NOTICIASANÁLISESNINTENDOPCPLAYSTATIONPS4PS5REVIEWSSWITCH

Análise: Fate/Samurai Remnant é inovador entre os demais jogos do seu estilo

Apenas uma dupla vai sobreviver neste ritual

Fate é uma das mais populares franquias japonesas, se mostrando presente em diversas mídias como jogos, animes, mangás e muito mais. Atualmente jogos de Fate são lançados com um intervalo de tempo bastante considerável, ainda mais quando o último jogo da franquia foi Fate/Extella Link de 2019. Essa análise será sobre o mais atual lançamento nomeado de Fate/Samurai Remnant que traz uma guerra do cálice sagrado durante o século XVII, num Japão ainda dominado pelo Shogunato.

Apesar de ter sido uma surpresa para todos esse anúncio, principalmente que o foco da fanbase era o remake de Fate/Extra, as opiniões ficaram divergentes sobre o jogo. Uma vez que aparentemente se tratava de outro jogo aos moldes de warriors / musou. Mas será que Fate/Samurai Remnant é mais do que vimos nos dois Fate/Extella? Continue lendo para descobrir.

Essa análise de Fate/Samurai Remnant foi feita graças a um código cedido de Playstation 5 pela distribuidora. Ele não se encontra com legendas em pt-br.

O Waxing Moon Ritual iniciou

Em Fate/Samurai Remnant, estamos na pele de Miyamoto Iori que é filho adotivo e aprendiz do lendário ronin Miyamoto Musashi. Iori costuma viver a sua vida fazendo alguns trabalhos por alguns trocados em busca de manter a sua vida consideravelmente pacata, porém, ele não é um simples espadachim como os outros, uma vez que o jovem também tem conhecimentos sobre magia.

Num certo dia, ele nota que sua mão está com uma cicatriz estranha e não se lembra de onde havia machucado. Não dando importância para isso, resolveu apenas dormir. Entretanto, durante a noite que deveria ser como qualquer outra, ele é atacado em sua própria casa. O seu algoz é diferente de tudo que já foi visto antes, pois era um samurai de armadura obscura e com força descomunal.

No momento que Iori iria perder sua vida, uma marca de brilho escarlate ressoa em sua mão e ele é salvo por uma jovem mulher que refletiu o ataque com sua espada de formato peculiar. Se denominando como Saber, a mulher impede que Iori perca a sua vida, mas infelizmente ele ainda não está a salvo, pois outro inimigo surge.

Fate/Samurai Remnant traz a Waxing Moon Ritual que seria uma versão mais “arcaica” da Guerra do Graal. Apesar de possuir outro nome, as regras são muito similares, apesar de algumas mudanças intrigantes. Como de praxe, temos sete magos, onde cada um deles foi agraciado com a invocação de um dos sete servos selecionados para essa batalha. Entre eles temos Saber, Archer, Lancer, Rider, Caster, Beserker e Assassin.

A qualidade da história se deve a supervisão dos roteiristas Yuuichirou Higashide e Hikaru Sakurai que já possuem experiência em diversos trabalhos da franquia Fate.

Análise Fate/Samurai Remnant

Os servos independentes que podem ser aliados ou inimigos

Nomeados como Rogue Servants, também participam da guerra outros oito servos que são independentes de mestres. Em resumo, cada servo que possui um mestre também terá uma contra parte de sua classe que é independente e deverá cuidar de um território de Edo, pois a energia natural daquele lugar é o que abastece o seu corpo astral. E, por fim, o oitavo servo independente é da classe Ruler que tem a função de mediar essa batalha.

Apesar dos servos independentes não possuírem mestres, nada impede deles forjar alianças ou criar inimigos. E esse aspecto será uma das principais forças de Iori, mas que falaremos mais tarde.

Análise Fate/Samurai Remnant

Fate/Samurai Remnant não é um musou genérico

Jogos musou são um estilo de hack’n slash que iniciou com a consagrada franquia Dynasty Warriors, onde você utiliza um guerreiro para enfrentar sozinho hordas insanas de inimigos, enquanto executa diversos combos. Há outros títulos que bebem dessa fonte como Sengoku Basara, Samurai Warriors, Cavaleiros do Zodíaco, A Batalha do Santuário, Hyrule Warriors e vários outros.

