciava as conversas.

Adicionalmente, a possibilidade de ver deuses tão antigos lidando com seus monstros, sua possível mortalidade e como os anos afetaram suas vidas e perspectivas é absolutamente fantástico. Trazer nossos dilemas do dia a dia a seres supostamente superiores é fantástico.

Claro que vale mencionar que por termos um jogo no estilo visual novel, tanto seus visuais como interações acabam ficando muito limitados. Muitas vezes eu queria algo a mais que não recebia. Mas felizmente isso não tirou o brilho da obra que temos em mãos.

Essa análise de Stray Gods: The Roleplaying Musical segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Stray Gods: The Roleplaying Musical surpreende

Visual, ambientação e gráficos - 7.5
Jogabilidade - 7
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 9
Personagens, história e roteiro - 10

8.5

Ótimo

Stray Gods: The Roleplaying Musical consegue com sucesso trazer a tona uma obra profunda e complexa onde outrora Deuses superpoderosos se encontram em um momento de fragilidade. Tudo isso é embalado por uma perspectiva única aravés da música. Porém, os pontos fracos de ser uma visual novel estão presentes e o gameplay pode não atrair uma boa parte dos jogadores.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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