Review: King Arthur Legion IX

Desenvolvido e distribuido pela NeocoreGames, recebemos um game do mesmo universo de King Arthur: Knight’s Tale. Ambos são um RPG de turno táticos com a promessa de serem desafiadores. Será que a expansão desse universo vai ser tão boa quanto seu antecessor? Descubram agora em nosso review de King Arthur Legion IX.

King Arthur Legion IX já está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X e Series S, e conta com legendas e interface em PT-BR.

King Arthur: Legion IX é uma releitura do mito arturiano

King Arthur: Legion IX se passa no mesmo universo do mito arturiano. No game, encarnamos Gaius Julius Mento, líder da nona legião romana. Morto em uma emboscada e revivido para servir ao, também falecido, imperador Septimus Sulla, ele recebe a missão de descobrir uma maneira de liberá-lo do tártaro – o mundo dos mortos na mitologia greco-romana.

Ao ser transportado para a terra com sua legião de mortos vivos, Gaius alcança a mítica Avalon. Com isso, decido subjugar a região e recomeçar um novo império romano.

Essa premissa por si só já foi bastante interessante e diferente, no entanto, o que realmente me cativou no game foi a interação dos personagens que recrutamos. Tendo tendências humanitárias e demoníacas, devemos tomar decisões que nos levam para caminhos – e bônus – diferentes. Além do que, essas decisões, podem gerar finais diferentes. Por ser um jogo bastante agradável, senti que terei que jogá-lo novamente para ver um resultado diferente de minhas ações.

Variedade de inimigos e ambientação

Avalon se provou ser uma terra vasta e variada. Uma qualidade enorme que o game apresentou foi a variedade ambientações que ele possui: Florestas, cidades romanas, labirintos, pântanos. Não lembro a última vez que joguei um game que apresentasse uma variedade tão grande. E essa variedade também é vista em nossos inimigos. Praticamente toda missão que fazemos encontramos uma nova variedade de adversários, sendo que poucos que se repetem na próxima.

Junto a isso, temos gráficos bem agradáveis e leves, podemos dar um bom zoom e ver os detalhes das armaduras, armas e até as caras desfiguradas de nossas unidades. Junto com animações boas e efeitos visuais bem competentes. Resumindo, embora não seja um “AAA” em gráficos, King Arthur Legion IX é um game muito bonito de se ver.

Boas dinâmicas, mas pouco exploradas

King Arthur Legion IX segue uma linha bem clássica dos RPGs de turno, mas não deixa de entregar algumas novidades que, infelizmente, ficam pouco exploradas ao longo da campanha. Primeiramente, temos a exploração que, com uma câmera isométrica, podemos explorar o mapa da missão que estamos fazendo livremente. Ele possui um ‘fog-of-war’, mas indica o caminho para seguirmos. No entanto, explorar os outros lados nos leva a completar missões secundárias que pode nos proporcionar recursos e itens.

Ao encontrarmos um inimigo, entramos no seu combate por turnos. Aqui eu tenho duas críticas: a primeira é que nos é explicado em seu prólogo que podemos procurar outros caminhos e iniciar o combate de formas diferentes. De fato, isso aconteceu, umas 2 ou 3 vezes. A grande maioria do combate já começa pré-definido após um diálogo ou animação. Ou seja, embora interessante, essa mecânica acabou sendo muito pouco utilizada na prática.

Segundo que, também no prólogo, em combates em que não estamos surpreendidos, podemos posicionar nossas unidades da forma que preferirmos em uma área inicial. Novamente, durante a campanha, poucos combates nos deram essa oportunidade.

Contudo, essas críticas não atrapalham a jogabilidade geral. Porém, elas são bastante interessantes e nos são apresentadas na primeira missão do game e, frustrantemente, pouco utilizadas até o final do jogo.

Continuando com relação ao combate, cada personagem tem pontos de ação e movimento por turno. Os primeiros podem ser gastos realizando o segundo, porém o oposto não ocorre. É possível usar a quantidade de habilidades que quisermos contanto que tenhamos pontos de ação para isso. Também é possível ‘reservar’ pontos de ação de forma estratégica para utilizar mais habilidades no próximo turno do personagem.

Cada missão nos garante itens e um nível, garantindo 2 pontos de habilidade. Esses pontos servem para melhorarmos ou desbloquearmos novas ações. Os itens, aumentam dano, melhoram habilidades e até podem nos dar novas ações. A parte divertida aqui, é que entre as missões podemos resetar nossas habilidades e fazer um ‘build’ completamente diferente da anterior, permitindo explorar novos combos.
E por fim, em certa parte do game, liberamos uma cidade que governamos e começamos a construir chamada de Nova Roma. Nela, podemos gastar recursos e dinheiros ganhos nas missões para desbloquear novos bônus, itens, realizar decretos e aprimorar equipamentos, o que se tornará vital para as missões, pois o game possui um equilíbrio muito bom entre evolução e dificuldade.

Dublagem que transmite a essência dos personagens

Falando de seu áudio, King Arthur Legion IX não deixa nada a desejar. Temos uma trilha sonora agradável e bem característica da temática romana, quando estamos administrando nossa cidade. E uma mais animada e condizente, nos momentos de batalha. Porém, o que realmente me agradou foi sua dublagem.

Nossos personagens são, em sua maioria, demoníacos. Logo, para eles foi criado um efeito de rouquidão e eco que encaixou perfeitamente em suas personalidades. Da mesma forma, os humanos possuem tons normais de vozes, mas, em sua maioria, ao nos depararmos com eles, geralmente nossa aparência assusta. Isso fica nítido no tom de suas vozes. Um trabalho que, em minha opinião, ficou muito bacana e ajudou na imersão em seu universo.

Concusão da nossa análise de King Arthur Legion IX

King Arthur: Legion IX é um jogo bastante divertido e competente em sua proposta. Com uma história diferente e intrigante, ele prende até que não conhece o universo greco-romano.

Seu visual é relativamente simples, mas igualmente belo e leve, tendo uma otimização que poucos jogos de tamanha qualidade possuem. Além disso, o game possui uma jogabilidade excelente que peca apenas em não explorar melhor suas próprias mecânicas, o que não afeta seu desempenho geral, mas gera uma leve frustação. Somado a tudo, temos uma trilha e efeitos sonoros bem competentes, somados a uma dublagem excelente.

Em resumo, King Arthur: Legion IX é um game que recomendo, tanto para os fãs quanto para os marinheiros de primeira viagem.

Essa análise de King Arthur: Legion IX segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.