Fate/Samurai Remnant à primeira vista parece que será só mais um musou como todos os outros, onde pega a base de enfrentar sozinho várias hordas e adapta ao contexto do game. Porém, já tínhamos uma série de Fate que seguia esse intuito que era o Extella, então a vinda do novo jogo trouxe inúmeras dúvidas, onde a principal é se seria “mais do mesmo”.

Felizmente com a chegada do jogo do qual usufruímos antecipadamente, uma grata surpresa foi revelada: Fate/Samurai Remnant não é um simples musou.

Aqui temos uma mescla perfeita de musou e JRPG que traz um action RPG bem diferente do esperado. E quando digo bem diferente, é de maneira positiva. Já que o jogo consegue trazer toda a essência de um JRPG, mas com combates que lembram o estilo musou, pois somos transportados a uma tela onde aparecerá as hordas de inimigos que devemos confrontar.

Diferente do tradicional, os inúmeros inimigos não são tão passivos. Uma vez que estes são capazes de bloquear golpes e não perdem tanto tempo para executar uma investida. Além disso, há inúmeros bosses menores que deixam os combates mais difíceis.

Se você espera um jogo que basta apertar inúmeros botões para ter a vitória garantida, certamente vai cair da cadeira quando jogar Fate/Remnant, pois o jogo consegue ser desafiador. Então se curar, esquivar no momento certo, fazer bom uso do seu arsenal de habilidades fará a diferença para seguir adiante.

Infelizmente o jogo ainda conta com um grande defeito que encontramos em jogos do estilo musou que é a quantidade de inimigos repetitivos e combates consideravelmente parecidos. Felizmente as batalhas contra chefes são empolgantes e trazem desafios avassaladores.

Inúmeras opções na hora de enfrentar seus inimigos

Um dos pontos principais desta análise é o combate, e Fate/Samurai Remnant entrega de maneira primorosa um sistema de combate bastante refinado, principalmente se compararmos com Fate/Extella Link que já havia aprimorado a jogabilidade do seu antecessor. O grande diferencial está no protagonista ser jogável, invés de servir apenas como um suporte para Saber.

Em suma, temos como comandos básicos um botão de salto, ataque fraco, ataque forte, golpe especial e esquiva. Porém, ao segurar o gatilho esquerdo podemos modificar o tipo de combate de Iori ou utilizar alguma magia, enquanto o gatilho direito traz as habilidades de Saber e também passa a controlá-la.

Iori inicialmente tem uma jogabilidade meio travada e pouco ágil, fazendo com que o jogo apresente uma dificuldade ainda maior. Contudo, à medida que você progride na história e também na elevação do nível dele, será capaz de liberar novos estilos de combate juntamente de habilidades que deixarão o personagem menos frágil, mais forte e com um moveset bem mais interessante.

Ele não é o único personagem jogável, pois é possível acionar Saber quando uma barra de afinidade está completamente preenchida. Diferente de Iori, Saber tem um gameplay bem mais agressivo, fazendo combos destrutivos e também causando mais dano em seus inimigos. Em outras palavras, é como se ela fosse o “modo especial” do protagonista.

Você não usufrui apenas dos poderes de Saber, uma vez que é capaz de ganhar a confiança dos Rogue Servants, sendo possível equipar um por vez na party. Com isso, você pode ativar os golpes especiais e até mesmo invocar como personagem jogável por um curto período de tempo, trazendo maior diversidade ao gameplay.

Evolução bem construída

O jogo também conta com árvore de habilidade para Iori e os servos, onde você utiliza pontos de habilidade para desbloquear novos golpes, efeitos passivos e ampliação de status. Isso ajudará a incrementar o gameplay do garoto, ao mesmo tempo que deixará os servos ainda mais poderosos. Saber, em especial, consegue passar algumas elevações de status sempre que você desbloqueia um número específico de habilidades.

Outra maneira de deixar o protagonista mais poderoso está no equipamento, onde você poderá modificar componentes das espadas dele. Cada parte corresponde a um dos status físicos como ataque, defesa, técnica e magia. Além de elevar esses atributos, também traz efeitos passivos que unidos formam poderosas builds.

Análise Fate/Samurai Remnant

Em meio de uma guerra, estratégia é fundamental

Fate/Samurai Remnant também traz uma mecânica de jogo de tabuleiro em meio de sua história principal. Durante o Waxing Moon Ritual, as linhas ley do Japão são fontes importantes de mana, servindo para manter os servos independentes e também elevar o poder dos magos. Dito isso, em inúmeros momentos Iori vai precisar recorrer às linhas ley para poder avançar em territórios hostis.

Neste modo, o jogo traz o mapa da região de Edo onde teremos as localizações e um conjunto de linha ley que mais lembra um jogo de tabuleiro. Dito isso, você terá que avançar por elas para dominar territórios, derrotar os inimigos que surgem no caminho e alcançar seu objetivo.

Como todo boardgame que se preze, há regras como movimentar uma casa por vez e se pisar na casa anterior que um oponente estava, ele é derrotado de imediato. Porém, se você e um inimigo estão ocupando a mesma área ao mesmo tempo, será necessário resolver isso em combate.

Nas primeiras vezes parece algo bem simplório e fácil, mas no decorrer do jogo veremos a dificuldade e complexidade surgindo e fazendo com que você precise montar estratégias. Durante essas partidas, é possível aproveitar a presença dos Rogue Servants para confrontarem inimigos ou defenderem uma região específica. Além disso, também há habilidades para percorrer um número maior de casa ou atrapalhar os inimigos.

Análise Fate/Samurai Remnant

Inúmeros minigames

Durante a jogatina para fazer a análise de Fate/Samurai Remnant, pode conferir vários minigames. Alguns deles são o de afiar sua katana, moldar estatuetas de madeira e até mesmo impedir brigas no meio da rua.

Esses minigames não servem apenas para diversão do jogador, pois trazem algum retorno. Como aumentar o dano da katana ou conseguir um item raro para vender mais tarde.

Algo que notei é que infelizmente logo após realizar algum desses minigames, meu PS5 apresentava mensagem de aquecimento. Sendo que o console não estava quente. Resta saber se era algum bug do próprio jogo e torcer para isso ser consertado com o tempo.

Gráficos e áudio

Fate/Samurai Remnant possui belos gráficos, principalmente na construção de seus cenários que são ricos em detalhes dentro da proposta apresentada. Inclusive, o design dos personagens também é bastante atrativo com diversos detalhes nas roupas e armaduras.

As cutscenes são um espetáculo, principalmente as cenas de combate que há uma coreografia sensacional mesclada de momentos épicos. Apesar disso, quando utilizam os “gráficos in game”, dá para sentir uma leve falta de fluidez.

Já a trilha sonora do jogo consegue se destacar de maneira absurda, trazendo maior imersão em momentos intensos ou fazer acontecimentos trágicos ficarem ainda mais tristes. Fate/Samurai Remnant tem uma composição esplêndida desenvolvida pelo compositor KATE que já é veterano em trabalhos da franquia.

Conclusão da Análise de Fate/Samurai Remnant

Finalmente chegando ao fim desta análise de Fate/Samurai Remnant, devo dizer que aqui temos uma grata surpresa. A forma que um jogo musou foi mesclado com RPG funcionou muito bem, trazendo um estilo bastante próprio ao jogo e, além disso, podemos ver que este Fate não se trata apenas uma aglomeração de fanservice com os servos favoritos dos fãs, uma vez que trouxeram inúmeros personagens inéditos fazendo com que a experiência narrativa do jogo fosse ainda melhor. E o que acaba intrigando ainda mais, é que a identidade deles são reveladas no decorrer da trama.

Fate/Samurai Remnant ainda peca em alguns aspectos como todo e qualquer musou que é a questão de inimigos repetitivos. Apesar disso, o jogo apresenta uma variedade considerável, fazendo com que sempre tenha um ou outro oponente diferente dos anteriores. O sua jogabilidade consegue se destacar, fazendo com que o jogador sinta uma evolução real no moveset de Iori, principalmente a partir dos momentos em que ele libera novos estilos de combate.

Por fim, aqui temos um ótimo jogo de Fate que se destaca dentro da franquia e também como um RPG por si só. Totalmente indicado para os fãs da série, de RPGs e de musous.

Análise Fate/Samurai Remnant

Essa análise de Fate/Samurai Remnant segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Análise - Fate/Samurai Remnant

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 9
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 10

9

Excelente

Fate/Samurai Remnant consegue se destacar em meio das outras produções da franquia nos últimos anos. É um jogo repleto de conteúdos e bastante completo, trazendo uma narrativa bem construída e extremamente marcante.

User Rating: Be the first one !

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo